🏈 Power Ranking, Curti, pós-Draft: Cleveland começa a despontar como desafiante na AFC
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🏈 Power Ranking, Curti, pós-Draft: Cleveland começa a despontar como desafiante na AFC

Como está a divisão entre favoritos, competidores e a classe média da NFL depois do Draft? Tampa Bay segue no topo junto de Chiefs e Bills na AFC, mas o Cleveland Browns fez uma intertemporada dos sonhos e é boa aposta para incomodar – o mesmo vale p

Antony Curti
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Um power ranking pós-draft é algo complicado de ser escrito. Precisamos dosar a empolgação com escolhas pontuais, dado que os times nem foram a campo ainda. Como colocar o Chicago Bears entre os 15 primeiros, por exemplo, pela simples chegada de Justin Fields – que tem um total de zero snaps na NFL? De toda forma, no agregado conseguimos fazer movimentações aqui e ali. Las Vegas e New Orleans, que fizeram drafts questionáveis, descem no ranking. New England sobe e começa a flertar com a prateleira de "cima" após ter um dos melhores drafts de 2021.

O topo, porém, segue intacto com uma exceção: em meio às histórias e dissabores de Aaron Rodgers no Wisconsin, descemos o Green Bay Packers de Favorito para Competidor. O time ainda é favorito para vencer a divisão, mas com a quantidade de dúvidas que permeiam o Lambeau Field, é necessário mais cautela nas expectativas para 2021.

Lembro sempre que Power Ranking é algo subjetivo e é minha opinião, se você não concordar com a lista porque seu time está alto ou um rival baixo, sem problemas, é só minha opinião e sua super pode ser diferente!

1- Tampa Bay Buccaneers: Não tem muita mudança nesse aspecto. Foi um Draft quase que complementar para o Tampa Bay Buccaneers, que retorna os titulares campeões do Super Bowl para buscar o bicampeonato. Na primeira rodada, uma aposta a ser lapidada, Joe Tryon – Jason Pierre-Paul está no último ano de contrato, vale lembrar. O Draft não mudou o status de Tampa Bay como favorito ao título ao início da temporada.

2- Kansas City Chiefs: Belíssimo trabalho de Kansas City na intertemporada. Ficou mais do que claro que Patrick Mahomes, se protegido, entrega 30 pontos mesmo em derrotas – como era o caso até o Super Bowl. No Draft e pré-Draft, duas movimentações de destaque para complementar o que foi bem feito na free agency: a troca pelo pro bowler Orlando Brown Jr, que chega para ser left tackle, e o iOL Creed Humphrey para dar profundidade de talento na linha ofensiva – unidade atordoada com lesões no ano passado.

3- Buffalo Bills: Josh Allen entra o ano como um dos candidatos a MVP mas a questão para passar pelo Kansas City Chiefs reside na defesa. Na final da AFC, Mahomes foi pressionado em 25% dos recuos de passe mas isso não foi suficiente, o camisa 15 deitou e rolou e esse foi o quarto jogo no qual ele foi menos pressionado no ano. Ao mesmo tempo, os Bills foram o oitavo time da NFL que mais mandou blitz – ao passo que Mahomes teve 14 touchdowns e 0 interceptações quando blitz vinha em sua direção. Para mitigar isso e começar a pressionar mais (e melhor) com quatro homens, o foco de Buffalo foi em EDGEs no Draft. Na primeira rodada, uma boa aposta em Gregory Rousseau, de Miami – jogador cru em alguns aspectos mas com potencial se lapidado. Na segunda, Carlos Basham, de Wake Forest – que não tem nenhuma qualidade de elite mas faz o feijão com arroz bem. Fica claro a missão dos Bills ao olharmos seu Draft. Agora é ir ao campo para vermos se vão ao topo da AFC.

4- Los Angeles Rams: Os Rams têm filosofia clara de investir suas primeiras rodadas por jogadores veteranos que já deram certo em outros times – como a média de acerto na primeira rodada costuma girar em 50%, matematicamente até que faz sentido. Neste ano, a primeira escolha foi Tutu Atwell, wide receiver de Louisville que é ágil e uma máquina de jardas após a recepção. O problema é que Tutu é magro e pequeno em altura, o que pode complicar em separação e posicionamento – com Sean McVay chamando o ataque, porém, tais problemas podem ser mitigados. Os Rams mantém seu status de favoritos – mas os safeties e a defesa como um todo são questões para ficarmos de olho depois da saída de John Johnson e do coordenador defensivo Brandon Staley.

5- Cleveland Browns: Falando em Johnson, ele reforçou a secundária dos Browns – que fora problema no ano passado. No Draft, Cleveland saiu como um dos vencedores. A escolha de Greg Newsome II dá uma profundidade de talento interessante para uma secundária que sofreu com lesões e disponibilidade. Na segunda rodada, uma potencial barganha no segundo melhor linebacker desta classe, Jeremiah Owusu-Koramoah – que é versátil e jogou bastante no nickel no college, embora na NFL acredito que seja inside linebacker. Cleveland segue reforçando a defesa e tem um ataque redondinho: para mim, é o grande desafiante a Bills e Chiefs na AFC.

6- Green Bay Packers: Não restou outra possibilidade senão demover Green Bay do status de favorito para desafiante – ao menos até começar a temporada e entendermos o que está rolando mesmo nos Packers. Ou até saber se Aaron Rodgers será o quarterback do time e, se for, como está o clima. Os Packers seguem sem investir em escolhas de primeira rodada ofensivas (descontado Jordan Love no ano passado) para ajudar Rodgers – mas ao menos trouxe um quase xará em Amari Rodgers, wide receiver de Clemson. Amari é pequeno (menos de 1,80 m) e não tem velocidade final para a NFL, com problemas em bolas contestadas. Mas, aguerrido, não tem medo de bloquear ou trabalhar no meio do campo. Pode ser um alvo interessante no slot, em especial nas rotas horizontais. Na primeira rodada, um projeto no cornerback Eric Stokes – que precisará ser lapidado tecnicamente para maximizar sua velocidade e atleticismo e futuramente substituir Kevin King.

7- Baltimore Ravens: Muito, muito interessante e bem-feita intertemporada em Baltimore. A perda de Orlando Brown Jr foi reposta pelo sólido offensive tackle Alejandro Villanueva, ex-Pittsburgh. Para além disso, o time já havia trazido Kevin Zeitler para o miolo de linha e essa era uma carência desde a aposentadoria de Marshal Yanda. No Draft, Baltimore finalmente pegou um wide receiver com capacidade de ser o #1 do time – Rashod Bateman tem velocidade e altura para isso, "liberando" Marquise Brown dos CB1 dos outros times para o flanker em rotas mais curtas. No papel, o ataque aéreo dos Ravens – e Lamar – não tem mais desculpa para não funcionar. Resta ver no no campo e no desenho tático de Greg Roman.

8- Indianapolis Colts: Gostei bastante da primeira escolha dos Colts, Kwity Paye – pass rush era uma necessidade dos Colts, até pela não volta de Justin Houston. Dayo Odeyingbo é mais um projeto: precisa ser lapidado em termos de ferramentas de pass rush, mas ao menos houve investimentos por parte da equipe. O destaque desde o último Power Ranking, porém, vai para a chegada de Eric Fisher, ex-Chiefs. Em tese, ele vem para o lugar de Sam Tevi, offensive tackle que não inspira confiança. E sabemos bem como Carson Wentz precisará de jogadores de linha ofensiva que inspiram confiança.

9- Minnesota Vikings: Draft subestimado e menos falado do que deveria, a meu ver. Minnesota tinha uma carência clara na linha ofensiva e fez duas escolhas com muito, mas muito valor. Christian Darrisaw em outros Drafts seria o primeiro escolhido na posição de offensive tackle. Bloqueador agressivo, traz consigo além da proteção ao QB uma boa capacidade nos bloqueios terrestres que podem ajudar Dalvin Cook. Além disso, veio o iOL Wyatt Davis no final da terceira rodada. Davis vem de um ano ruim e precisa trabalhar o uso dos pés, mas tem as ferramentas para ser um bom guard na liga. Kirk Cousins indiretamente foi um dos vencedores do Draft.

10- San Francisco 49ers: A chegada de Trey Lance pode não ter um impacto imediato, dado que há preocupações pelo fato dele ter jogado apenas uma temporada e na segunda divisão do College Football. Ainda assim, é uma escolha interessante pelo teto de produção. Os 49ers ainda conseguiram um jogador que, a meu ver, encaixa no sistema tático da equipe nos bloqueios em zona para o jogo terrestre – Trey Sermon, running back que fora escolha na terceira rodada. A chegada do físico Aaron Banks traz profundidade de talento para o miolo de linha. Foi um Draft interessante dos 49ers.

🏈 Para o texto completo com os 32 times: http://profootball.com.br/powerranking/power-ranking-curti-pos-draft-2021/

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