| ||
Na mesma semana e quase no mesmo dia, dois amigos conversaram comigo sobre suas insatisfações no trabalho e que eles estavam pedindo demissão. Ambos tem bons cargos. Ambos são muito mais inteligentes do que eu. Ambos são especialistas nas suas áreas e ganham, em relação ao resto do Brasil, muito bem. Eles tem outra coisa em comum: são movidos por propósitos. Eles se entregam realmente para empresa a fim de fazerem a diferença no negócio, impactando a vida das pessoas dentro e fora da empresa. Mas as empresas tem seu próprio timing. Esse timing é modificado e regido pelo momento de mercado, pelos clientes e principalmente pelas pessoas que realmente decidem o caminho da empresa. Quando esse timing se dessincroniza com o timing pessoal dos funcionários, a empresa perde talentos… Ou o talento perde uma ótima empresa. | ||
Mas essas dessincronias são comuns. Fazem parte da vida da empresa e é inevitável. Então, como podemos amenizar o impacto quando uma guinada dessa acontecer? | ||
| ||
“O excesso de trabalho e desempenho agudiza-se numa autoexploração. Essa é mais eficiente que uma exploração do outro, pois caminha de mãos dadas com o sentimento de liberdade. O explorador é ao mesmo tempo o explorado.” - Han, Byung-Chul. Sociedade do cansaço | ||
Mas tudo isso só vai servir para diminuir incertezas e não ter mais certeza de que tudo vai dar certo. Acho que você já sabe que você não é seu crachá. O que você executa no seu trabalho, é só uma fração da pessoa que você realmente é. |