O homem primitivo, por instinto, buscava a sua sobrevivência fugindo das ameaças constantes, protegendo-se de predadores, do frio e da fome, abrigando-se em cavernas e alimentando-se de frutos silvestres ou do que conseguia obter da caça e da...
O homem primitivo, por instinto, buscava a sua sobrevivência fugindo das ameaças constantes, protegendo-se de predadores, do frio e da fome, abrigando-se em cavernas e alimentando-se de frutos silvestres ou do que conseguia obter da caça e da pesca. Com o desenvolvimento da inteligência, a descoberta do fogo e criação de utensílios manuais, o homem sentiu a necessidade de se estabilizar. A partir daí, o ser humano percebeu que não precisaria caçar animais ou buscar frutos, eles poderiam ser criados e cultivados em um ambiente fixo. O homem começou a utilizar seu tempo, suas horas e seu suor para produzir alimentos diversos. Porém, o agricultor que cultivava o trigo tinha a necessidade de consumo da lã do criador de ovelhas para que fossem feitas suas roupas, do leite bovino do criador de vacas e da carne do criador de porcos. Como ele poderia ter tais itens já que sua expertise era o cultivo de trigo e, para que pudesse criar gados, ovelhas e porcos, precisaria de muito mais tempo e acabaria deixando de lado seu principal labore? Com essa necessidade de consumo de outros itens produzidos por outras pessoas, o homem começou a comercializar através de simples troca ou escambo. A mercadoria era avaliada na quantidade de tempo ou força de trabalho gasta para produzi-la ou até mesmo pela necessidade que o comprador tinha por determinada mercadoria. | ||
Com o passar dos tempos, o homem passou a ser mais produtivo. O criador de ovelhas começou a ter uma grande quantidade de animais, mais do que o necessário para sua sobrevivência. A população começou a aumentar e as necessidades de consumo também. Era preciso criar uma forma de facilitar as trocas para que não fosse necessário carregar uma vaca ou fardos e mais fardos de trigo pela cidade em busca do seu bem necessário. Foi desta necessidade que surgiu o dinheiro. O dinheiro nada mais é que uma forma de representar a sua produtividade, a sua hora, o seu suor. O que você cria e produz para o mundo é representado em forma de dinheiro para que você possa trocar o seu esforço pelo esforço de outra pessoa. Quanto mais você produz algo que cada vez mais pessoas enxergam como essencial, você terá o retorno da produtividade dessas pessoas. Ou seja, quanto mais impactante você é para o mundo, o mundo será grato por você em forma de dinheiro. Com o desenvolvimento da humanidade, o homem criou a lâmpada, o carro, a casa, a televisão. Ele começou a suprir as necessidades gerais da humanidade, não só as necessidades instintivas de fome e frio, mas também o conforto, o lazer e a curiosidade. Quanto mais essa necessidade foi suprida, mais impactante foram os avanços da população, mais produtividade foi utilizada, e logo, mais riqueza foi gerada. Como disse o personagem de ficção do livro A Revolta de Atlas, Francisco D’Anconia, em um discurso épico: | ||
"Já procurou a origem da produção? Olhe para um gerador de eletricidade e ouse dizer que ele foi criado pelo esforço muscular de criaturas irracionais. Tente plantar um grão de trigo sem os conhecimentos que lhe foram legados pelos homens que foram os primeiros a fazer isso. Tente obter alimentos usando apenas movimentos físicos e descobrirá que a mente do homem é a origem de todos os produtos e de toda a riqueza que já houve na Terra. Mas o senhor diz que o dinheiro é feito pelos fortes em detrimento dos fracos? A que força se refere? Não à força das armas nem à dos músculos. A riqueza é produto da capacidade humana de pensar. Então o dinheiro é feito pelo homem que inventa um motor em detrimento daqueles que não o inventaram? O dinheiro é feito pela inteligência em detrimento dos estúpidos? Pelos capazes em detrimento dos incompetentes? Pelos ambiciosos em detrimento dos preguiçosos? O dinheiro é feito – antes de poder ser embolsado pelos pidões e pelos saqueadores – pelo esforço honesto de todo homem honesto, cada um na medida de suas capacidades. O homem honesto é aquele que sabe que não pode consumir mais do que produz. Comerciar por meio do dinheiro é o código dos homens de boa vontade. O dinheiro se baseia no axioma de que todo homem é proprietário de sua mente e de seu trabalho." | ||
Temos em nossa cultura a convicção de que o dinheiro é algo sujo, que torna o ser humano mais ganancioso, que infelizmente é algo que nós precisamos para sobreviver. Invertemos a ordem de pensamento: a de que o dinheiro é algo que precisamos ter para sobreviver e precisamos trabalhar para tê-lo, quando na verdade o dinheiro nada mais é do que o nosso próprio esforço. Precisamos ser produtivos para poder ter acesso à produtividade de outros. Costumamos também dizer que, para alguém que enriquece e se torna uma pessoa má, o dinheiro a corrompeu. Mas, entendendo agora o que realmente é o dinheiro, como um simples pedaço de papel que representa a sua produtividade poderia realmente modificar uma personalidade? Quanto mais uma pessoa é produtiva, inovadora e necessária para o mundo, mais poder de compra e consumo ela tem e, consequentemente, mais poder de persuasão ela poderá adquirir. Portanto, o dinheiro não a corrompe. Ela, por ter mais poder de persuasão, revelou ser quem realmente é. O dinheiro foi o que trouxe o poder para essa pessoa e, sob posse desse poder, se sentiu mais à vontade para revelar sua real personalidade. Outra convicção que temos é a de que é injusto que muitas pessoas estejam na miséria extrema enquanto outros poucos detêm grande parte da riqueza mundial. Com toda a certeza, as situações de pobreza e miséria são extremamente revoltantes mas, não entrando na linha emocional ou de falta de oportunidade, que não é o foco dessa reflexão, colocamos em comparação pessoas que se apresentam em camadas opostas. Dinheiro não é algo finito. Sua produtividade não é finita. Sua criatividade não é finita. A riqueza da humanidade vem aumentado cada vez mais, justamente por termos mais pessoas no mundo cada vez mais criativas e produtivas. Não é porque uns tem muito dinheiro que outros tem, consequentemente, pouco. O que homens como Elon Musk, que recentemente se tornou o homem mais rico do mundo segundo a revista Forbes, Bill Gates e Steve Jobs diferem de pessoas que estão em situações de miséria, ou melhor, o que esses três caras diferem de pessoas como nós? O patrimônio deles nada mais representa o que seu intelecto foi capaz de criar e produzir para o avanço da humanidade e como a humanidade se fez grata pela produtividade dos três. Bill Gates revolucionou o mundo com o seu sistema, tornando o computador, antes usado para funções complexas, algo que todos poderiam ter em casa. Steve Jobs, além de ter popularizado o uso do computador pessoal, criou o produto que hoje conecta o mundo inteiro a qualquer lugar. Elon Musk busca incessantemente a salvação da espécie humana, reduzindo a emissão de gás carbônico com seus carros elétricos, criação de energia renovável com seus painéis solares e, caso não tenhamos salvação para este planeta, conquistar Marte para que o torne habitável. São feitos revolucionários. Essas criações mudaram e desenvolveram a sociedade como nunca. A produtividade e inteligência desses caras foram capazes de suprir necessidades e gerar um desenvolvimento disruptivo para a humanidade, além de permitir que outros desenvolvimentos surgissem de suas invenções. Criaram a necessidade de consumo de uma população inteira que valorizou seus produtos e suas criações, tal qual o pequeno produtor de trigo do início deste texto necessitou da lã, leite e carne. | ||
E nós, o que estamos produzimos? Como estamos utilizando nossas poucas horas que temos durante o dia? Qual o valor que entregamos para a sociedade? | ||
Link para o discurso completo de Francisco D’Anconia: | ||
Uma semana MEGA produtiva a todos! Vamos pra cima! |