Carta rastro
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Carta rastro

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Larissa Passaia
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Carta rastro

"Que a tua vida não seja uma vida estéril. — Sê útil. — Deixa rasto."(São Josemaria Escrivá) 

Li a frase anterior ontem e fiquei pensando em quantas verdades ela carrega. Somos cartas vivas e podemos gerar vida. É uma fatalidade a esterilidade, um drama que ninguém deseja viver ou deixar de herança.

Fazer da vida uma vida fértil, que produz em abundância; que tem muita capacidade produtiva é o mesmo que ser útil. Na utilidade para os que nos rodeiam está nossa emancipação. Não é engraçado pensar que isso é exatamente o oposto do que muitos desejam hoje em dia?

Muitos desejam ser servidos quase como crianças, ter a sua disposição o serviço de outro na hora e no momento que quiserem, e acabam não sendo úteis o suficiente para serem lembrados, para deixar rastro. Sua esterilidade está aí, na espera de que o outro sempre realize seus desejos e vontades, suas ordens e caprichos. 

Se tornar independente e livre está justamente no ser útil, em produzir além do esperado, em fazer melhor e sem ninguém pedir ou mandar. A verdadeira autonomia vem de poder resolver seus problemas e dos outros sem ficar importunando o mundo para que te dê atenção a cada cinco minutos de trabalho. 

Esperar recompensas e elogios por cada trabalho feito é escravidão emocional. Deixar um rastro significa que alguém se beneficiou do seu trabalho e você deixou marcas profundas nessa vida. Foi fértil. 

Ouça esse conselho antigo. A vida é uma carta que deixa rastro. Qual é o seu rastro? Você é útil e fértil? Ou Você sempre está à espera de ser servido e recompensado? Somos cartas vivas. 

Que a tua vida não seja uma vida estéril! Escreva cartas úteis. 

Escreva cartas úteis. 
Escreva cartas úteis.