“O coração tem razões que a própria razão desconhece” disse Blaise Pascal. 

Tem mesmo. E tem muitas. Seguir o coração, viver por nossos sentimentos e vontades sem refletir razoavelmente se fazemos bem ou não, é viver pelo coração e desprezar a razão.

As cartas que enviamos dotadas apenas de sentimentos nada razoáveis, normalmente nos colocam em muitas dificuldades: aquela palavra dita com raiva sem pensar, aquela impressão sobre determinada pessoa que não era verdade, aquela alfinetada que era completamente dispensável e resultou numa discussão de 2 horas, aquela declaração de amor rejeitada, aquele negócio que poderia ter sido ponderado por mais tempo, aquelas palavras ditas no momento das emoções descontroladas que colocaram fim na amizade de muitos anos…

Garanto que você pode pensar em muitos outros exemplos, de viver seguindo o coração, que levam as pessoas a fazerem as maiores bobagens da vida. Viver por instinto, vontade e sentimentos, sem pensar é coisa de bicho. Homens e mulheres racionais é que somos! 

Cartas vivas. Vivemos para analisar e ponderar cada situação, não devemos ser reféns de nossas vontades e sentimentos. Eu, por exemplo, sou apaixonada por café e chocolate, viveria disso tranquilamente, comeria diariamente muito. No entanto, sei que destruiria minha saúde e forma física.

Todo excesso é prejudicial na vida da carta.

O coração não conhece limites.

Diz o profeta da antiguidade: 

“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto.Quem poderá entendê-lo?”

Não confie em seus sentimentos. Não siga seu coração.

Somos cartas vivas racionais, como poder e autoridade para controlar as emoções. Temos razão. Diferente dos bichos. Não digo que deixaremos de sentir, sentiremos: amor, alegria, raiva, dor, rancor, medo, insegurança… apenas não seremos dominados por esses sentimentos. 

“O coração nunca toma o lugar da cabeça, mas ele pode, e deve, obedecer-lhe.” (C. S. Lewis) 

Que nossas cartas possam colocar o coração no seu devido lugar! 

Não siga seu coração.