Senhor Corvo, numa árvore empoleirado,
Senhor Corvo, numa árvore empoleirado, | ||
Segurava no bico um queijo. | ||
Dona Raposa, pelo odor atraída, | ||
Dirigiu-lhe mais ou menos estas palavras: | ||
«Olá! Bom-dia, senhor Corvo. | ||
Como sois bonito! Como pareceis belo! | ||
Sem brincadeira, se vosso gorjeio | ||
For semelhante à vossa plumagem, | ||
Sois a fênix dos habitantes deste bosque!» | ||
Ao ouvir isso, o corvo não cabe em si de contente; | ||
E, para mostrar sua bela voz, | ||
Abre o grande bico e deixa cair a presa. | ||
A raposa se apodera dela e diz: «Meu caro senhor, | ||
Aprendei que todo bajulador | ||
Vive à custa daquele que o escuta: | ||
Essa lição vale bem um queijo, sem dúvida.» | ||
O corvo, envergonhado e confuso, | ||
Jurou, já meio tarde, que não o apanhariam mais. | ||
(Jean de Lafontaine (1621 – 1695), poeta francês) | ||
Somos cartas vivas e amamos elogios. A fábula acima nos mostra que nem todos os elogios são sinceros. Parece bobagem escrever sobre isso, no entanto, em nossos dias estamos todos esperando elogios em forma de likes, comentários e compartilhamentos. | ||
Alguns desses creio serem verdadeiros, contudo, sempre estão permeados de bajuladores. | ||
Nossa vaidade nos impede de reconhecê-los à primeira vista. | ||
Gostamos de ostentar, a vaidade clama por aclamação, se for pública melhor ainda! | ||
Um provérbio antigo nos alerta: | ||
“A resposta sincera é sinal de uma amizade verdadeira.” | ||
O corvo nos ensina a não sermos exibicionistas e a raposa que nem todo elogio é verdadeiro e pode ser apenas uma maneira de tirar vantagem para conseguir o “nosso pedaço de queijo”. | ||
Não esqueça: a resposta sincera é sinal de amizade verdadeira! | ||
Valorize as amizades que lhe dizem duras verdades. Corra dos bajuladores! | ||
Obrigada por ler ❤ | ||
Aqui tem texto quase todo dia. | ||
O tema Deus envia! | ||
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