PASSO NÚMERO 8 EM DIREÇÃO À RIQUEZA: PERSISTÊNCIA
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PASSO NÚMERO 8 EM DIREÇÃO À RIQUEZA: PERSISTÊNCIA

PASSO NÚMERO 8

Anderson Santos
25 min
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PASSO NÚMERO 8

EM DIREÇÃO À RIQUEZA:

PERSISTÊNCIA

Você reconhecerá e eliminará certas fraquezas que

estão entre você e seus objetivos. Sua persistência se

desenvolverá num poder respeitado, provado e progressivo.

A PERSISTÊNCIA É FATOR essencial no processo de transmutar o DESEJO

em seu equivalente monetário. A base da persistência é o PODER DA VONTADE.

Força de vontade e desejo, se combinados corretamente, formam um par

irresistível. Homens que acumulam grandes fortunas geralmente são conhecidos como

de sangue frio e, às vezes, cruéis. Muitas vezes são mal interpretados. O que têm é

força de vontade, que misturam à persistência, colocando-a por trás dos desejos, para

assegurar a consecução de seus objetivos.

A maioria das pessoas está pronta para alijar objetivos e propósitos, desistindo

ao primeiro sinal de oposição ou má sorte. Alguns continuam, apesar de toda a

oposição, até a meta.

Pode não ter significado heróico a palavra ―persistência‖, mas essa qualidade

está para o caráter do homem como o carvão está para o aço.

A construção de uma fortuna geralmente envolve a aplicação dos treze

princípios desta filosofia. Esses princípios devem ser entendidos e aplicados com

persistência, por todos os que acumulam dinheiro.

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Desejo Fraco Produz Resultados Fracos

Se você está acompanhando o livro com a intenção de aplicar o conhecimento

que oferece, seu primeiro teste de persistência será quando começar a seguir os seis

passos descritos no segundo capítulo. A não ser que você seja um dos dois em cem

que já têm objetivo definido na mira e plano definido para alcançá-lo, poderá ler as

instruções, depois continuar com a rotina diária, sem jamais seguir as instruções.

Falta de persistência é uma das causas principais de fracasso. Além disso, a

experiência com milhares de pessoas provou que a falta de persistência é fraqueza

comum à maioria dos homens. Trata-se de fraqueza que pode ser vencida pelo

esforço. A facilidade com que a falta de persistência pode ser vencida, dependerá

inteiramente da intensidade do desejo de cada um.

O ponto de partida de toda a realização é o desejo. Mantenha isso, sempre, em

mente. Desejos fracos produzem resultados fracos, assim como pequena quantidade

de fogo produz pequena quantidade de calor. Se você achar que lhe falta persistência,

essa fraqueza pode ser remediada ateando fogo mais forte aos seus desejos.

Continue a ler até o fim, depois volte ao capítulo do ―Desejo‖ e comece,

imediatamente, a seguir as instruções dadas com relação aos seis passos. O

interesse com que seguir as instruções indicará, claramente, quanto ou quão pouco

você realmente deseja acumular dinheiro. Se se achar indiferente, pode estar certo de

não ter adquirido, ainda, a ―consciência do dinheiro‖, que deve possuir antes de ter

certeza de poder acumular fortuna.

Fortunas gravitam em torno aos homens cujas mentes foram preparadas para

atraí-las, com a mesma certeza da água, que se dirige para o oceano.

Se se achar fraco em persistência, centralize a atenção nas instruções contidas

no capítulo sobre o ―Poder‖; cerque-se de um grupo de ―Mente Superior‖ e, através

dos esforços cooperantes dos membros do grupo, poderá desenvolver persistência.

Encontrará instruções adicionais para o desenvolvimento da persistência nos capítulos

sobre a auto-sugestão e o subconsciente. Siga as instruções esboçadas naqueles

capítulos, até sua natureza habitual fornecer ao subconsciente um retrato claro do

objeto de seu desejo. Desse ponto em diante, você não será prejudicado pela falta de

persistência.

O subconsciente trabalha continuamente, enquanto você está acordado e

enquanto dorme.

A Magia da “Consciência do Dinheiro”

Esforço espasmódico ou ocasional para aplicar as regras não lhe será de valor

algum. Para conseguir resultados, você deve aplicar todas as regras, até que sua

aplicação se tome hábito fixo. De nenhuma outra forma você poderá desenvolver a

necessária ―consciência do dinheiro‖.

A pobreza é atraída para quem têm a mente favorável a ela, assim como o

dinheiro é atraído por aquele cuja mente foi deliberadamente preparada para atraí-lo, e

pelas mesmas leis. A consciência da pobreza apossar-se-á, voluntariamente, da

mente que não se ocupa com a consciência do dinheiro. A consciência da pobreza se

desenvolve sem aplicação consciente de hábitos favoráveis a ela. A consciência do

dinheiro deve ser criada de encomenda, a não ser que se nasça com essa

consciência.

Entenda o significado total das afirmações do parágrafo precedente e

compreenderá a importância da persistência na acumulação da fortuna. Sem

persistência, você será derrotado, antes mesmo de começar. Com persistência,

vencerá.

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Se alguma vez você já teve um pesadelo, compreenderá o valor da

persistência. Você está deitado na cama, semi-acordado, com a sensação de estar

sufocando. É incapaz de virar-se ou de mover um músculo. Percebe que deve

começar a readquirir controle sobre seus músculos. Através de persistente esforço de

vontade, consegue finalmente mexer os dedos de uma das mãos. Continuando a

mover os dedos, você estende o controle aos músculos de um dos braços, até poder

erguê-lo. Depois, consegue controlar o outro braço, da mesma maneira. Finalmente,

adquire controle sobre os músculos de uma das pernas, depois sobre os da outra.

Então – num supremo esforço de vontade – readquire completo controle do sistema

muscular e ―safa-se‖ do pesadelo. A dificuldade foi superada, passo a passo.

Você Tem um Guia Oculto

Você pode achar necessário ―safar-se‖ de sua inércia mental por um processo

semelhante, movendo-se lentamente a princípio, aumentando a velocidade depois, até

adquirir controle total sobre a vontade. Seja persistente por mais vagarosamente que

se mova, no começo. Com a persistência virá o sucesso.

Se escolher seu grupo de ―Mente Superior‖ com cuidado terá nele pelo menos

uma pessoa que o ajude a desenvolver a persistência. Alguns homens, que

acumularam grandes fortunas, fizeram-no por necessidade. Desenvolveram o hábito

da persistência por terem sido tão perseguidos pelas circunstâncias, que tiveram de

se tornar persistentes.

Os que cultivam o hábito da persistência parecem gozar de um seguro contra o

fracasso. Não importa quantas vezes sejam derrotados, chegam, no final, ao topo da

escada. Às vezes, parece haver um guia oculto, cujo dever é testar os homens,

através de todas as espécies de experiências desanimadoras. Aqueles que se

reerguem após a derrota e continuam tentando alcançam; e o mundo aplaude: ―Viva!

Sabia que você seria capaz!‖ O guia oculto não permite que ninguém consiga grandes

realizações, sem passar o teste da persistência. Os que não conseguirem vencê-lo,

simplesmente não passam no exame.

Os que conseguirem vencê-lo são generosamente recompensados por sua

persistência. Alcançam, como compensação, qualquer meta que perseguem. E isso

não é tudo: recebem algo infinitamente mais importante que a compensação material –

o conhecimento de que ―toda a derrota traz consigo a semente de uma vantagem

equivalente‖.

Derrota: Condição Temporária

Há exceções a essa regra; algumas pessoas conhecem, por experiência, a

solidez da persistência. São os que só aceitaram a derrota como algo temporário. São

aqueles cujos desejos são postos em evidência com tal persistência, que a derrota, no

fim, se transforma em vitória. Nós que estamos nas linhas secundárias da vida, vemos

o número assustadoramente grande dos que são derrotados, para nunca mais se

reerguerem. Vemos os poucos que aceitam o castigo da derrota como impulso para

um esforço maior. Esses, felizmente, nunca aprendem a aceitar a marcha à ré da

vida. Mas, o que não vemos, o que a maioria de nós nem sequer suspeita que exista,

é o poder silencioso, porém irresistível, que vem salvar os que continuam lutando,

mesmo em face da adversidade. Se falarmos nesse poder, poderemos chamá-lo de

persistência e ficar nisso. Uma coisa todos nós sabemos: se não se possuir

persistência, não se alcança sucesso valioso, em nenhuma profissão.

Ao escrever essas linhas, ergo os olhos do meu trabalho e vejo, diante de mim,

a menos de um quarteirão, a grande e misteriosa Broadway, ―cemitério de esperanças

mortas‖ e ―ante-sala da oportunidade‖. Do mundo inteiro vem gente à Broadway, à

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cata de fama, fortuna, poder, amor ou o que quer que os seres humanos chamem de

sucesso. Uma vez ou outra, alguém se destaca da longa procissão de aspirantes e o

mundo ouve dizer que mais um dominou a Broadway. Mas a Broadway não é fácil ou

rapidamente conquistável. Ela só reconhece talento, aceita o gênio, recompensa em

dinheiro depois que a pessoa se recusa a desistir.

Sabemos então que descobriu o segredo de como conquistar a Broadway. O

segredo está sempre, inseparavelmente, ligado a uma palavra: persistência!

O segredo é contado na luta de Fannie Hurst, cuja persistência conquistou a

―grande estrada branca‖. Chegou a Nova York em 1915, para converter seus escritos

em riquezas. A conversão não chegou logo, mas chegou. Durante quatro anos ela

conheceu os caminhos secundários de Nova York, em experiências de primeira mão.

Passava os dias trabalhando e as noites esperando. Quando a esperança se tornou

fraca, ela não disse: ―Está bem, Broadway, você ganhou!‖ Mas sim: ―Está bem,

Broadway, você pode bater alguns, mas não a mim. Vou forçá-la a desistir‖.

Um editor (The Saturday Evening Post) enviou-lhe trinta e seis cartões

de recusa, antes que ela conseguisse quebrar o gelo e ter um conto aceito. O escritor

médio, como o médio em qualquer setor da vida, teria desistido da tarefa, ao chegar o

primeiro cartão de recusa. Ela, porém, martelou as calçadas durante quatro anos,

porque estava determinada a vencer.

Depois chegou a recompensa. Quebrara-se o encanto; o Guia oculto testará

Fannie Hurst e ela agüentará firme. Daí em diante, editores abriam caminho a sua

porta. O dinheiro chegou com tal rapidez que ela mal tinha tempo de contá-lo. Logo foi

descoberta pelo pessoal do cinema e, então, o dinheiro não veio mais como troco

miúdo, mas como inundação.

Eis uma descrição sumária do que a persistência é capaz de alcançar. Fannie

Hurst não é nenhuma exceção. Onde quer que homens e mulheres acumulem

grandes riquezas, esteja certo de que primeiro adquiriram persistência. A Broadway

dará uma xícara de café e um sanduíche a qualquer mendigo, mas exige persistência

dos que procuram grandes prêmios.

Kate Smith dirá ―amém‖ ao ler isso. Cantou durante anos, sem dinheiro e sem

preço, diante de qualquer microfone que pudesse alcançar. A Broadway lhe disse:

―Venha conquistar o que quer, se agüentar‖. Ela agüentou até que num dia feliz a

Broadway se cansou e disse: ―Que adianta? Você não percebe quando é derrotada;

por isso, diga seu preço e comece a trabalhar de verdade.‖ A senhorita Smith

estabeleceu o preço. Era bem alto.

Qualquer um Pode Aprender Persistência

A persistência é um estado de espírito; portanto, pode ser cultivada. Como

todos os estados de espírito, baseia-se a persistência em causas definidas, entre as

quais temos:

1. Propósito definido: Saber o que se deseja é o primeiro e, talvez, o passo mais

importante para o desenvolvimento da persistência. Um motivo forte faz superar

muitas dificuldades.

2. Desejo: É comparativamente fácil adquirir e manter persistência. Ao perseguir o

objeto de um desejo intenso.

3. Autoconfiança: Acreditar na própria capacidade de realizar um plano anima a

seguir o plano até o fim, com persistência. (A autoconfiança pode ser desenvolvida

pelo princípio descrito no capítulo da auto-sugestão.)

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4. Planos definidos: Planos organizados, mesmo que sejam fracos e inteiramente

impraticáveis, estimulam a persistência.

5. Conhecimento preciso: Saber que nossos planos são sólidos, baseados na

experiência ou na observação, encoraja a persistência; adivinhação, em vez de

conhecimentos, destrói a persistência.

6. Cooperação: Simpatia, compreensão harmoniosa com outros tendem a

desenvolver a persistência.

7. Força de vontade: o hábito de concentrar o pensamento na formação de planos

para alcançar propósitos definidos, conduz a persistência.

8. Hábito: A persistência é resultado direto do hábito. A mente absorve e se torna

parte das experiências diárias, nas quais se alimenta. O medo, o pior de todos os

inimigos, pode ser eficazmente curado pela repetição forçada de atos de coragem.

Todos os que, na guerra, entraram em serviço ativo, sabem disso.

“Inventário de Persistência” em Oito Itens

Antes de abandonar o assunto da persistência, faça um auto-inventário,

determinando o que lhe falta, se é que lhe falta, nesse setor, de tão essencial

qualidade. Meça-se corajosamente, ponto por ponto, e veja quantos dos oito fatores

de persistência lhe faltam. A análise pode levar a descobertas que lhe darão novo

poder sobre si mesmo.

Aqui encontrará os verdadeiros inimigos que se colocam entre você e

realizações de valor. Encontrará não só os ―sintomas‖ indicativos da persistência fraca,

como também as causas subconscientes, profunda-mente arraigadas, dessa fraqueza.

Estude, cuidadosamente, a lista e encare-as, com coragem, se realmente deseja

saber quem é e o que é capaz de realizar. São essas as fraquezas que devem ser

vencidas, por todos aqueles que acumulam riquezas:

1. Fracasso em reconhecer e definir, com clareza, exatamente o que se deseja.

2. Procrastinação, com ou sem causa (geralmente apoiada em um batalhão de álibis e

desculpas).

3. Falta de interesse em adquirir conhecimentos especializados.

4. Indecisão hábito de eximir-se de responsabilidades em todas as ocasiões, em vez

de enfrentar os assuntos corajosamente (também com apoio em álibis).

5. O hábito de depender de álibis em vez de criar planos definidos para a solução dos

problemas.

6. Auto-satisfação. Há pouco remédio para essa doença e nenhuma esperança para

os que dela sofrem.

7. Indiferença, geralmente refletida na prontidão com que se entra em acordo, em vez

de enfrentar a oposição e combatê-la.

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8. O hábito de culpar outros pelos próprios erros e aceitar circunstâncias

desfavoráveis como inevitáveis.

9. Fraqueza de desejo, devido à negligência na escolha de motivos que impelem a

ação.

10. Vontade, avidez mesmo, de fugir ao primeiro sinal de derrota (baseada em um ou

mais dos seis temores básicos).

11. Falta de planos organizados, por escrito, onde possam ser analisados.

12. O hábito de não mudar idéias ou de agarrar uma oportunidade quando ela se

apresenta.

13. Ansiar, em vez de desejar.

14. O hábito de aceitar a pobreza, em vez de procurar riquezas; ausência geral de

ambição de ser, fazer e possuir.

15. Procurar os atalhos para a riqueza, tentar receber, sem dar o justo equivalente

(geralmente, isso se reflete no hábito de jogar, a espera de ―grandes‖ negócios).

16. Medo à crítica, fracasso em criar planos e pô-los em ação, pelo que os outros

possam pensar, fazer ou dizer. Esse inimigo encabeça a lista, porque geralmente

existe no subconsciente, onde sua presença não é reconhecida (veja os ―seis temores

básicos‖ num dos capítulos posteriores).

Qualquer um Pode Criticar

Examinemos alguns sintomas do medo à crítica. A maioria das pessoas

permite que parentes, amigos e o público em geral os influencie a tal ponto que não

podem viver suas próprias vidas, de medo das críticas.

Inúmeras pessoas cometem erros no casamento, agüentam firme e

atravessam a vida desencantadas e infelizes, por temerem as críticas que poderiam

vir, se corrigissem o erro (todos os que sentiram essa forma de medo conhecem os

danos irreparáveis que produz, destruindo a ambição e o desejo de realizar).

Milhões de pessoas deixam de adquirir instrução tardia, após terem parado de

estudar, por temerem as críticas.

Inúmeros homens e mulheres, tanto jovens como velhos, deixam que parentes

lhes estraguem a vida, em nome do dever, por temerem críticas. O dever não requer

que alguma pessoa se sujeite à destruição de suas ambições pessoais e do direito de

viver a própria vida, da maneira que quiser.

As pessoas se recusam a arriscar-se nos negócios, por temerem as críticas

que podem surgir se falharem. O medo à crítica, em tais casos, é mais forte

que o desejo de sucesso.

Muita gente se recusa um alto objetivo ou deixa de escolher uma carreira, por

temer a crítica de parentes e ―amigos‖, que possam dizer: ―Não tenha metas tão altas,

vão pensar que você é louco‖.

Quando Andrew Carnegie sugeriu que eu dedicasse vinte anos à organização

de uma filosofia de realização individual, meu primeiro impulso de pensamento foi o de

medo – medo do que as pessoas pudessem dizer. A sugestão deu-me um objetivo

bem mais fora de proporção do que tudo que até então concebera. Rápido como um

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raio, meu espírito começou a criar álibis e desculpas, todas reconhecíveis pelo temor

inerente de críticas. Algo dentro de mim dizia: ―Você não pode fazê-lo — a tarefa é

grande demais e exige tempo demais — o que pensarão os parentes? Como é que

você vai ganhar a vida? Ninguém organizou, jamais, uma filosofia do sucesso; com

que direito você crê fazê-lo? Quem é você, na verdade, para ter tão alto objetivo?

Lembre-se de sua origem humilde – o que sabe sobre filosofia? Vão pensar que você

é louco (e pensaram mesmo). Por que é que ninguém fez isso antes?‖

Essas e muitas outras perguntas vieram-me à mente, exigindo atenção.

Parecia que o mundo inteiro voltara a atenção para mim, de repente, com o propósito

de ridicularizar-me, para que eu desistisse do desejo de realizar a sugestão de

Carnegie.

Tive uma ótima oportunidade, nessa ocasião, de matar toda ambição, antes

que essa pudesse dominar-me. Mais tarde, na vida, depois de analisar milhares de

pessoas, descobri que a maioria das idéias são natimortas e precisam ter o sopro de

vida injetado nelas, através de planos definidos de ação imediata. O tempo de cultivar

a idéia é o de seu nascimento, Cada minuto a mais de vida dá-lhe melhor

oportunidade de sobrevivência. O medo da crítica está no fundo da destruição da

maioria das idéias, que nunca alcançam o estágio do planejamento e da ação.

Criaram Suas Próprias Oportunidades

Muita gente crê que o sucesso seja resultado de oportunidades favoráveis.

Existe certa base para tal crença, mas os que dependem completamente da sorte

ficam quase sempre decepcionados, porque se esquecem de outro fator importante,

imprescindível para que se tenha certeza do sucesso. E o conhecimento com o qual

oportunidades favoráveis podem ser feitas de encomenda.

Durante a depressão, o comediante W.C. Fields perdeu todo o dinheiro e se

encontrou sem renda, sem emprego e sem meios de subsistência (o vaudeville não

mais existia). Estava, além disso, com mais de sessenta anos, idade em que muitos se

consideram ―velhos‖. Tão ansioso estava por voltar a representar, que se ofereceu

para trabalhar de graça, num campo novo (cinema). Além dos outros aborrecimentos,

ainda caiu e machucou o pescoço. Para muitos, esse teria sido o momento de desistir

e fugir. Mas Fields era persistente. Sabia que se continuasse, teria oportunidades,

mais cedo ou mais tarde e foi o que aconteceu, mas não por pura sorte.

Marie Dressler achou-se totalmente sem recursos, sem dinheiro, sem emprego,

quando estava na casa dos sessenta. Também ela procurou oportunidades e teve-as.

Sua persistência trouxe-lhe assombroso triunfo, tarde na vida, muito além da idade em

que a maioria dos homens e mulheres não mais tem ambição de realizar.

Eddie Cantor perdeu o dinheiro no colapso da Bolsa, em 1929, mas possuía

ainda persistência e coragem. Com isso, mais dois olhos proeminentes, voltou a ter

uma renda de dez mil dólares semanais! Em verdade, com persistência é possível

continuar, mesmo sem muitas outras qualidades.

A única oportunidade em que se pode ter o luxo de confiar é a oportunidade

feita por nós mesmos. Essa vem da aplicação da persistência. O ponto de partida é o

propósito definido.

Tudo o que Queriam Era Um ao Outro

Era uma vez um homem, que era rei de grande império. Em seu coração,

todavia, não era rei, e sim um homem solitário. Como Príncipe de Gales, por mais de

quarenta anos, foi alvo de princesas casadouras de toda a Europa, que se

encontravam a seus pés. Não podia ter vida particular, e quando se tornou Eduardo VI

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enfrentou um vazio pessoal dificilmente entendido por seus alegres súditos – vazio

que só poderia ser preenchido pelo amor.

E Wallis Simpson? Duas vezes, não tendo encontrado amor, tivera a coragem

de continuar a busca. Seu primeiro dever era amar. Qual a coisa mais importante do

mundo? O Mestre chamou-a de amor – não regras impostas pelo homem, críticas,

amargura ou calúnia, não o casamento político, e sim o amor.

Ao pensar em Wallis Simpson, pense em alguém que sabia o que queria e

abalou um grande império para obtê-lo. Mulheres que se queixam de que esse mundo

é dos homens, que as mulheres não têm oportunidades iguais de vencer, devem a si

mesmas estudar cuidadosamente a vida dessa mulher incomum que, numa idade em

que a maioria das mulheres se consideraria ―velha‖, conquistou o solteirão mais

procurado do mundo.

E Eduardo VII? Será que pagou preço alto demais pelo amor da única mulher

que quis?

Só nos restam conjecturas. Mas podemos ver a decisão, podemos ver que a

decisão teve preço, que o preço foi pago e pago abertamente.

O Império Britânico deu lugar a uma nova ordem mundial. O Duque de Windsor

e sua mulher reconciliaram-se, finalmente, com a Família Real. Sua história de amor,

de persistência, de um preço pago e amor triunfante, parece pertencer à época

longínqua. Mas devemos lembrar-nos de que os dois procuraram o maior tesouro do

mundo e exigiram-no.

Examine as primeiras cem pessoas que encontrar, pergunte-lhes o que mais

querem na vida e noventa e oito não serão capazes de dizê-lo. Se os apertar por

respostas, alguns dirão ―segurança‖; muitas dirão ―dinheiro‖; outros, ―felicidade‖; outros

ainda, ―fama e poder‖; alguns poderão dizer ―reconhecimento social‖, ―vida fácil‖,

―capacidade de cantar, dançar ou escrever‖; mas nenhum será capaz de definir os

termos ou dar a menor indicação de um plano, pelo qual esperam alcançar os desejos

vagamente formulados. Riquezas não reagem a desejos. Só reagem a planos

definidos, apoiados em desejos definidos, através de constante persistência.

Quatro Passos para a Persistência

Há quatro passos simples que conduzem ao hábito da persistência. Não

exigem grande quantidade de inteligência, nem quantidade especial de instrução, e

exigem pouco tempo ou esforço. Os passos necessários são:

1. Propósito definido, apoiado por um desejo ardente de realização.

2. Plano definido, expresso em ação contínua.

3. Mente hermeticamente fechada contra quaisquer influências negativas ou

desanimadoras, incluindo sugestões negativas de parentes, amigos e conhecidos.

4. Aliança amistosa com uma ou mais pessoas, que nos encorajem a seguir tanto o

plano como o propósito.

Os quatro passos precedentes são essenciais ao sucesso, em todos os setores

da vida. O propósito total dos treze princípios dessa filosofia é capacitá-lo a dar tais

passos como uma questão de hábito.

São passos pelos quais se pode controlar o próprio destino econômico.

São passos que conduzem à liberdade e independência de pensamento.

São passos que conduzem à riqueza, em pequena ou grande quantidade.

São passos que conduzem ao poder, à fama e ao reconhecimento do mundo.

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São passos que garantem oportunidades favoráveis.

São passos que convertem sonhos em realidades físicas. São passos que

conduzem à vitória sobre o temor, desânimo e indiferença.

Há uma recompensa magnífica para todos os que·aprenderem a dar os quatro

passos. É o privilégio de redigir o próprio ingresso, fazendo a vida conceder o preço

que se lhe pede.

Pode-se Obter Auxílio da Inteligência Infinita?

Qual o poder místico que dá aos homens de persistência a capacidade de

dominar as dificuldades? A qualidade da persistência implanta na mente alguma forma

de atividade espiritual, mental ou química, que dá acesso a forças sobrenaturais? A

Inteligência Infinita se coloca ao lado da pessoa que luta mesmo depois que a batalha

foi perdida, com o mundo inteiro do lado oposto?

Essa e muitas outras perguntas similares surgiram-me na mente, ao observar

homens como Henry Ford, que começou do nada e construiu um império industrial de

vastas proporções, com pouco mais, no início, que a persistência. Ou Thomas A.

Edison, que com menos de três meses de escola se tornou o maior inventor do

mundo, convertendo a persistência na máquina de falar, na máquina de filmes e na luz

incandescente, para não mencionar meia centena de outras invenções úteis.

Tive o feliz privilégio de analisar tanto Edison como Ford ano após ano, num

longo período de anos; daí, a oportunidade de estudá-los de perto, o que me faz falar

com conhecimento de causa, ao dizer que não achei outra qualidade senão a

persistência, em nenhum deles, que mesmo remotamente sugerisse a fonte principal

de suas realizações.

Ao fazer um estudo imparcial de profetas, filósofos, homens milagrosos e

líderes religiosos do passado, chega-se a conclusão inevitável de que a persistência, a

concentração de esforços e o propósito definido foram as fontes principais de suas

realizações.

Consideremos, por exemplo, a estranha e fascinante história de Maomé;

analisemos sua vida, comparando-o a homens de realizações nessa época moderna

de indústria e finanças e observemos como todos eles têm um traço predominante, em

comum: a persistência!

Se você está vivamente interessado em estudar o estranho poder que dá

potência à persistência, leia uma biografia de Maomé, principalmente a de Essad Bey.

Esta breve apreciação do livro, feita por Thomas Sugrue, no Herald Tribune,

fornecerá uma amostra do que irão saborear os que consagrarem o tempo necessário

à leitura da história toda de um dos exemplos mais assombrosos do poder de

persistência, que a civilização conhece:

O ÚLTIMO GRANDE PROFETA

Apreciação de THOMAS SUGRUE

Maomé era profeta, mas nunca fez nenhum milagre. Não era místico; não

possuía instrução formal e só começou sua missão aos quarenta anos. Ao anunciar-se

como mensageiro de Deus, trazendo as novas da verdadeira religião, foi ridicularizado

e rotulado de lunático. Crianças passavam-lhe a rasteira e mulheres jogavam-lhe

sujeiras. Foi banido de sua cidade natal, Meca, e seus seguidores privados dos bens e

mandados ao deserto, para junto dele. Depois de ter pregado durante dez anos, nada

mais pode apresentar senão desterro, pobreza e ridículo. Entretanto, antes que outros

dez anos se passassem, era ditador da Arábia, governador de Meca e líder de nova

religião mundial, que se alastraria até o Danúbio e os Pirineus, antes de exaurir o

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ímpeto que ele lhe dera. Esse ímpeto era triplo: poder de palavras, eficácia da oração

e o parentesco do homem com Deus.

Sua carreira não tinha sentido. Maomé nasceu de membros empobrecidos de

uma família importante de Meca. Meca, encruzilhada do mundo, abrigo da pedra

mágica chamada de Caaba, grande cidade do comércio de todas as rotas comerciais,

por ser anti-higiênica, mandava suas crianças para o deserto, para serem criados

pelos beduínos. Maomé foi assim criado, sugando força e saúde do leite de mães

nômades. Pastor de ovelhas, logo foi contratado por rica viúva, como líder de suas

caravanas. Viajou por todo o mundo oriental, falou a muitos homens, de diversos

credos, observando o declínio do cristianismo em seitas belicosas. Quando completou

vinte e oito anos, Khadija, a viúva, viu-o com bons olhos e se casou com ele. O pai

dela teria objetado a tal casamento, por isso ela o embebedou. E segurou-o enquanto

ele dava a benção paterna. Nos doze anos seguintes, Maomé viveu como comerciante

rico, respeitado e muito sagaz. Depois, começou a vaguear pelo deserto, retornando

um dia com o primeiro verso do Corão e disse à Khadija que o arcanjo Gabriel lhe

aparecera, dizendo que lhe cabia ser mensageiro de Deus.

O Corão a palavra revelada por Deus, era o que mais se assemelhava a um

milagre, na vida de Maomé. Nunca fora poeta; não possuía o dom da palavra.

Contudo, os versos do Corão, quando os recebia e os recitava aos fiéis, eram

melhores que quaisquer versos produzidos pelos poetas profissionais das tribos. Isso,

para os árabes, era um milagre. Para eles, o dom da palavra era o maior dom e o

poeta todo-poderoso. Além disso, o Corão dizia que todos os homens eram iguais

perante Deus e que o mundo deveria ser um estado democrático – o Islã. Foi essa

heresia política, mais o desejo de Maomé de destruir os 360 ídolos do pátio da Caaba,

que causaram seu banimento. Os ídolos traziam as tribos do deserto à Meca, o que

significava negócios. Por isso, os comerciantes de Meca, os capitalistas, dos quais

Maomé fizera parte, caíram sobre ele. Retirou-se, então, para o deserto e proclamou a

soberania sobre o mundo.

A ascensão do Islã começou. Do deserto veio a chama que não mais se

extinguiria – um exército democrático, lutando como uma unidade só e preparado a

morrer sem pestanejar. Maomé convidara judeus e cristãos a unir-se a ele; pois não

estava criando uma nova religião. Chamava a todos os que acreditavam num único

Deus, para que se unissem numa única fé. Tivessem os judeus e cristãos aceito seu

convite, o Islã teria conquistado o mundo. Não o fizeram. Nem sequer aceitaram a

inovação de Maomé, de uma guerra mais humana. Quando os exércitos do profeta

entraram em Jerusalém, ninguém foi morto por causa da fé professada. Séculos

depois, quando os cruzados entraram na cidade, nenhum homem, mulher ou criança

muçulmana foi poupada. Os cristãos só aceitaram uma idéia muçulmana: o lugar de

estudo, a universidade.

PONTOS A FIXAR:

A persistência transforma o caráter como o carbono modifica o ferro quebradiço

em aço invencível. Com persistência, você desenvolverá um quociente mágico de

consciência de dinheiro, enquanto o subconsciente está em atividade constante para

obter-lhe o dinheiro que deseja.

Um inventário de persistência, em oito itens, mostra-lhe onde criar persistência

dentro de si mesmo. Oito áreas de treinamento especial fornecem alvos precisos para

a sua persistência.

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Gente como Fannie Hurst, Kate Smith, W. C. Fields dão-nos verdadeiras lições

sobre o valor da persistência. Maomé e outros nos mostram como a persistência muda

o curso da História.

Quatro passos simples conduzem ao hábito da persistência, quebrando

também quaisquer influências negativas ou desanimadoras, que possam tê-lo afetado

até agora.

Observe onde as coisas vão mal; verá como o mal acaba indo

embora.