Lições do Blockchain Rio Festival
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Lições do Blockchain Rio Festival

Há quem ame, há quem odeie, mas não há quem negue: blockchain veio com tudo e está cada vez mais presente. Não acredita? O Blockchain Rio Festival pode provar!

Echoa | The Creator's Land
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Toda terça-feira, às 21h, lançaremos a nossa News -- ou metade dela.  Isso porque, na terça, vamos abordar um assunto, e toda quinta-feira, no mesmo horário de sempre, vamos discutir sobre ele.  E não estarei sozinho! Na companhia de especialistas e embaixadores da Echoa, você vai encontrar uma news novinha em folha com a opinião de quem sabe.  E falando em diminutivo, eu te falei das rapidinhas? Então deixa eu te contar rapidinho: toda sexta-feira lançaremos um short pra comentar o que mais rola na Creatorsfera.   Tá bom pra vocês, creators? Epa, creators, vírgula!

Echoa presente!

Entre os dias 1 e 4 de Setembro, o Rio de Janeiro foi palco do maior festival de Blockchain da América Latina, o Blockchain Rio Festival. Ao todo, foram mais de 200 palestrantes apresentando diferentes conteúdos e aplicações da tecnologia Blockchain as atividades cotidianas. O evento também contou com workshops, painéis temáticos, mesas redondas, hackathon, exposições e, um dos melhores pontos na minha opinião, mimos, rsrs.

Essa foi a primeira edição do Festival. A escolha do local não foi à toa: o Rio de Janeiro tem buscado com afinco consolidar-se como a capital da Web 3.0, fato validado pelos diferentes eventos sediados ao longo do ano e pelos investimentos em criptomoedas desempenhados pela própria prefeitura municipal. 

O evento, bastante aguardado pelos entusiastas no assunto, teve como objetivo fomentar a educação sobre o tema e permitir o acesso de novos públicos a discussões sobre as tecnologias relacionadas. De fato, ao longo dos dias, foi possível perceber uma abordagem deveras didática, com muitas escolas públicas e particulares participando. Além disso, a diversidade de iniciativas presentes possibilitou que pessoas incipientes no tema fossem introduzidas aos conceitos de forma prática, por meio de experiências imersivas e transformadoras.

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Ainda assim, os papos e debates não foram rasos. Pelo contrário, o evento permitiu insumos para reflexões e conclusões profundas. Assim, compartilho aqui alguns pontos que de fato merecem destaque:

  • Não dá pra negar: mesmo não gostando, o mundo já é cripto. Cada vez mais vemos a fusão de atividades cotidianas com tecnologias disruptivas, e a presença dos criptoativos não seria diferente. No evento, foi possível ver como que os ativos digitais estão transformando a maneira como negócios são estruturados e como o comércio é feito. Os investimentos, por exemplo, jamais serão os mesmos: diferente do que se via, atualmente é possível investir em ativos digitais com uma liquidez e rentabilidade muito maior do que carteiras tradicionais, aumentando a arrecadação a partir da descentralização.
  • Mesmo com uma pegada didática, o assunto ainda é nichado e restrito. Apesar de todos terem acesso à internet, a multiplicidade de fontes e conteúdos a respeito dos temas faz com que a aderência aos assuntos seja ainda mais superficial. Isso acende um alerta: não é possível mudar o mundo sem que o mundo mude. Na mesma linha, de nada adianta a criação de soluções inovadores com alto potencial transformador se isso for inacessível e pouco elucidativo. Ainda assim, cabe a cautela: as organizações que hoje se debruçam em soluções que utilizam do blockchain devem perder menos tempo tentando explicar o conceito por trás e focar mais no storytelling que envolve o seu business, ensinando o blockchain e as tecnologias relacionadas na prática.
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  • Apesar dos múltiplos caminhos e possibilidades, não podemos nos apaixonar perdidamente. Um dos problemas da paixão é que ela as vezes cega; tecnologias como essa deixam muitas pessoas apaixonadas, e pessoas apaixonadas as vezes ignoram pontos simples. Por isso, é necessário que haja um foco maior em como blindar todo o processo. A blockchain existe por possibilitar um grau de segurança das transações elevado, prescindindo de partes centralizadoras. Outrossim, ela também está em constante evolução, de modo que cenários sem precedentes podem (e vão) acontecer. Por isso, além da segurança, é necessário pensar formas de auditar tais processos e também garantir a jurisprudência dos órgãos legais. Não é sobre regular, mas sim assegurar.
  • Não podemos repetir os erros do passado. Pra mim, essa é uma das maiores lições que o Blockchain Rio Festival trouxe. Inúmeras aplicações e soluções foram expostas, mas muitas delas mais se utilizam do discurso inovador da Web 3 do que de fato mobilizavam a Web 3. Assim, foi possível perceber um certo grau de fantasia nas ideias, as quais endereçavam práticas do velho com o discurso do novo pra trazer uma sensação de excepcionalidade quando, na verdade, trata-se de mais do mesmo. Isso, sem duvida, é o ponto mais essencial: se você tem acesso à informação qualificada e minimamente possui orientação quanto ao assunto, busque dar visibilidade a verdadeira missão da Web 3: corrigir falhas da Web 2.
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As palavras do CEO do evento, Francisco Carvalho, se cumpriram: o Blockchain Rio Festival foi, de fato, "uma mistura dinâmica de tecnologia pioneira com empresários, acadêmicos e autoridades que estão na vanguarda do assunto, pavimentando o caminho no cenário blockchain e de ativos digitais no Brasil e no mundo em diferentes estratos da sociedade".

É necessário um movimento educacional mais amplo acerca do assunto, visando a capilarizar as discussões sobre NFTs com pessoas que possuam um olhar menos viciado do assunto. Contudo, cabe ressaltar o cuidado com modismos: a Web 3.0 é, sobretudo, um movimento disruptivo que busca corrigir erros da internet como vemos hoje. Assim, trazer o ownership para quem faz, seja quem for, não pode ser perdido de vista.

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🤖 Tem na Ananova

Você certamente já ouviu falar na Ananova Tech Center. Não? Então te falo: é o espaço sagrado da Echoa reservado para curadoria de ferramentas. Lá você encontra de tudo -- de tudo mesmo!

Uma coisa que ficou clara nessa news é o fato de que blockchain não vai mais embora, pelo menos nem tão cedo. Isso só é possível porque a comunidade que utiliza e admira essa tecnologia é bastante coesa. Na verdade, a Web 3.0 só é possível justamente por essa palavra: comunidade.

E onde elas acontecem? Bom, muitos são os meios e muitas são as plataformas para isso. Uma delas é a Luma, que se trata de um espaço para cultivar relações profundas entre membros por meio de features como eventos, lives, newsletters e recursos. Fica a dica!

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