Se, para você, assistir Netflix sem aquela inquietação de "eu preciso terminar a entrega daquele briefing" não tem mais graça, parabéns! Você está digitalmente cansado.
A vida é breve e a alma é vasta. | ||
Você tá cansado, sem carisma, xoxo, capenga, murcho? | ||
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Infelizmente, tenho uma notícia: você não está sozinho. 2022 meteu quase meio ano em 2 semanas e, do nada, já estamos na metade de maio. Não posso dizer que o ano voou -- porque isso pressupõe que ele seria um jato, e ele está mais para um trator (que passa em cima de cada um de nós, dando ré e indo pra frente quantas vezes forem necessário. Ah, ele também ta todo sujo de lama, hehe). | ||
E, bom, temos um agravante aí: a grande maioria dos creators passa 24/7 na frente de uma tela. Seja em função da pandemia ou não, essa realidade digital já vem de um tempo -- e é bizarro notar como que dividimos todos os nossos espaços no online: do trabalho ao lazer, do importante ao descontraído. Estamos aqui, em rede. E, digo mais: essa impressão de que o ano tá voando não vem de qualquer lugar; as 24 horas do dia têm sido insuficientes para dar conta de tantas informações, notícias, mensagens e discussões no Twitter. | ||
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Já ouviu a frase "não existe almoço grátis"? Pois bem, tirando o seu contexto histórico liberal, ela diz muito a respeito da nossa relação com a Tecnologia -- ao passo que a revolução digital traz inúmeros benefícios, estamos cada vez mais hiperconectados; não bastasse fossemos escravos do tempo, agora somos escravos da conectividade: ela permite que a gente trabalhe de onde for, estude de onde quer que seja, produza de qualquer maneira! | ||
Lindo, né? Não. Não importa seu planejamento: você pode ser o mago do Google Calendar -- vai te faltar tempo pra executar tudo e processar de maneira saudável esse vendaval de informações. Assim, caímos num ciclo já falado aqui anteriormente: mais tarefas e menos tempo resulta em irritabilidade, ansiedade, impaciência e, de forma mais comum do que parece, depressão. | ||
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Já te ocorreu de seu corpo estar cansado e, mesmo você colocando sua cabeça no travesseiro, não consegue parar de pensar no que fez/deixou de fazer? A gente não dorme bem porque não consegue parar de pensar -- e assim a sociedade digital nos adoece aos poucos. | ||
Bem-vindes à Era da Hiperatenção! Aqui, não contemplamos nada, tampouco descansamos. O convívio offline se torna sinônimo de improdutividade, e assistir Netflix sem aquela inquietação de "minha deusa eu tinha que entregar aquele briefing" não tem mais graça. Ao fim e ao cabo, estamos digitalmente cansados. | ||
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E vamo fazer o quê? Não, chorar em posição fetal em um banheiro escuro não é uma opção! Que precisamos dar um tempo, todo mundo sabe! Mas a gente pode? Também não! Hehehe então, dado esse cenário caótico de desencantamento do mundo (um pouco dramático, rs), tem saída? Saída é uma palavra forte, afinal, isso diz mais respeito à estrutura na qual estamos inseridos que necessariamente a nós. Contudo, em meio à fatiga diária e ao cansaço digital, podemos ter algumas linhas de ação em mente! | ||
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A lista é grande -- e a vida é curta! Por isso, fique atento aos seus sinais, e aprenda também a reconhecer as oportunidades que te aparecem. Digitalmente cansados? Sim. Fisicamente exaustos? Também. Completamente perdidos? Jamais! (ou talvez só um pouquinho, hehe). | ||
💡 Ronaldicas | ||
A ideia dessa Newsletter surgiu dos estudos do filósofo sul-coreano Byung-Chul Han, o qual possui uma séria de livros que discorre sobre sociedade e tecnologia. O mais memorável deles, segundo a minha opinião, é o Sociedade do Cansaço -- e eu super recomendo a leitura! | ||
Nele, Chul Han constata que vivemos a era das doenças neuronais, marcada por transtornos de atenção e crises de ansiedade. Ele resgata Nietzsche, o qual dizia que "por falta de repouso, nossa civilização caminha para uma nova barbárie. Em nenhuma outra época os ativos, isto é, os inquietos, valeram tanto...". Para o filósofo, precisamos contemplar mais as coisas -- do contrário, o babado vem. | ||
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