Dia 14 (29 de agosto) - O desequilíbrio no Senado
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Dia 14 (29 de agosto) - O desequilíbrio no Senado

Muito se fala a respeito do conservadorismo no Congresso Nacional. Nunca parei para aferir essa afirmação mas, a ver pelas pautas que foram passando nos últimos anos, nem é preciso.

Diogo Machado
3 min
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Muito se fala a respeito do conservadorismo no Congresso Nacional. Nunca parei para aferir essa afirmação mas, a ver pelas pautas que foram passando nos últimos anos, nem é preciso.

Nesse cenário, o voto para Senador, em 2022, torna-se muito importante. Na minha visão, a reconfiguração dessa casa é fundamental para que o Presidente eleito possa desfazer muitas das medidas aprovadas nesta legislatura.

Em Minas Gerais, há um claro desequilíbrio em favor da direita. Os três senadores que representam nosso estado são os seguintes: Alexandre Silveira (PSD), cujo mandato se encerra no dia 31 de janeiro de 2023; Carlos Viana (PL); e Rodrigo Pacheco (PSD). Não há, portanto, senador que represente a esquerda. Dos três senadores, um é partidário do Bolsonarismo - Carlos Viana -, e os demais atuam conforme as pautas são postas à mesa (embora tenham um viés mais conservador). Rodrigo Pacheco, por exemplo, em que pese algumas decisões e falas prudentes, é visto como aliado do atual presidente.

Pensando nisso, irei compartilhar minhas análises em relação aos candidatos mineiros ao Senado, com o objetivo de encontrar o candidato ideal para equilibrar um pouco mais o jogo.

Antes de qualquer aprofundamento, é preciso esclarecer algumas coisas a respeito da eleição para Senador:

  • Apenas ⅓ do Senado será renovado em 2022, ou seja, dos três senadores de cada estado, apenas um terá seu mandato encerrado agora. Ao todo, 27 senadores serão eleitos em 2022.
  • Os senadores se elegem por meio do sistema majoritário – o mesmo aplicado ao presidente da República, a governadores e a prefeitos. Já a eleição dos deputados federais se dá por meio do sistema proporcional – que também é aplicado nas eleições para deputados estaduais. Assim, os deputados dependem do desempenho de seus partidos.

Assim, é importante ter em mente que o voto de legenda (digitar apenas o número do partido) serve somente para eleições proporcionais. Logo, é preciso decidir em qual candidato ao Senado iremos votar, na medida em que sua eleição ocorre por meio do sistema majoritário.

Neste pleito, Minas Gerais apresenta nove candidatos ao Senado Federal:

  1. Alexandre Silveira (PSD) - busca a reeleição;
  2. Bruno Miranda (PDT);
  3. Cleitinho (PSC);
  4. Dirlene Marques (PSTU);
  5. Irani Gomes (PRTB);
  6. Marcelo Aro (PP);
  7. Naomi de Almeida (PCO);
  8. Pastor Altamiro Alves (PTB);
  9. Sara Azevedo (PSOL).

A última pesquisa estimulada Datafolha para Minas Gerais (18/08) mostrou uma liderança de Cleitinho (12%), seguido de Alexandre Silveira (5%), Bruno Miranda (5%), Sara Azevedo (5%), Pastor Altamiro Alves (5%), Marcelo Aro (3%), Irani Gomes (3%), Naomi de Almeida (1%) e Dirlene Marques (1%). Brancos e nulos representaram 28%. Não souberam e não opinaram, 27%.

Historicamente, eleitores decidem seu voto para o Senado apenas na última semana da campanha eleitoral, o que reduz a importância dessa pesquisa. Ainda assim, a força de Cleitinho - o único candidato apoiado por Bolsonaro em Minas - é inegável. Suas chances são as mais explícitas.

Irei analisar a candidatura de alguns desses candidatos, como tentativa de antecipar essa decisão e lhe dar uma contribuição qualitativa.

Primeira vez que faço uma análise cuidadosa de meu voto para o Senado. Vamos ver no que dá…