Perdão
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Perdão

Na trajetória de todas as cartas em nossas vidas tem um elemento que aparecerá e será muito importante: o perdão. Li certa vez a frase: “sem perdão não existe amanhã". A verdade me atingiu bem no meio da testa: ninguém pode viver bem sem dar ...

Larissa Passaia
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Na trajetória de todas as cartas em nossas vidas tem um elemento que aparecerá e será muito importante: o perdão. Li certa vez a frase: “sem perdão não existe amanhã". A verdade me atingiu bem no meio da testa: ninguém pode viver bem sem dar ou receber o perdão, por um motivo muito simples, somos imperfeitos. 

Vamos magoar e seremos magoados ainda em tenra idade, como você bem deve se lembrar de alguma situação da infância, que você causou a ofensa ou que foi o alvo. Conforme diz C. S Lewis, em Cristianismo puro e simples: "Todos dizem que o perdão é um ideal belíssimo até terem algo a perdoar […]".

Tratamos o perdão como essencial se o merecemos — e sempre julgamos merecer, não é mesmo?! — o tratamos com negligência se temos que conceder o perdão. Lembre que sem perdão não existe amanhã para continuar a mensagem da carta. 

Todas as relações humanas precisam de perdão. Nenhuma escapa. Pense em qualquer uma, qualquer área de relacionamento; você terá que dar e receber perdão, pois, antes que se dê conta ele será essencial para a manutenção da relação.

Perdoar não é ser ressarcido do dano, é aceitar o dano e deixar de cobrar quem o fez a você. Perdoar é ser livre de cobrar o ressarcimento da dívida, aceitar o prejuízo, abraçar e viver com ele. Aqui está a dificuldade: aceitar perder. Esmiuçar quem tem razão, não é perdoar. Perdoar é aceitar e cobrir a falta. Para isso é preciso desejar que a relação continue. 

Como bem colocou Ed René Kivitiz: “O que faz a diferença para a experiência do perdão não é a qualidade do processo de fazer acordos a respeito dos fatos que determinaram o distanciamento, mas a atitude dos corações que buscam a reaproximação. Em outras palavras, uma coisa é olhar para o passado com a cabeça, cada um buscando convencer o outro de sua razão, outra, é olhar para o outro com o coração amoroso, desejoso verdadeiramente do abraço perdido, independentemente de quem tem ou deixa de ter razão. Abraços criam espaço para acordos, mas acordos nem sempre terminam em abraços.”

Perdoe e abrace, não deixe sua carta morrer.

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Perdoe e abrace, não deixe sua carta morrer.
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