Carta generosidade

"Faça todo o bem que puder,

Usando todos os meios que puder,

De todas as maneiras que puder…

Para todas as pessoas que puder,

Durante o maior tempo que puder."

(John Wesley)

Essa é a melhor definição de generosidade que já li na vida. E também a mais controversa. É muito comum hoje sermos generosos com as pessoas com quem temos algum tipo de contato, ou seja, é fácil doar para pessoas que pensamos merecem.

Queremos doar e ter a certeza de que a doação será bem "usada", de que será bem administrada, veja bem, isso não é doar, é um contrato. Sim, um contrato, pois deve ter reciprocidade, é uma relação utilitária, não tem a ver com sacrifício, já que a generosidade é característica da pessoa generosa, de quem se sacrifica em benefício de outra pessoa; 

A vida que é uma carta generosa é mais feliz. Tirou o foco de si e colocou na ajuda ao próximo. Não interessa se esse próximo é conhecido ou não, merecedor ou não, faz tudo o que pode, para todos que pode ajudar, sem exigir nada em troca e segue despreocupada. A prestação de contas pesa, sufoca e nos faz autorreferente, somos o padrão e quando somos o padrão deixou de ser generosidade e passou a ser um negócio nos termos contratuais.

A carta generosa não mede as pessoas por mérito ou demérito, ela apenas doa, mais e mais, se sacrifica se for preciso para ajudar; sacrifício de tempo, talentos para servir, não pense apenas em dinheiro, pense também em dar boas ideias, resolver problemas simples, ajudar alguém a se organizar melhor numa área que você já venceu.

A vida deve ser como uma carta cheia de generosidade. Não como uma carta contrato. As pessoas não nos devem gratidão eterna, por um prato de comida que demos ou uma ajuda para resolver o processo no departamento alheio, ou por uma ideia ou dica, não espere retribuição, leia novamente a citação do início dessa carta.

Que sua vida seja uma carta cheia de generosidade! Somos cartas vivas que se renovam generosamente, quanto mais doamos mais temos para doar.