Carta dor
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Carta dor

"Toda dor é por enquanto", essa parte da música do Marcos Almeida sempre me encheu de esperança. Como uma afirmação tão simples pode ter tanto poder? Pensar que somos cartas vivas é também lembrar que podemos morrer, e podemos sofrer.

Larissa Passaia
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"Toda dor é por enquanto", essa parte da música do Marcos Almeida sempre me encheu de esperança. Como uma afirmação tão simples pode ter tanto poder? Pensar que somos cartas vivas é também lembrar que podemos morrer, e podemos sofrer.

A vida pode ser retirada de nós a qualquer momento. Essa é a única certeza que temos desde o nascimento. Quem ignora tais fatos não se instalou na realidade ou nunca passou pelo sofrimento. Falo do sofrimento de verdade, aquele que te arranca as lágrimas a qualquer momento, que te joga na vala do "tanto faz fazer qualquer coisa", aquele que dói no peito e profundamente na alma.

O sofrimento nos amortece. Sentir tamanha dor nos tira do eixo narrativo de nossa existência, não somos mais nós que contamos a nossa história é a dor. No entanto, "toda dor é por enquanto". Somos cartas vivas que podem renascer, recomeçar. A vida é renovável. As mensagens do período do sofrimento não devem apagar esse fato. A vida recomeça.

A vida é como uma carta e você tem novas folhas em branco diariamente para iniciar o envio. 

Não se desespere se o hoje não foi de alegria e refrigério, mesmo que tenha sido um dia de perdas, pesado e dolorido, "toda dor é por enquanto", alimente sua esperança. Pegue papel e caneta e comece a escrever de novo, e de novo, e de novo e novamente, até renascer a alegria pela manhã.

Somos todos cartas vivas e enquanto a vida pulsar poderemos enviar mensagens novas! 

Não permita que o sofrimento conte sua história.

 Cale sua tristeza olhando nos olhos da Esperança.

"Toda dor é por enquanto".

Cale sua tristeza olhando nos olhos da Esperança.
Cale sua tristeza olhando nos olhos da Esperança.