Porque o monoteísmo é um ceticismo?

Para responder essa pergunta é necessário sabermos o que é o ceticismo. O ceticismo vem do grego, sképsis, que significa “exame, investigação”. Trata-se de uma escola filosófica do período helenístico que defende que não se pode atingir a certeza absoluta a respeito da verdade, sendo necessário o constante questionamento e investigação sobre os fenômenos que permeiam a existência humana. Já o monoteísmo é uma crença em um único Deus, que é visto como o criador e governante do universo.

O monoteísmo, geralmente entendido como a crença em um único Deus, e o ceticismo, uma atitude filosófica que questiona a possibilidade de conhecimento absoluto, podem parecer conceitos opostos à primeira vista. No entanto, ao examinarmos mais de perto essas duas perspectivas, podemos identificar algumas semelhanças como por exemplo quando uma sociedade politeísta passa a adorar e acreditar na existência de um único só deus, essa sociedade passa a desacreditar em todos os outros deuses sendo assim se formos analisar esse fato nos vemos que ela passou a creditar em um e a desacreditar e questionar os outros fazendo assim uma espécie de ceticismo para as demais divindades. Assim sendo como o ceticismo, que por um lado, tem uma posição filosófica que envolve uma atitude de duvida ou descrença em relação a certas afirmações ou crenças. Os céticos tendem a questionar e examinar criticamente as crenças e afirmam que é necessário ter evidencias solidas antes de aceitar uma proposição como verdadeira, os monoteístas seguem dessa mesma forma cética e criteriosa quando se trata nas crenças de outros deuses.

Embora o monoteísmo e o ceticismo possam parecer conceitos distintos, há uma certa semelhança entre eles. Ambos envolvem uma postura de questionamento, uma busca constante por entendimento e a presença de dúvidas e questionamentos internos. Ao explorar essas conexões, podemos ganhar uma compreensão mais ampla dessas perspectivas e das complexidades inerentes à natureza humana e ao desejo de conhecer e compreender o divino.