O hype dos NFTs tá passando? Mas que bom!

Quem aí, assim como eu, viveu o BBB 21?

Okay, sei que o tema divide opiniões, mas quando se trata da edição passada do Big Brother BR, até quem não gosta do programa vai entender. A campeã foi a Juliette, e a trajetória dela foi bastante peculiar.

Logo de cara, Juliette já foi escolhida uma das favoritas da casa, naquela votação antes mesmo do programa começar. Com isso, ela já entrou no programa imunizada -- e um pouquinho odiada pelos colegas, rs. Sua personalidade distinta dividia opiniões dentro da casa, mas conquistava o público aqui fora. Juliette era diferente, algo novo.

Em pouco tempo, suas atitudes engraçadas, seu jeitinho carismático e seu posicionamento firme caíram no gosto popular. Isso, somado às injustiças que ela sofria dentro da casa somente por ser quem ela era, geraram um buzz absurdo em cima do seu nome. Com pouco mais de um mês de programa, só dava ela em literalmente tudo.

Além disso, a gente foi tendo contato com várias facetas da Juliette. Além de ser bastante habilidosa como maquiadora, Juliette se mostrava uma advogada porreta, além de soltar o gogó de vez em quando e encantar ainda mais o público. Isso tirando suas sacadas engraçadas, que faziam toda a diferença para o programa. A dúvida já não era mais se ela ganharia o programa ou não, mas sim qual carreira ela ia seguir após o fim dele.

E a vitória veio, acompanhada de 25 milhões de seguidores nas redes sociais. Ela era o momento, e todas as marcas queriam fazer parceria com ela. O problema foi que a figura da Juliette começou a saturar, a ficar excessiva. Algumas collabs com certas marcas faziam zero o perfil dela, e isso esgotou um pouco sua imagem. O hype passou, e alguns pegaram até um rancinho.

Mas, engana-se quem pensou ser seu fim. Adotada profissionalmente por ninguém mais ninguém menos que Anitta, Ju decidiu seguir a carreira de cantora e, gostem ou não, ela cada dia mais ganha o mercado da música, já contando com parcerias internacionais. Ela entendeu o que ela queria e de maneira ela poderia usar da própria rede que teceu ao longo do último ano -- e ela tá mais rica do que nunca.

Se eu pudesse colocar a trajetória da Juliette em um gráfico, seria esse:

Mas por que diabos você tá falando da Juliette até agora?

Coincidência ou não, o gráfico acima é idêntico ao gráfico criado pela Gartner para explicar os ciclos das tecnologias emergentes da Blockchain, acredita? Olhe só, que curioso…

Caso você não saiba, a Gartner é nada mais nada menos que ​​uma das principais empresas do mundo especializadas em pesquisa e consultoria com tecnologia da informação. Assim, ela possui um histórico em ser bem assertiva nos seus gráficos, rs.

Por falar nele, repare só: a imagem acima foi feita em julho de 2021, antes da avalanche de notícias de fevereiro/março deste ano mostrando a queda excruciante dos NFTs. E por falar neles, você notou que ele está representado no gráfico?

Tal qual a trajetória da Juliette, toda nova tecnologia passa por diferentes fases até se estabilizar. Segundo a Gartner, existem 5 fases que uma nova tecnologia percorre até se consolidar no mercado:

1. Gatilho de inovação: quando uma tecnologia com potencial aparece, a mídia acaba por gerar um buzz informacional elevado em cima do assunto, o que leva várias empresas a especularem tal disrupção;
2. Pico de expectativas: acontece que a maioria dessas tecnologias tratam-se mais de um conceito do que um ativo. Assim, podemos falar bastante sobre sua ideação e impactos que pode gerar para sociedade, mas é difícil vê-los de forma expressiva;
   
3. Poço da desilusão: o povo é ansioso, e muitas das vezes colocam muita expectativa em cima de uma tecnologia -- a qual não responde na mesma intensidade que as aspirações dos admiradores. Assim, a frustração se instaura, e muitos abandonam a ideia;
   
4. Ladeira da iluminação: aqueles que persistem chegam até aqui, quando a tecnologia começa a dar um real retorno produtivo, tendo seus impactos mais expressivos e visíveis; e
   
5. Platô da produtividade: muitos não voltam, mas os atentos acabam se arrependendo e refazendo o caminho até essa tecnologia. Assim, passada a crise, tais tecnologias tendem a prosperar -- e o público que acreditou desde o início se dá bem.
   

A história dos NFTs tá muito parecida com a da Ju, né? 🥺 (se você não conhece esse meme, saiba que se trata de um meme, hehe) E acredite se quiser, há outras histórias parecidas com a da Ju no meio tecnológico:

• Em 2017, a tecnologia blockchain teve seu boom, de modo que empresas pagavam caríssimo por profissionais que soubessem manipular uma blockchain. Contudo, a falta de clareza das empresas sobre o porquê buscavam por esse tipo de tecnologia fez com que a demanda desses profissionais caísse. Contudo, sobretudo a partir de 2021, essa curva voltou a crescer, dado que o cenário atual é completamente diferente: as pessoas agora entendem melhor para que a tecnologia serve e de que maneira ela se relaciona aos modelos de negócio das empresas, mostrando-se muito mais valiosa do que antes.

• Mais atrás, entre 1994 e 2000, internet era A sensação. Isso gerou uma bolha especulativa caracterizada por uma forte alta das ações das novas empresas de tecnologia da informação e comunicação baseadas na Internet. Muitos quebraram nessa e saíram desse mercado. Quem manteve-se firme a essa crise resistiu -- e se saiu muito bem. Esse é o caso da Google, Apple e Amazon, por exemplo.

A essa altura, você já entendeu a mensagem. Sim, existem bolhas (e nós já falamos delas nessa news aqui), mas toda inovação passa por estágios -- e o hype é um deles. Por isso, o hype dos NFTs tá passando? Que bom! Significa que estamos nós encaminhando para uma próxima etapa. Pode ser que de fato suma? Sim, assim como a espécie humana está suscetível à extinção. O fato é que, falando em termos clichês, daqui para frente só ficam os fortes.

Então… vamos seguir nessa juntos?

📚 Ronaldicas

Vocês conhecem o Tim Balabuch? Não? Então chegou a hora de conhecer!

O Tim é um profissional de Blockchain que iniciou há um tempo esse canal do Youtube, no qual discorre sobre os temas quentes do Web 3.0 world. Ele tem uma didática divina e seus vídeos são curtinhos, sendo um passatempo muito bom (e produtivo). Ele nem me conhece e isso aqui nem é publipost -- eu que sou fã mesmo, hehe.

🏞️ O que mais rola na Creatorsfera...

• Ficou mais fácil casar? Dependendo do ponto de vista, sim. Um casal nos Estados Unidos decidiu casar de forma híbrida: presencial para a família e no metaverso para amigos. Inovação ou contenção de gastos? Bom, os dois! Destaque pra lembrancinha do casamento: NFTs. Imagina se vira tendência? 

• Primeiro M&A do mercado de NFTs. Corroborando o exposto nessa news (rs), a primeira fusão de colecionáveis ocorreu nesta semana: a famosa Bored Ape comprou a Criptopunks — o que pode ser lido como um sinal de consolidação do setor. 

• E por falar em criptos… O banco Goldman Sachs realizou sua primeira negociação de criptomoedas em mercado de balcão. Sinais importantes pra ficar atento! 

Sabe aquele amigo que desacredita a Web 3.0 o tempo todo? Compartilha essa News com ele! E sabe aquele amigo que super defende a Web 3.0? Compartilha com ele também! (e você, claro, não deixe de seguir nossa News para recebê-la semanalmente em sua caixa de entrada!).