Reconheço que é um tanto maldoso colocar dessa forma, tendo em vista que foi graças a essa mesma safra de jogadores que os “Diabos Vermelhos” atingiram um outro patamar. Foram além de semifinalistas na última copa, como também cravaram um ter...
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Reconheço que é um tanto maldoso colocar dessa forma, tendo em vista que foi graças a essa mesma safra de jogadores que os “Diabos Vermelhos” atingiram um outro patamar. Foram além de semifinalistas na última copa, como também cravaram um terceiro lugar na Rússia, ganhando da Inglaterra por 2 a 0. Possuem grandes jogadores, respeitados e desejados no mundo todo, então porque essa sensação decepcionante? Talvez in loco seja diferente. Talvez os belgas estejam satisfeitos com suas atuações e feitos. É bem possível que a cultura futebolística deles não se associe a nossa, totalmente voltada para resultados. Ainda que eles aconteçam, se não vier acompanhado de total encantamento, não presta. | ||
Se a expectativa para esse confronto era imensa, as seleções fizeram jus a isso. Uma aula de como se joga bola, de maneira ofensiva, incisiva e com técnicos com ótimas ideias. Desde o primeiro minuto até o último, o confronto não perdeu em qualidade. Logo aos 12 minutos do primeiro tempo o zagueiro Bonucci desviava após uma falta para o gol, mas por conta de irregularidade no lance, foi acertadamente anulado. Italianos melhor, certo? Que nada. De Bruyne acertou uma bomba na entrada da área e Donnarumma mostrou ao PSG que valeu o investimento. Lukaku logo depois pedalou tipo Fenômeno (que ele já disse ser fã) e acertou um bom chute. Nada de alterar o placar. | ||
Então coube a Verrati roubar a bola e dar uma bela assistência para o Barella, freando a empolgação do time adversário, que parecia estar mais próxima a marcar, pelo menos naquele momento. A “cereja da pizza” ficou por conta do camisa 10 italiano que fez um golaço absurdo aos 43 minutos, com uma classe, uma perfeição, digna do número que veste e da empolgação pelas atuações no Napoli renderam ao mesmo. Quando tudo parecia estar se encaminhando para o 2 a 0, um pênalti convertido por Lukaku no finalzinho da primeira etapa era promessa que o segundo tempo, o tédio, passaria longe. | ||
Na volta do vestiário, as seleções demoraram a criar uma chance clara de gol, a batalha ficava por conta do meio campo, mas Kevin De Bruyne, sumido até então, achou o melhor jogador do campeonato italiano na pequena área, que foi salva em cima da linha por Spinazzola, que fazia uma partida impecável até os 32 minutos quando rompeu o tendão de Aquiles sozinho. O choro incontrolável já dava indícios que o lateral esquerdo já sabia: a euro, para ele, acabava ali. A reta final não reservou grandes emoções e daí eu adentro para a decepção belga, que ilustra o título. Queria ter visto um desespero, atacar sem preocupação tática, time todo pra frente, mas confesso que mais parecia uma partida perdida em um campeonato de pontos corridos, do que uma eliminação, tanto que não houve uma chance claríssima de gol. Mérito dos italianos, é bem verdade. | ||
Hazard fez muita falta. É impressionante como o jogador quando defende seu país, se transforma em algo que em nada se parece com aquele que atua em Madrid. É triste que as lesões tenham atrapalhado tanto os últimos anos de sua carreira, pois possui um tremendo talento. | ||
Foi um daqueles lembretes do porquê amamos um futebol bem jogado. VAR agindo rápido. Campo impecável. Torcida nos estádios. O único excesso dos 90 minutos? Qualidade técnica. | ||
Obs: Que atuação desastrosa do Immobile. Errou tudo e protagonizou um lance patético no primeiro gol. Se fosse o Neymar... |