3º dia: viver a pobreza
José, "anawims" um pobre de Deus
José, "anawims" um pobre de Deus | ||
Gratidão e louvor são o tesouro dos pobres. E me parece que o celibato é uma forma de pobreza. O solteiro não pode contar com a segurança do casal ou da família ou com a eleição de um ser. «Bem-aventurados os pobres de coração, porque deles é o reino dos céus» (Mt 5, 3) cantam as bem-aventuranças. É pobre aquele que se recebe totalmente de Deus. Pobreza de coração é o espírito de destituição que só se abre ao verdadeiro amor e ao dom de Deus. Trecho de Comme des colonnes sculptées | ||
José um "anawims" | ||
São também anawims a Virgem Maria e São José, esses pobres coitados do Senhor de quem fala o profeta Sofonias. Segundo o profeta, o povo messiânico seria formado por “um resto de gente pequena, humilde e pobre, da qual Deus seria a única riqueza e o único refúgio” (S 3,12). Anawah, em hebraico, também significa pobreza e gentileza. A pobreza é uma forma privilegiada de encontrar Deus, não déspota todo-poderoso, mas todo dom, toda bondade, todo Amor. Deus só tem um desejo: doar-se a nós, que o recebamos, ele quer nos comunicar sua própria vida. Mas para isso devemos estar de mãos abertas para receber... | ||
Razoavelmente, José poderia ter descoberto que a gravidez extraordinária de Maria frustrou seus planos de felicidade pacífica - um casamento em Nazaré, uma casa perto do círculo familiar, uma oficina próspera. A força de José reside justamente em não ter muito, em não ter ideias precisas nem sobre si mesmo nem sobre seu destino. Sua pobreza o torna disponível para ouvir e estar presente. | ||
Na escola de São José | ||
Aproveito esse momento para reconhecer o que me impede de acolher o dom de Deus: medos, certezas, opiniões, comportamentos mortais, lealdades ruins, vícios em todas as suas formas, necessidades de reconhecimento, dificuldades de perdoar, relacionamentos que não me elevam. .. etc. Eu os coloco esta manhã em oração a José e peço a ele que me ajude a me tornar pobre em sua imagem. | ||
Na escola de São José e da Virgem Maria, aceito ser sacudido pela pedagogia divina e me deixar fazer para receber algo muito mais adequado, suave, fecundo, transbordante e vivo; para receber o presente de Deus para mim! | ||
O peregrino da longa espera, de mãos abertas, recebe de Deus o tesouro que é o noivo ou a noiva. | ||
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