Dia 30 (14 de setembro) - Decidi meu voto para Deputado Federal!
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Dia 30 (14 de setembro) - Decidi meu voto para Deputado Federal!

Votarei em Duda Salabert.

Diogo Machado
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Votarei em Duda Salabert.

Não dá para seguirmos a lógica da insanidade quântica de Einstein, segundo a qual seria “ingenuidade fazer a mesma coisa várias vezes e esperar resultados diferentes”. 

Falei aqui, em outro post, da necessidade de ampliarmos as bancadas feminina e representantes de minorias no Congresso Nacional e, por isso, buscaria candidatas mulheres para o Legislativo. Estamos em um período crucial da história brasileira, no qual a ameaça da extrema direita é real. Precisamos, pois, lutar por uma Câmara dos Deputados e um Senado Federal mais plurais e representativos.

Nesse contexto, a candidata se enquadra perfeitamente. Muito provavelmente, Duda será a primeira congressista transexual da história e eu gostaria muito de contribuir com meu voto a seu esforço de mudar a forma como se faz política no país.

Em apenas dois anos como Vereadora de Belo Horizonte (Duda foi eleita com o recorde de votos para o cargo em 2020), a candidata do PDT logrou aprovar leis importantes para a cidade, até mesmo por unanimidade. Partindo de uma legisladora transgênero, de esquerda, é um feito extraordinário, o que comprova sua capacidade de articulação política. Entre as leis aprovadas de sua autoria estão a obrigatoriedade do fornecimento de absorventes íntimos a meninas e mulheres, nas escolas públicas de Belo Horizonte, e a política de empregabilidade a travestis que se dispuserem a sair da prostituição (afinal, mais de 90% delas estão na prostituição, muito em consequência do preconceito no mercado de trabalho).

Por ser professora de literatura, Duda tem na educação sua pauta principal. Buscará elevar o padrão da gestão pública educacional do Brasil em conformidade com o plano de governo de Ciro Gomes, mas não exclusivamente a ele. Por sinal, Salabert declarou tacitamente voto em Lula, no primeiro turno, por entender a necessidade de se extirpar a barbárie e a necropolítica do governo Bolsonaro o quanto antes.

Além da educação, duas outras coisas me chamaram a atenção para sua candidatura. A primeira delas é o fato de que, apesar de ser transgênero, ela não ideologiza sobremaneira sua carreira política. Duda compreende que, antes de mais nada, é preciso lutar por justiça social, o que engloba a promoção do emprego e da renda dos brasileiros, saúde pública de qualidade e a promoção de educação pública eficiente (com respeito ao professor). Somente nesse ambiente de justiça social é que será possível combater, de forma eficaz, as diversas formas de preconceito.

O segundo aspecto que me chama a atenção é sua combatividade na pauta ambiental. Em Belo Horizonte, ela tem sido a principal voz política contra a exploração mineradora ilegal da Serra do Curral. Além disso, ela compreende a necessidade de se promover políticas públicas que contribuam para a transição econômica de cidades como Nova Lima e Itabira, para que se reduza a dependência da mineração, com vistas a alcançar uma economia sustentável no longo prazo. No âmbito federal, Duda Salabert pode fazer muito pelo meio ambiente mineiro, pela luta contra o desmatamento ilegal no Cerrado e na Amazônia e pelo cumprimento dos compromissos internacionais assumidos pelo Brasil.

A urgência climática é uma preocupação que tenho como das mais importantes para o futuro da humanidade. Assim, e sabendo que Duda é uma política jovem (tem apenas 41 anos), quero investir, na condição de eleitor, em seu futuro como pessoa pública. 

Minha ideia aqui não é tentar convencer você, amigo leitor, mas apenas tornar conhecida minha opção, de forma fundamentada, por uma pessoa que representa muitas das minhas demandas pessoais.

Tenho certeza de que Duda Salabert terá um futuro brilhante em Brasília.   

PS: como “puxadora de votos” e provável candidata mais votada em Minas Gerais, Duda ainda levará consigo alguns outros candidatos do PDT, ampliando a base progressista na Câmara.I