Ep. 1 - Descobrindo da pior maneira o que é uma startup
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Ep. 1 - Descobrindo da pior maneira o que é uma startup

Essa é uma série de artigos que vou escrever para contar da ideação até a construção da Tripsz, uma Startup no segmento de turismo no qual sou co-fundador. 

Lauro Guedes
3 min
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Essa é uma série de artigos que vou escrever para contar da ideação até a construção da Tripsz, uma Startup no segmento de turismo no qual sou co-fundador. 

Tripsz é um marketplace com cashback que conecta pequenas e médias agências de viagens a viajantes. 

Quero relatar toda a jornada, passando pelos desafios, derrotas e vitórias que tivemos, até porque a Tripsz foi desenvolvida e lançada durante a pandemia.

Mas minha história com Startup e turismo começa bem antes, e é necessária uma breve explicação de como ambas as coisas entraram na minha vida.

Sempre tive uma referência empreendedora desde pequeno, meu pai tem até hoje uma pequena empresa de construção e comunicação visual que se adaptou dezenas de vezes para sobreviver, então ele constantemente compartilhava comigo todos os desafios e dificuldades do empreendedorismo, mas sempre me estimulou a seguir por esse caminho.

Saltando alguns anos, decidi cursar Publicidade e Propaganda e fui estudar na Puc Minas. No meu primeiro estágio, tive a oportunidade de trabalhar em um laboratório de comunicação da própria faculdade. Durante esse período, eu ia e voltava para casa de transporte público, e em um dia chuvoso e caótico pós aula esperando o ônibus, tive meu primeiro insight: um aplicativo de carona universitária. 

Reparei que muitos alunos iam de carro e o ponto de ônibus próximo a PUC estava sempre lotado. Por que não conectar essas duas pontas? Na minha cabeça, era vantajoso para ambos os lados, de um lado o passageiro teria mais segurança, conforto e economia de tempo pegando uma carona e do outro, o motorista iria receber uma ajuda para economizar na gasolina e demais gastos do veículo.

Comecei a pesquisar se já existia algo parecido, encontrei algumas poucas iniciativas centralizadas em uma ou outra faculdade, mas nada que tivesse engrenado. Comecei a escrever no bloco de notas do celular todas as funcionalidades que o aplicativo poderia ter. 

No dia seguinte chamei meu pai para almoçar, ele estava em BH nesse final de semana para me visitar, contei sobre a ideia e a minha empolgação o empolgou. Juntos, começamos a pesquisar como criar um aplicativo, entendemos que a melhor opção naquele momento era contratar uma empresa. Entrei em contato com algumas softwares house, e recebi dezenas de orçamentos surreais, o ano era 2016, criar um aplicativo estava na moda e era caro. Após alguns ajustes no escopo do app, escolhemos uma empresa para dar o start no projeto.

O aplicativo demorou quase um ano para ser desenvolvido e quando foi entregue, eu já estava estagiando em um Banco e não podia me dedicar integralmente a startup, mesmo assim espalhei e colei alguns cartazes pela faculdade, criei as fanpages e tentei fazer com que as pessoas fizessem o download.`


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Sem saber minimamente o conceito de marketplace, não busquei a oferta ou a demanda primeiro, logo nunca dava “match” entre os poucos usuários que toparam baixar.

Por alguns meses tentei fazer tudo ao mesmo tempo, mas como o foco era o estágio e a faculdade, deixei de lado a Lafhe Carona. 

Foi uma experiência frustrante pensando exclusivamente no resultado final, deu tudo errado e o aplicativo não realizou uma única corrida sequer, apesar disso, gostei de ter ido à reuniões, pensado nas funcionalidades, realizado testes e ter tirado algo do papel. Combinei comigo mesmo que iria voltar a mexer na Lafhe ou criar uma nova startup da maneira certa e com mais experiência no mercado de trabalho. Pouco tempo depois percebi que o problema da corona universitária não era tão grave quanto havia pensado e que o negócio não seria lucrativo.

Eu precisava buscar um outro problema para resolver…