"Code ou Não Code" eis a questão.
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"Code ou Não Code" eis a questão.

Estou na área de tecnologia a quase 20 anos e boa parte desse tempo passei empreendendo em iniciativas próprias voltadas a construção experiências tecnológicas que não se limitassem ao lugar comum. Esse meu senso de inconformismo, fez com que...

Jeferson Zimmermann
3 min
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Estou na área de tecnologia a quase 20 anos e boa parte desse tempo passei empreendendo em iniciativas próprias voltadas a construção experiências tecnológicas que não se limitassem ao lugar comum. Esse meu senso de inconformismo, fez com que minha jornada de aprendizado fosse, digamos, bem eclética.

Sou administrador de empresas por formação, mas sempre tive muita facilidade com tecnologia. Foi um programador auto ditada e me especializei infraestrutura em redes. Dediquei um bom tempo a infraestrutura, área onde as bandeiras de tecnologia são muito fortes. Porém, nunca fui um “xiita” que defendia a ferro e fogo as bandeiras como Windows, Linux, Unix ou Apple. Sempre foi muito curioso e enxergava o potencial em cada plataforma, sem tratar a tecnologia como "seita", como muitos fazem.

Desde o início entendi e defendi, que pouco importa qual a tecnologia será usada como meio, o que importa é o resultado que será gerado.

Por diversas vezes a melhor tecnologia não é a ideal e quando você esta amarrado a uma “seita” tecnológica, seja por deficiência técnica, por interesses comerciais ou quem sabe, por paixão, você limita suas possibilidades e paga por isso.

Com esse modelo mental eu sempre estive aberto a entender a a enxergar potencial em tecnologias ainda muito embrionárias. E foi assim que eu conheci o conceito de low-code.

Como gestor, desde as primeiras iniciativas empresariais, sempre me deparei com o mesmo problema. A falta de mão de obra qualificada! Este sempre foi e continua sendo a principal “pedra no nosso sapato” das empresas Tech's. É bem verdade que esse não é um problema único e exclusivo das empresas de TI ou que dependem fortemente de tecnologia, porem muito latente nos tempos atuais. Temos um problema estrutural histórico em nossa educação básica e acadêmica que nos trouxe a esse cenário. Com o avanço das economias digitais e a aceleração digital das empresas de segmentos mais tradicionais da atividade econômica, a pressão por talentos de tecnologia aumenta a cada dia.

Segundo os cálculos da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) a demanda de profissionais até 2024 será de 70.000 pessoas por ano, no entanto, cálculos da mesma associação estimam que apenas 55% dos profissionais que se formam no país ingressam no mercado de trabalho, mostrando claramente a deficiência do nosso sistema de ensino. Assim, segundo eles, este quadro nos levará ao final do período a um deficit de mais de 200.000 pessoas.

Todo este contexto nos leva para outro velho problema, a inflação e supervalorização do conhecimento. A velha mão invisível do mercado, termo que foi introduzido por Adam Smith em 1759, que explora o conceito de autorregulação do mercado (oferta e demanda), tem atuado no mercado de trabalho de TI e feito com que profissionais com qualificações medianas ou baixa exijam salários extremamente fora da realidade econômica do país.

MAS E AI, QUAL É O REMÉDIO PARA ESSA DOR?

Bom, essa é uma pergunta ainda sem resposta clara. Obviamente passa por politicas públicas mais eficientes no ensino fundamental e acadêmico. Iniciativas de treinamentos e curso pontuais também ajudam, mas são pontuais, paliativas e de baixo impacto real.

Porem talvez tenhamos alguns “remédios" que ajudem a diminuir a dor de modo que os impactos das economias seja bem menores. Esse remédio chama-se Low e No Code, que pode ser o caminho para mitigar parte do problema.

Como? Bom, sabemos que o desenvolvimento de tecnologia demanda anos de investimento em conhecimento e estudo. Porem muitas pessoas não estão dispostas, não tem condições ou não possui as competências necessárias para encarar o desafio. Do outro lado temos aceleração da transformação digital demandando essas competências. O que fazer?

E se, conseguíssemos encurtar a curva de tempo e complexidade para a aprendizagem de tecnologia? Isso certamente pode ajudar e estimular pessoas que antes nem pensavam em trabalhar com tecnologia a vencerem suas barreiras e entrar em um mercado onde os ganhos são maiores e ao mesmo tempo ajudar todo o ecossistema de negócios do pais. Não seria incrível.

O QUE VOCÊ ENCONTRARÁ AQUI. 

Pretendo escrever sobre minhas experiencias práticas com o Low e No code, comparando com tecnologia tradicionais e demostrando como resolvi e continuo resolvendo problemas reais e complexos.

Também apresentaria a tecnologias e como pessoas comuns podem iniciar na jornda de aprendizado.

Quero estimular pessoas das áreas de negócios não técnicas a investirem parte do seu tempo ao estudo das plataformas de forma que novas oportunidades possam se abrir.

Tentarei engajar pessoas técnicas e mais céticas ao uso dessa tecnologia mostrando que você não se torna menos técnico quando passa a deixar que boa parte do seu trabalho "braçal" seja feito pela máquina.

Seja bem vindo!