Problemas no elenco dos Broncos são expostos após lesões
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Problemas no elenco dos Broncos são expostos após lesões

Uma velha dúvida voltou à tona: os Broncos são bons o suficiente para brigar com uma prateleira mais alta e pensar em playoffs ou vão por mais um ano amargar o limbo da prateleira intermediária?

Antony Curti
4 min
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por Deivis Chiodini | @deivischiodini 

Após começar empolgando, com três vitórias nas primeiras semanas, o Denver Broncos voltou à realidade: derrotas consecutivas contra Baltimore Ravens e Pittsburgh Steelers expuseram a dificuldade do elenco em se manter competitivo com a ausência de algumas peças, fazendo com que a velha dúvida voltasse à tona: os Broncos são bons o suficiente para brigar com uma prateleira mais alta e pensar em playoffs ou vão por mais um ano amargar o limbo da prateleira intermediária?

Como efeito, a comissão técnica começa a ser questionada de forma mais forte. Vic Fangio, por exemplo, montou um plano de jogo fraco e que deu chances para um ataque mambembe como o do Pittsburgh Steelers tivesse uma performance bem acima do esperado. Ben Roethlisberger teve sua melhor atuação no ano. O jogo corrido dos Steelers também engrenou, com o calouro Najee Harris tendo 123 jardas. Tudo isso contra um time que tem supostamente na defesa sua fortaleza. Não dá para não responsabilizar o treinador.

Falta velocidade no ataque

Perder os wide receivers Jerry Jeudy e K.J. Hamler por lesão foi um baque e tanto para o plano de jogo do coordenador ofensivo Pat Shurmur. Ele montou um ataque para Teddy Bridgewater pudesse soltar a bola rapidamente, executando a leitura que fez pré-snap, com os recebedores ficando abertos rapidamente e conseguindo jardas extras depois da posse. Sem os dois citados, o grupo ficou capenga: Courtland Sutton e Tim Patrick são bons jogadores, mas suas características são diferentes, se aproveitando mais de seu físico mais do que qualquer outra coisa.

Na linha ofensiva, os problemas se acumulam. Teddy Bridgewater é o quinto quarterback mais pressionado da liga após cinco semanas. Contra o Pittsburgh Steelers foram 14 pressões – um número altíssimo. O miolo da linha foi controlado do primeiro ao último snap, sendo obrigado a se mover e improvisar. Some-se isso ao fato dos principais recebedores estarem fora e a receita da desgraça está feita. O jogo corrido é apenas o 21° em eficiência segundo o Football Outsiders. Traduzindo: nada funciona e Shurmur terá que dar um jeito de ser mais criativo para que os Broncos possam ter alguma chance contra adversários de qualidade.

Defesa não resistiu às provas de fogo como esperado.

Desde o início, a montagem do time foi feita para que a defesa brilhasse, mantendo o jogo ao alcance de um ataque com um quarterback apenas mediano. Basta ver os investimentos feitos na free agency e no Draft: Kyle Fuller e Ronald Darby chegaram e Patrick Surtain foi contratado para aumentar o poder de fogo da secundária. Além disso, Shelby Harris teve seu contrato renovado e Von Miller a opção de mais um ano contratual ativada.

Entretanto, apesar de não achar que tenha sido o único problema, essa defesa decepcionou nas duas últimas semanas. Fuller, um dos homens de confiança de Fangio, teve uma partida tenebrosa contra os Steelers, sendo batido em todos os 5 passes que foi alvo, cedendo mais de 100 jardas. Von Miller, que teve pelo menos 4 pressões em cada uma das 3 primeiras semanas, viu esse número cair pela metade contra Baltimore e Pittsburgh. Se a unidade defensiva não começar a trabalhar de forma a limitar seus oponentes a casa dos 21 pontos, Denver terá muitas dificuldades em conseguir colocar vitórias na tabela.

A verdade é que se isso acontecer e os Broncos ficarem de fora da pós-temporada novamente, Fangio dificilmente estará pelo Colorado em 2022. O plantel foi montado conforme seus gostos e preferências, então um fracasso deste time significa um fracasso de seu head coach. E não ter sucesso por 3 anos consecutivos é mais que suficiente para que Denver vá atrás de outro nome.

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