Queiroga tenta, mas não consegue fugir da ciência!!
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Queiroga tenta, mas não consegue fugir da ciência!!

O atual ministro da Saúde do governo Jair Bolsonaro é o médico cadiologista Marcelo Queiroga, informação que em primeiro momento deixaria parte da população confortável e tranquila diante do negacionismo do ex-ministro Pazuello, que era milit...

Carlito Neto
3 min
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Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O atual ministro da Saúde do governo Jair Bolsonaro é o médico cadiologista Marcelo Queiroga, informação que em primeiro momento deixaria parte da população confortável e tranquila, diante do negacionismo do ex-ministro Pazuello, que era militar do exército "especializado" em logística, algo que ficou claro que ele não entendia muito, já que ocorreram diversos erros durante sua gestão, justamente na logística, ocasionando situações absurdas, como o enviar vacinas que deveriam ir para o Amazonas para o Amapá, além do colapso da saúde em Manaus que mesmo informado com antecedência do que ocorreria em janeiro de 2021, Pazuello nada fez.

O grande problema do Queiroga é a mudança de discurso a partir do momento que ingressou no governo Bolsonaro. Como médico em mais de uma oportunidade o cardiologista afirmou que o tal "KIT COVID" não era eficaz, e que a população não deveria tomar Cloroquina ou Hidroxiclorquina para tratar e ou prevenir covid, pois estas drogas não tinham efeitos para o vírus, defendia isolamento, uso de máscaras e tudo que o bom senso  e a ciência recomendava até então.

Foto: Igo Estrela/Metrópoles
Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Tudo mudou quando o Dr. Marcelo assumiu a pasta do Ministério da saúde substituindo Pazuello, que não era da área da saúde e não possuia experiência com a situação que viviamos. A posse chegou a trazer um certo alívio, afinal, era um médico que já tinha externado publicamente sua opinião sobre as medidas sanitárias.

Dias após assumir a pasta a postura mudou completamente algo diferente do período que não estava a frente do MS, deu aval o kit covid, inclusive com diretrizes do seu uso no site do ministério, ignorou o app TrateCov, existindo até mesmo a suspeita de sua ação para ajudar a manter o app no ar, chegou a defender a não obrigatoriedade do uso de máscaras, não fez discurso em apoio claro a vacina em nenhum momento, suas falas sempre são em tom de "possibilidades", "talvez", "não sabemos bem os efeitos", "a ciência ainda não pode provar tudo".

No entanto uma grande "supresa", acabou por fazer o ministro mudar de opinião, mesmo contra a sua vontade, com a queda nos óbitos dos vacinados com ciclo vacinal correto, redução de casos grave neste público e o aumento de internação, casos graves e óbitos, nos não vacinados ou com ciclo vacinal incompleto, o médico Queiroga reconheceu a eficácia e importância das vacinas, em visita a São Paulo na última quinta-feira, dia 13 de janeiro, onde estava se discutindo a vacinação infatil, Marcelo Queiroga afirmou que “aqueles que se internam nos hospitais, nas unidades de terapia intensiva, a grande maioria são de indivíduos não vacinados".

Crédito: Fátima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo - 20/12/2021
Crédito: Fátima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo - 20/12/2021

Como médico ele pode até tentar negar a ciência, já que aparentemente existe um interesse político por trás de suas ações ou omissões, mas chega em um ponto que fica impossivel contestar fatos científicos que se provam a cada dia. Quando se consulta os dados locais, já que os do ministério da saúde ainda estão offline desde o "ataque hacker", se tem a dimensão das situação, no Rio de Janeiro, segundo a secretaria de saúde, 90,7% dos internados com covid não completaram o ciclo vacinal, outros 37% não tomaram sequer a primeira dose ou a dose única e cerca de 740 mil pessoas aptas a tomar a dose de reforço não compareceram para completar o ciclo vacinal. O grande dilema do médico Queiroga é. Vai afundar com o Bolsonaro e o seu regime? Ou tentar deixar esse governo de forma digna e fazendo aquilo que prometeu no juramento de Hipocrates?!