PASSO NÚMERO 2 EM DIREÇÃO À RIQUEZA: FÉ E CONFIANÇA
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PASSO NÚMERO 2 EM DIREÇÃO À RIQUEZA: FÉ E CONFIANÇA

PASSO NÚMERO 2

Anderson Santos
26 min
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PASSO NÚMERO 2

EM DIREÇÃO À RIQUEZA:

FÉ E CONFIANÇA

Fé dirigida torna todo o pensamento

palpitante de poder. Você pode erguer-se a

alturas ilimitadas, impelido pela força ascendente

de sua poderosa e nova autoconfiança.

A FÉ É O QUÍMICO-CHEFE da mente. Quando a fé se une ao pensamento, o

subconsciente apanha imediatamente a vibração, traduzindo no seu equivalente

espiritual e transmitindo-a à Inteligência Infinita, como no caso da oração.

As emoções da fé, do amor e do sexo são as mais poderosas de todas as

principais emoções positivas. Quando as três se unem, tem o efeito de ―colorir‖ o

pensamento de tal maneira que alcança, instantaneamente, o subconsciente, onde se

transforma em seu equivalente espiritual, única forma que induz a reação da

Inteligência Infinita.

A Fé Aguarda que Você a Encontre

Segue-se agora uma declaração que lhe dará melhor compreensão da

importância que o princípio da auto-sugestão assume na transformação do desejo em

seu equivalente físico ou monetário; como se sabe, a fé é um estado de espírito que

pode ser induzido ou criado, por afirmação ou instruções repetidas ao subconsciente,

através do princípio da auto-sugestão.

Como exemplo, considere o propósito pelo qual você está, presumivelmente,

lendo este livro. O objetivo é, naturalmente, adquirir a capacidade de transformar o

intangível impulso do pensamento do desejo em seu correlato físico, o dinheiro.

Seguindo as instruções dadas no capítulo da auto-sugestão, e nos do subconsciente,

resumidos naquele capítulo: – você poderá convencer o subconsciente de que

acredita que receberá o que deseja; isso agirá sobre o que você acredita, de modo

que o subconsciente o devolverá em forma de ―fé‖, seguida de planos definidos para

procurar o que deseja.

A fé é um estado de espírito, que pode ser desenvolvido à vontade, depois de

dominados os treze princípios, pois é um estado de espírito que se desenvolve

voluntariamente, através da aplicação e uso desses princípios.

A repetição da afirmação de ordens ao subconsciente é o único

método conhecido de desenvolvimento voluntário da emoção da fé.

Talvez o sentido se torne mais claro através da seguinte explicação, quanto à

maneira dos homens se tomarem, às vezes, criminosos. Nas palavras de famosos

criminologistas: – ―Quando o homem entra em contato, pela primeira vez, com o crime,

tem-lhe horror. Se se mantêm em contato com o crime por algum tempo, acostuma-se

a ele e agüenta-o. Se ficar muito tempo em contato com o crime, acaba abraçando-o e

se toma influenciado por ele.‖

Isso equivale a dizer que qualquer impulso do pensamento, que se transmite

repetidamente ao subconsciente, é afinal, aceito e operado pelo subconsciente, que

começa a traduzir o impulso para seu equivalente físico, pelo processo mais prático

que pode obter.

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Ligado a isso, considere novamente a declaração: todos os pensamentos

emocionalizados (aos quais se deu sentimento) e misturados à fé, começam,

imediatamente, a traduzir-se em seu equivalente físico ou cópia.

As emoções, ou a parte de ―sentimento‖ dos pensamentos, são os fatores que

dão a esses vitalidade, vida e ação. As emoções de fé, amor e sexo, quando

misturadas a qualquer impulso de pensamento, dão-lhe ação maior que qualquer

dessas emoções, por si só.

Não apenas impulso de pensamento misturados à fé, mas os misturados com

qualquer emoção positiva, ou qualquer emoção negativa, podem alcançar e influenciar

o subconsciente.

Não Existe o Azar

Compreender-se-á, dessa declaração, que a subconsciente traduzirá para o

equivalente físico, os impulsos de pensamento de natureza negativa ou destrutiva,

com a mesma prontidão com que agirá sobre os impulsos de natureza positiva ou

construtiva. Isso explica o estranho fenômeno que milhões de pessoas experimentam

e ao qual se referem como ―má sorte‖ ou ―azar‖.

Há milhões de pessoas que se crêem ―condenadas‖ à pobreza ou ao fracasso,

por alguma força estranha, sobre a qual acreditam não ter controle. São os criadores

de sua própria ―má sorte‖, par causa dessa crença negativa, que, apanhada pelo

subconsciente, é traduzida para seu equivalente físico.

Eis um lugar apropriado para sugerir, novamente, que você pode beneficiar-se,

transmitindo ao subconsciente qualquer desejo que quiser ver traduzido em seu

equivalente físico ou monetário, num estado de expectativa ou de crença de que a

transmutação terá lugar. Sua crença ou fé é o elemento que determina a ação do

subconsciente. Nada pode impedi-lo de ―enganar‖ o subconsciente, ao dar-lhe

instruções, através da auto-sugestão, como eu enganei o subconsciente de meu filho.

Para tornar o ―engano‖ mais real, aja como se já estivesse de posse da coisa

material que está exigindo, ao dirigir-se ao subconsciente.

O subconsciente transformará em seu equivalente físico, pelos meios mais

diretos e práticos existentes, qualquer ordem dada com fé, ou crença em que essa

ordem será executada.

Certamente muita coisa já foi dita para dar um ponto de partida do qual, através

de experiência e prática, se possa adquirir a capacidade de unir a fé com qualquer

ordem dada ao subconsciente. A perfeição advirá pela prática. Não pode vir apenas

pela leitura de instruções.

É essencial que você estimule as emoções positivas como forças

dominantes da mente, desanimando e eliminando as emoções negativas.

A mente dominada por emoções positivas torna-se abrigo favorável ao estado

mental conhecido por fé. A mente, assim dominada, pode, à vontade, dar instruções

ao subconsciente, que serão imediatamente aceitas e seguidas.

A Fé Dá Poder ao Pensamento

Em todas as épocas, os religiosos advertiram a humanidade lutadora da

necessidade de ―ter fé‖, neste ou naquele dogma, nesta ou naquela crença, mas

esqueceram de explicar como ter fé. Não afirmaram que a ―Fé é um estado de

espírito, que pode ser induzido pela auto-sugestão.‖

Em linguagem acessível a todo o ser humano, descreveremos tudo o que se

conhece sobre o princípio pelo qual a fé pode ser desenvolvida, onde ainda não existe.

Tenha fé em si mesmo; fé no Infinito.

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Fé é o ―elixir eterno‖ que dá vida, poder e ação ao impulso do pensamento!

Fé é o ponto de partida de todo o acumulo de riquezas!

Fé é a base de todos os ―milagres‖ e todos os mistérios que não podem ser

analisados pelas regras da ciência!

Fé é o único antídoto do fracasso!

Fé é o elemento, a ―substância química‖ que, misturada à oração, permite

comunicação direta com a Inteligência Infinita.

Fé é o elemento que transforma a vibração comum do pensamento, criada pela

mente finita do homem, em seu equivalente espiritual.

Fé é o único instrumento através do qual a força cósmica da Inteligência Infinita

pode ser dominada e usada pelo homem.

Pensamentos que Dominam sua Mente

A prova é simples e fácil de demonstrar. Está envolta no princípio da autosugestão. Concentremos, pois, a atenção sobre o assunto da auto-sugestão,

descobrindo o que é e o que é capaz de conseguir.

É fato sobejamente conhecido que se chega a acreditar o que quer que a gente

repita a si mesmo, seja a afirmação verdadeira ou falsa. Se o homem repetir

sempre a mentira, acabam por aceitá-la como verdade. Além disso, acreditará tratarse da verdade. Todo homem é o que é pelos pensamentos dominantes que permite a

sua mente abrigar. Pensamentos que coloca, deliberadamente, na mente, que

estimula com simpatia, e, com os quais mistura uma ou mais emoções, constituem as

forças motivadoras, que dirigem e controlam cada movimento, cada ato e cada feito

seu!

Pensamentos misturados a qualquer dos sentimentos emotivos

constituem força “magnética”, que atrai outros pensamentos simulares

ou com ele relacionados.

O pensamento assim ―magnetizado‖ de emoção pode ser comparado à

semente que, plantada em solo fértil, germina, cresce e se multiplica muitas e muitas

vezes, até que a semente original se toma incontáveis milhões de sementes da

mesma espécie!

A mente humana está atraindo constantemente vibrações que se harmonizam

com o que domina a mente. Qualquer pensamento, idéia, plano ou propósito que se

retém na mente atrai uma multidão de ―parentes‖, acrescenta os ―parentes‖ a sua

própria força e cresce até tornar-se o senhor dominante, motivador do indivíduo, em

cuja mente se abrigou.

Voltemos, agora, ao ponto de partida e informemo-nos de como a semente

original da idéia, do plano ou propósito pode ser plantada na mente. A informação é

facilmente transmitida: qualquer idéia, plano ou propósito pode ser colocada na mente

através da repetição do pensamento. É por isso que você deve redigir a

declaração do seu principal propósito, ou objetivo mais importante, confiá-lo à

memória, repeti-lo, em palavras audíveis, todos os dias, até que as vibrações do som

tenham alcançado o subconsciente.

Resolva destruir as influências de qualquer ambiente infeliz e construir sua vida

bem ordenada. Fazendo um inventário das qualidades e deficiências mentais, você

poderá descobrir que sua maior fraqueza é a falta de autoconfiança. Essa

desvantagem pode ser superada, a timidez transformada em coragem, através do

auxílio do princípio da auto-sugestão. A aplicação desse princípio pode ser feita por

um simples arranjo dos impulsos positivos de pensamento, estabelecidos pela escrita,

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pela memorização e repetidos até se tornarem parte do equipamento de trabalho da

faculdade subconsciente de sua mente.

Cinco Passos para a Autoconfiança

1. Sei que tenho a capacidade de atingir o objeto do meu propósito definido na

vida; portanto, exijo de mim mesmo uma ação persistente e contínua, para sua

realização. Aqui e agora prometo empreender tal ação.

2. Compreendo que os pensamentos dominantes de minha mente reproduzirse-ão futuramente em ação externa, física, transformando-se em realidade física;

portanto, concentrarei meus pensamentos por trinta minutos diários, na tarefa de

pensar que sou a pessoa que pretendo me tornar, criando, desse modo, uma imagem

clara em minha mente.

3. Sei, pelo princípio da auto-sugestão, que qualquer desejo que eu mantenha

com persistência na mente procurará, no futuro, expressar-se através de meios

práticos de atingir o objeto existente por detrás desse desejo; portanto, devotarei dez

minutos diários para exigir de mim mesmo o desenvolvimento da autoconfiança.

4. Já anotei uma descrição clara do meu principal objetivo definido na

vida e jamais pararei de tentar, até desenvolver autoconfiança suficiente para alcançálo.

5. Compreendo perfeitamente que nenhuma riqueza ou posição pode durar

muito sem ter sido construída sobre verdade e justiça; portanto, não me envolverei em

transação alguma que não beneficie a todos a quem afetar. Terei êxito atraindo para

mim as forças que desejo usar e a cooperação de outros. Induzirei outros a servir-me,

pela minha boa vontade em servi-los. Eliminarei o ódio, a inveja, o egoísmo e o

cinismo, cultivando amor pela humanidade, pois sei que uma atitude negativa para

com os outros nunca me trará sucesso. Farei com que os outros acreditem em mim,

porque eu acredito neles e em mim mesmo. Assinarei essa fórmula, recomendá-la-ei à

memória, repetindo-a uma vez por dia, em voz alta, com fé integral de que

influenciará, gradualmente, meus pensamentos e ações, de modo a tornar-me uma

pessoa autoconfiante e bem sucedida.

Por detrás dessa fórmula existe uma lei natural que até hoje ninguém

conseguiu explicar. O nome dessa lei têm pouca importância. O que importa a respeito

dela é que FUNCIONA, para glória e sucesso da humanidade, SE for usada de

maneira construtiva. Se, porém, usada de maneira destrutiva, destruirá com a mesma

facilidade. Nessa afirmação está uma verdade muito significativa, ou seja, aqueles que

fracassam e terminam a vida na pobreza, infelicidade e desespero, fazem-no por

causa da aplicação negativa do princípio da auto-sugestão. Pode-se encontrar a causa

no fato de que todos os impulsos do pensamento têm tendência a refugiar-se em seu

equivalente físico.

Você Pode Chegar ao Desastre pelo Pensamento

O subconsciente não distingue entre impulsos de pensamento construtivos e

destrutivos. Trabalha com o material que lhe fornecemos, através dos impulsos de

pensamento. O subconsciente traduz em realidade o pensamento atormentado de

medo, com a mesma presteza que usará em traduzir em realidade o pensamento

impulsionado pela coragem ou pela fé.

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Assim como a eletricidade faz girar as rodas da indústria e produz serviços

úteis se usada de maneira construtiva, ou estraga a vida se mal usada, assim a lei da

auto-sugestão leva à paz e à prosperidade ou ao vale da amargura, do fracasso, da

morte, de acordo com seu grau de compreensão e de aplicação dela.

Se você encher a mente de temor, dúvida e descrença na sua capacidade de

estabelecer um elo e usar as forças da Inteligência Infinita, a lei da auto-sugestão

tomará tal espírito de descrença e usá-lo-á como padrão pelo qual o subconsciente se

traduzirá em seu equivalente físico.

Tal qual o vento, que leva um navio para leste, outro para oeste, a lei da autosugestão irá erguê-lo ou derrubá-lo, de acordo com a maneira pela qual você arrumar

as velas do pensamento.

A lei da auto-sugestão, através da qual qualquer pessoa pode ascender a

altitudes de realização que surpreendem a imaginação, está bem descrita nos versos

seguintes:

Se você pensa que foi derrotado, foi derrotado.

Se você pensa que não ousa, não ousa.

Se você gosta de ganhar, mas pensa que não pode,

É quase certo não poder.

Se você pensa que perderá, está perdido,

Pois fora do mundo percebemos

Que o sucesso começa com a vontade de alguém

Tudo está no estado da mente.

Se você pensa que foi sobrepujado, foi sobrepujado,

É preciso que pense em altos termos para se elevar,

É preciso que esteja seguro de si antes

De poder ganhar um prêmio.

As batalhas da vida não são sempre vencidas

Pelo homem mais forte ou mais veloz,

Mas, cedo ou tarde, o homem que vence

É o homem QUE PENSA QUE PODE VENCER!

Observe as palavras grifadas e apanhará o significado profundo que o poeta

teve em mente.

A Grande Experiência do Amor

Em algum lugar de sua estrutura está, adormecida, a semente da realização

que, se desperta e posta em ação, pode levá-lo a alturas que você jamais esperou

atingir.

Assim como o mestre da música pode fazer com que as mais lindas melodias

jorrem das cordas de um violino, assim você pode despertar o gênio adormecido em

seu cérebro e fazer com que ele o conduza para o alto, para qualquer objetivo que

possa desejar alcançar.

Abraham Lincoln fracassou em tudo que tentava, até passar da idade de

quarenta anos. Era um senhor João Ninguém, de Não Importa o Que, até que uma

grande experiência lhe chegou à vida, despertou o gênio adormecido em seu coração

e cérebro e deu ao mundo um de seus homens realmente grandes. Essa ―experiência‖

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se misturou às emoções da tristeza e do amor. Veio-lhe através de Ann Rutledge, a

única mulher que amou de verdade.

É fato conhecido que a emoção do amor está muito próxima ao estado de

espírito conhecido como fé, pela razão de que o amor chega quase a traduzir os

impulsos de pensamento em seu equivalente espiritual. Durante seu trabalho de

pesquisa, o autor descobriu, da análise do trabalho e das realizações de centenas de

homens de destacado valor, que houve influência do amor de uma mulher, por trás de

quase todos eles.

Se quiser a prova do poder da fé, estude as realizações de homens e mulheres

que o empregaram. Encabeçando a lista está o Nazareno. A base do Cristianismo é a

fé, embora muitos tenham pervertido ou interpretado erradamente o significado dessa

grande força.

A súmula e substância dos ensinamentos e realizações de Cristo, que podem

ser interpretados como ―milagres‖, foi, nada mais, nada menos, que a fé. Se existem

fenômenos como ―milagres‖, eles só são produzidos através do estado de espírito

conhecido como fé!

Consideremos o poder da fé, como o demonstrou um homem muito conhecido

da época, o Mahatma Gandhi, da Índia. Nesse homem teve a humanidade um dos

mais assombrosos exemplos das possibilidades da fé. Gandhi controlava mais poder

potencial que qualquer pessoa viva, em sua época, apesar do fato de não ter nenhum

dos instrumentos ortodoxos de poder, como dinheiro, navios de guerra, soldados e

armamentos. Gandhi não tinha dinheiro, nem lar, nem um terno como roupa, mas teve

poder. Como conseguiu esse poder?

Criou-o da compreensão que tinha do princípio da fé por sua capacidade de

transplantar essa fé nas mentes de duzentos milhões de pessoas.

Gandhi conseguiu o assombroso feito de influenciar duzentos milhões de

mentes, para unir-se e mover-se em uníssono, como uma única mente.

Que outra força na terra, exceto a fé, poderia conseguir tanto?

Você Dá Antes de Ganhar

Por causa da necessidade de fé e cooperação ao operar negócios e indústria,

será tanto interessante como útil analisar um acontecimento, que fornece uma

compreensão excelente do método pelo qual industriais e homens de negócios

acumulam grandes fortunas, dando antes de tentar ganhar.

O acontecimento escolhido para essa ilustração volta para o ano de 1900,

quando se formava a ―United States Steel Corporation‖. Ao ler a historia, guarde esses

fatos fundamentais e entenderá como se converteram idéias em vastas fortunas.

Se você é um dos que muitas vezes se perguntaram como foram acumuladas

grandes fortunas, a historia da criação da ―United States Steel Corporation‖ será

esclarecedora. Se tiver alguma dúvida de que os homens podem pensar e enriquecer,

essa história servirá para dissipar a dúvida, pois você poderá ver claramente, na

história da ―United States Steel‖ a aplicação da maior parte dos princípios descritos

neste livro.

A surpreendente descrição do poder de uma idéia foi dramaticamente contada

por John Lowell, no New York World Telegram, por cuja cortesia aqui vai

reproduzida:

UM BELO DISCURSO APÓS O JANTAR

POR UM BILHÃO DE DÓLARES

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Quando, na noite de 12 de dezembro de 1900, uns oitenta membros da

nobreza financeira da nação se reuniram no salão de banquetes do ―University Club‖,

para prestar homenagem a um jovem vindo do Oeste, nem metade dos convivas

percebeu que seria testemunha de um dos episódios mais significativos da história

industrial americana.

J. Edward Simmons e Charles Stewart Smith, com os corações cheios de

gratidão pela generosa hospitalidade que lhes fora proporcionada por Charles M.

Schwab, no decurso de recente visita a Pittsburgh, tinham organizado o jantar para

apresentar o homem do aço, de trinta e oito anos, à sociedade banqueira do leste. O

que não esperavam era que tumultuasse a reunião. A visaram-no, em verdade, que os

corações, dentro das camisas engomadas, não seriam muito receptivos à oratória.

Além disso, se não quisesse aborrecer os Etillmans e Harrimans e Vanderbilts, seria

melhor limitar-se a quinze ou vinte minutos de generalidades corteses e parar por ali

mesmo.

Mesmo John Pierpont Morgan, sentado a direita de Schwab, conforme exigia

sua imperial dignidade, só pretendia honrar, com sua presença, a mesa de banquete

por pouco tempo. E quanto à imprensa e ao público, o acontecimento todo era de tão

pouca monta, que nenhuma menção se fez nos jornais no dia seguinte.

Os anfitriões e convidados ilustres banquetearam-se com sete ou oito iguarias

costumeiras. Houve pouca conversa e a que houve era discreta. Poucos banqueiros e

corretores conheciam Schwab, cuja carreira fluíra às margens do Monongahela e

ninguém o conhecia bem. Mas antes que a noite se escoasse, todos – e com ele

Morgan, o Senhor do Dinheiro – foram arrebatados e um bebê de dois bilhões, a

―United States Steel Corporation‖, foi concebido.

Talvez seja infelicidade, para a história, que não se tenha gravado o discurso

de Charlie Schwab, no jantar.

É provável, contudo, que se tratasse de um discurso rústico, meio sem

gramática (pois as belezas da língua nunca preocuparam Schwab), cheio de

epigramas e intercalado de espírito. Mas, a parte disso, teve força e efeito galvânicos

sobre o capital avaliado em cinco bilhões, representado pelos convivas. Depois que

terminou e a reunião ainda estava sob seu fascínio, embora Schwab tivesse falado

durante noventa minutos, Morgan levou o orador a uma janela retirada, onde,

balançando as pernas que pendiam dos assentos altos e desconfortáveis, ficaram

conversando por mais uma hora.

A magia da personalidade de Schwab fora solta, a todo vapor, mas, o que era

mais importante e duradouro, foi o programa, imponente e bem delineado, que

esboçara para o engrandecimento do aço. Muitos outros tinham tentado interessar

Morgan em formar um truste do aço, nos padrões dos trustes de biscoitos, arame,

açúcar, borracha, uísque, óleo ou goma de mascar. John W. Gates, o jogador,

recomendara-o, mas Morgan não confiava nele. Moore, Bill e Jim, corretores de

Chicago, que juntaram um truste de fósforos a uma corporação de bolachas,

recomendaram-no e fracassaram. Elbert H. Gary, o advogado rural bonachão quis

fomentá-lo, mas não era bastante grande para impressionar. Enquanto a eloqüência

de Schwab não elevou J. P. Morgan aos píncaros donde pode visualizar os resultados

sólidos da empresa financeira mais corajosa jamais concebida – o projeto foi encarado

como sonho delirante de doidos por dinheiro fácil.

O magnetismo financeiro que começou, há uma geração, a atrair milhares de

companhias pequenas e, às vezes, mal dirigidas, para combinações grandes e

capazes de esmagar concorrências, tomou-se operacional no mundo do aço, através

das maquinações desse jovem pirata dos negócios, John W. Gates. Gates já tinha

formado a ―American Steel and Wire Company‖ de uma cadeia de pequenas empresas

e, juntamente com Morgan, tinha criado a ―Federal Steel Company‖.

Entretanto, ao lado do gigantesco truste vertical de Andrew Carnegie,

pertencente e operado por cinqüenta e três sócios, as outras combinações eram

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ninharia. Podiam associar-se à vontade, mas o grupo todo não chegava aos pés da

organização Carnegie e Morgan sabia disso.

O excêntrico velho escocês também o sabia. Das magníficas alturas do castelo

de Skibo, observava, a princípio achando divertido, depois com ressentimento, as

tentativas das companhias menores de Morgan atrapalharem seus negócios. Quando

as tentativas se tornaram ousadas demais, o gênio de Carnegie manifestou-se pela

raiva e vingança. Resolveu duplicar todas as fábricas que seus rivais possuíam até

então, não estivera interessado em arames, canos, argolas ou folhas. Ao contrário,

contentava-se em vender a essas companhias o aço bruto de que precisavam e em

deixar que o moldassem da forma que quisessem. Agora, tendo Schwab como seu

tenente principal e capaz, planejava encostar os inimigos à parede.

Foi assim que, no discurso de Charles M. Schwab, Morgan viu a resposta ao

problema da sociedade. Um truste, seria um pudim de ameixas, como o disse um

escritor, sem as ameixas.

O discurso de Schwab, na noite de 12 de dezembro de 1900, trazia em si a

sugestão, embora não a promessa, de que a imensa empresa Carnegie seria trazida

para debaixo da tenda de Morgan. Falou no futuro do mundo para o aço, da

reorganização para eficiência, da especialização, da união de fábricas fracassadas e

concentração do esforço nas propriedades florescentes, das economias no trafico de

minério, economias nos departamentos superiores e administrativos, da conquista de

mercados estrangeiros.

Mais ainda, disse aos piratas entre eles, onde se achavam os erros de sua

habitual pirataria. O propósito deles, sugeriu ele, fora criar monopólios, elevar preços e

dos privilégios extrair gordos dividendos. Schwab condenou o sistema com sua

maneira mais veemente. A falta de visão de tal política, disse ele aos ouvintes, estava

no fato de que restringia o mercado numa época em que tudo gritava por expansão.

Baixando o custo do aço, argumentava ele, criar-se-ia um mercado em constante

expansão; encontrar-se-iam mais utilidades para o aço e boa parte do comércio

mundial poderia ser conquistada. Na realidade, embora não o soubesse, Schwab era o

apóstolo da moderna produção em massa.

Assim terminou o jantar no ―University Club‖. Morgan foi para casa, para pensar

sobre as róseas predições de Schwab. Esse voltou a Pittsburgh, para dirigir o

comércio do aço de ―Wee Andra Carnegie‖, enquanto Gary e os outros voltavam para

seus teletipos, para divertir-se, antecipando o passo seguinte.

Não tardou muito. Morgan levou mais ou menos uma semana para digerir a

iguaria de razões que Schwab colocara diante dele. Ao assegurar-se de que não

causaria nenhuma indigestão financeira, mandou buscar Schwab – e achou-o um

tanto reservado. Carnegie, disse Schwab, não iria gostar de saber que seu presidente

da companhia, de confiança, flertara com o imperador da Wall Street. A rua sobre a

qual Carnegie resolvera nunca se aventurar. John W. Gates sugeriu então, como

intermediário, que se ―acontecesse‖ de Schwab estar no Hotel Bellevue, em Filadélfia,

poderia ―acontecer‖ de também lá estar J. P. Morgan. Quando Schwab chegou,

entretanto, Morgan estava inconvenientemente doente, em sua casa de Nova York.

Diante do convite premente de Morgan, Schwab foi para Nova York, apresentando-se

a porta da biblioteca do financista.

Certos historiadores de Economia professaram a crença de que, do começo ao

fim do drama, o palco fora arranjado por Andrew Carnegie – o jantar para Schwab e o

Rei do Dinheiro, teriam sido planejados pelo astuto escocês. A verdade é, porém, o

oposto. Quando Schwab foi chamado para consumar o negócio, não sabia sequer se o

―Pequeno Patrão‖, como chamavam Andrew, iria ao menos ouvir a oferta de vender,

especialmente a um grupo de homens aos quais Andrew encarava como pouco

dotados de santidade. Mas Schwab levou consigo, para a conferência, escritos de

próprio punho, seis páginas de números perfeitamente nítidos, que representavam em

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sua mente o valor físico e a capacidade de ganho de cada uma das companhias que

considerava como estrela essencial no novo firmamento do metal.

Quatro homens ponderaram os números toda a noite. O principal, é claro, era

Morgan, firme em sua crença no direito divino do dinheiro. Com ele estava seu

aristocrático sócio, Robert Bacon, homem culto e cavalheiro. O terceiro era John W.

Gates, que Morgan desprezava como sendo jogador e apenas usava como

instrumento. O quarto era Schwab, que conhecia mais sobre os processos de fabricar

e vender aço, que qualquer grupo de homens vivos, na época. Nessa conferência não

se discutiram os seus números. Se dissesse que tal companhia valia tanto, então era

este seu valor e não mais. Insistia, também, em incluir na sociedade apenas as

empresas que designava. Concebera uma corporação em que não haveria duplicação,

nem mesmo para satisfazer a ambição de amigos que queriam descarregar suas

companhias nos ombros largos de Morgan.

Quando amanheceu, Morgan levantou-se e endireitou as costas. Só ficou uma

pergunta.

―Acha que poderá persuadir Andrew Carnegie a vender?‖ indagou.

―Posso tentar‖, respondeu Schwab.

―Se conseguir que ele venda, encarregar-me-ei da questão‖, concluiu Morgan.

Até ali tudo bem. Mas será que Carnegie iria vender? Quanto iria pedir?

(Schwab pensou em 320.000.000 de dólares). Como exigiria o pagamento? Em forma

de ações comuns ou preferenciais? De bônus? Em dinheiro? Ninguém poderia

levantar sequer um terço de um bilhão de dólares em dinheiro.

Houve uma partida de golfe em janeiro, nos campos gelados de St. Andrew‘s,

em Westchester, com Andrew todo enrolado em suéteres, e Charlie conversando

animadamente, como de costume, para estimulá-lo. Mas não se pronunciou uma

palavra sobre negócios enquanto os dois não se sentaram no calor agradável da casa

de Carnegie, próxima dali. Então, com a mesma persuasão que hipnotizara oitenta

milionários, no ―University Club‖, Schwab despejou as brilhantes promessas de

aposentadoria com todo o conforto, de milhões inenarráveis, para satisfazer os

caprichos sociais do ancião. Carnegie capitulou, escreveu um número num pedaço de

papel, estendeu-o a Schwab e disse: ―Está bem, venderemos por esta quantia.‖

O número era, aproximadamente, 400.000.000 de dólares, composto dos

320.000.000 de dólares mencionados por Schwab como número básico e somandose-lhe 80.000.000 de dólares, que representavam o valor do capital aumentado, nos

dois anos anteriores.

Mais tarde, no convés de um transatlântico, o escocês disse, tristemente, a

Morgan: ―Quisera ter-lhe pedido 100.000.000 de dólares a mais.‖

―Se os tivesse pedido, teria recebido‖, assegurou-lhe Morgan alegremente.

Houve alvoroço, é claro. Um correspondente britânico telegrafou que o mundo

do aço estrangeiro estava ―chocado‖ pela gigantesca sociedade. O presidente Hadley,

de Vale, declarou que, a não ser que os trustes fossem regulamentados, o país

poderia esperar ―um imperador em Washington, nos próximos vinte e cinco anos‖. Mas

Keene, o hábil manipulador de ações, começou a trabalhar, empurrando as novas

ações para o público, com tal vigor, que todo o excesso – calculado por alguns em

quase 600.000.000 de dólares – foi absorvido num relance. Assim Carnegie teve os

seus milhões, a corporação de Morgan teve 62.000.000 de dólares por seu ―trabalho‖

e os ―rapazes‖, de Gates a Gary, tiveram seus milhões.

Schwab, de trinta e oito anos, teve sua recompensa: foi feito presidente da

nova companhia, ficando no poder até 1930.

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As Riquezas Começam Dentro do Homem

A história dramática do grande negócio, que você acabou de ler, é um exemplo

perfeito do método pelo qual o desejo pode ser transformado em seu equivalente

físico!

Essa organização gigantesca fora criada na mente de um só homem. O plano,

pelo qual as fábricas de aço davam estabilidade financeira à organização, fora criado

na mente do mesmo homem. Sua fé, seu desejo, sua imaginação e sua persistência

foram os verdadeiros ingredientes que entraram na ―United States Steel‖. As fábricas

de aço e equipamento mecânico adquiridos pela companhia, depois de assegurada

sua existência legal, foram incidentais. Mas uma análise cuidadosa revelara o fato de

que o valor estimativo das propriedades adquiridas pela companhia aumentou em

aproximadamente seiscentos milhões de dólares, pela simples transação que as uniu

sob uma única direção.

Em outras palavras: a idéia de Charles M. Schwab, mais a fé com que a

transmitiu à mente de J. P. Morgan e a dos outros foi negociada por um lucro de,

aproximadamente, 600.000.000 de dólares. Não é uma soma insignificante por uma

única idéia!

A ―United States Steel Corporation‖ prosperou e se tornou uma das mais ricas

e poderosas companhias da América, empregando milhares de pessoas,

desenvolvendo novos usos para o aço, abrindo novos mercados, e provando, assim,

que os 600.000.000 de dólares em lucros que a idéia de Schwab produziu foram

merecidos.

A riqueza começa em forma de pensamento!

A quantidade só e limitada pela pessoa, em cuja mente o pensamento é posto

em movimento. A fé remove as limitações! Lembre-se disso, quando você estiver

pronto a negociar com a vida, pelo preço que você exigir, por ter passado por aqui.

PONTOS A FIXAR:

A fé é indispensável para o sucesso. Ela é induzida e fortalecida pelas

instruções dadas ao subconsciente.

Eis cinco passos para a autoconfiança, todos eles facilmente ao seu real

alcance. Você sabe agora como se atirar ao desastre, pelo pensamento, ou como

obter vitória e felicidade – como resultado das mesmas circunstâncias.

Homens como Lincoln e Gandhi mostram-nos como pensamentos podem ter

―magnetismo‖, o que atrai pensamentos correlatos e faz com que milhares de mentes

trabalhem como uma só.

É essencial dar, antes de ganhar. Homens ricos tiveram de aprendê-lo, antes

de um negócio ilegal se transformar em negócio que trabalha com e para o público,

sem deixar de ser lucrativo.

Tanto a pobreza como a riqueza são produtos da fé.