Maria Quézia Reis: uma trajetória de crescimento profissional dentro da PGE.
Paulista de Santo André, Maria Quézia Reis passou pouco tempo no estado de São Paulo, pois com 1 ano de vida mudou-se para Mato Grosso do Sul. Ela e os 7 irmãos moraram por um tempo em uma fazenda, o que permitiu uma infância rodeada pela natureza e muitas frutas colhidas no pé da árvore. Entre as suas favoritas, a laranja e o limão. | ||
Aos 6 anos, a filha de João Reis e Otília Félix Reis veio para Villa de Rondônia (território de Ji-Paraná), onde fez amizades e brincou muito de pular corda e amarelinha, como relembra ao falar dessa fase. Afirma ainda que era uma menina tímida e que na escola ficava mais reservada e observando as aulas. Já com 15 anos, Quézia teve as suas primeiras experiências profissionais como vendedora e caixa em lojas do centro comercial da cidade e uma livraria. | ||
Em 1986, veio para Porto Velho por conta de uma proposta de emprego para ser recepcionista no jornal Tribuna, onde não passou muito tempo porque logo começou a trabalhar no governo do Estado, como auxiliar administrativa, por meio de serviço prestado. E desde o início da sua carreira como servidora pública, já foi lotada na Procuradoria Geral do Estado (PGE), sendo uma das pessoas que mais tempo tem na Instituição. | ||
Em 1989, fez um concurso estadual e passou para agente administrativa, permanecendo na Procuradoria até hoje - motivo pelo qual a sua história com o serviço público é toda baseada na experiência que adquiriu dentro PGE. | ||
Por sempre ter gostado de números, fez um curso Técnico em Contabilidade e para graduar-se escolheu o curso de Administração Pública. Com vasta experiência na área financeira, e muito conhecimento da Instituição, hoje responde pelo Controle Interno da Procuradoria. | ||
Para conhecer mais da trajetória da Maria Quézia dos Reis dentro da PGE, acompanhe a entrevista a seguir: | ||
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Maria Quézia e equipe, na década de 90, em antigas instalações da PGE. | ||
Quando ingressou na Procuradoria Geral do Estado e como foi? | ||
Era funcionária celetista do Estado, trabalhava como auxiliar administrativa, já na PGE. Depois fiz o concurso e passei para agente administrativo e permaneci na Procuradoria. Comecei na área do financeiro e fui aprendendo aos poucos com os colegas porque não tinha nenhuma experiência no serviço público. | ||
Como era a PGE quando a senhora entrou? | ||
Funcionava no Palácio do Governo com a Defensoria do Estado (DPE). Ocupávamos poucas salas e nosso espaço físico era pequeno. | ||
Quando teve o primeiro concurso para carreira de procuradores, mudamos para outro prédio - próximo a praça das Três Caixas d’Água. Lá já tínhamos mais estrutura, tanto física como de pessoal. | ||
Quem ingressou junto com a senhora na PGE que está até hoje? | ||
Geanny Márcia e os procuradores Luciano Alves e Lerí Antônio. | ||
E o que a senhora percebe que mais mudou nesses anos? | ||
Nossa! Mudou muita coisa! | ||
Quando eu entrei usávamos máquinas manuais, não tinha a tecnologia que temos hoje nem trabalhávamos com Internet. Começamos com uma “pé duro” e depois que passamos para a IBM que já era mais macia e depois os computadores que na época era algo muito sofisticado. | ||
Se íamos fazer alguma conta era naquela calculadora com fita e às vezes você perdia uma soma e já era, você tinha que começar do zero. Quantas vezes eu chorei por perder contas. Quando era época de fechamento, trabalhava até tarde porque não tínhamos a estrutura que possuímos hoje com programas que facilitam a execução do trabalho como o Excel. | ||
Em relação à estrutura física, começamos em um prédio bem pequeno e hoje, depois passamos para uma sede mais ampla e onde funcionava somente a Procuradoria. | ||
Atualmente, estamos no Centro Político e Administrativo, mais perto do governador e das outras Secretarias. | ||
Até o organograma da PGE mudou com o passar dos anos. E a nomenclatura dos setores também. | ||
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Em 2005, já com computadores, no prédio da PGE que ficava na Avenida dos Imigrantes. | ||
Por quanto setores já passou? | ||
Passei por muitos setores. Tenho experiência no setor Financeiro e no Orçamentário. Fiquei nessa área até que o Estado definiu que cada órgão teria um setor de Controle Interno e em 2016 fui convidada para assumir este desafio. | ||
Antes de ter um contador na PGE, tudo era comigo, inclusive a prestação de contas para o TCE e as informações que a instituição solicitava. | ||
Hoje, com a chegada do profissional de contabilidade, trabalhamos em conjunto na prestação de contas. | ||
Qual foi o grande marco para a evolução da PGE? | ||
O para carreira de apoio ajudou em uma melhor estruturação da Procuradoria tanto de organização como na entrega de resultados. | ||
Também teve a criação do Fundo Especial de Modernização da Procuradoria Geral do Estado de Rondônia (FUMORPGE) que possibilitou a aquisição de equipamentos tecnológicos e a compra de prédios próprios para regionais. Permitiu ainda o investimento da capacitação dos servidores por meio do Fundo. Por isso considero um marco para a PGE. | ||
O que a fez gostar de trabalhar na PGE durante todos esses anos? | ||
Foi meu primeiro, e único, local de trabalho no serviço público, então foi aqui que aprendi tudo que sei. A partir do momento que peguei amor pelo meu ofício, acabei amando a PGE também. Eu amo o que eu faço, sempre gostei das áreas em que trabalhei e das pessoas com as quais convivo. | ||
Existem pessoas aqui com quem eu trabalho desde que entrei, então são mais de 30 anos de convivência. Não são apenas colegas de trabalho, é família praticamente. A Geanny, por exemplo, eu sempre trabalhei ao lado dela. | ||
Qual, a senhora acredita ser, a sua maior contribuição para a PGE durante esses anos? | ||
Meu próprio trabalho. | ||
Sempre trabalhei tentando acertar e dando o meu melhor. Se eu erro, procuro logo corrigir. | ||
Me dedico bastante ao trabalho que desenvolvo aqui e procuro sempre manter a humildade. | ||
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Atualmente, Maria Quézia responde pelo Controle Interno da PGE. | ||
Qual o momento a senhora recorda ter sido mais marcante durante sua carreira na PGE? | ||
Quando fui convidada para assumir o Controle Interno, pois ali percebi a confiança da chefia no meu trabalho e ao mesmo tempo eu me deparei com um grande desafio porque era algo novo e a responsabilidade era bem maior. | ||
Qual o seu sentimento em relação à PGE? | ||
Gratidão. Daqui tiro o meu pão de cada dia, aqui fiz amizades que valorizo muito e também agradeço pela confiança que a Instituição tem no meu trabalho. | ||
Se a senhora fosse agradecer a alguém da PGE, quem seria e por quê? | ||
Ao procurador geral, o doutor Juraci, e Geanny, pois eles confiaram no meu trabalho e me indicaram para assumir o desafio de responder pelo setor do Controle Interno. | ||
O que a Quézia, chefe do Controle Interno, diria para Quézia que ingressou na PGE em 1986? | ||
Para tentar ser menos tímida e ousar mais. | ||
Quais os planos para o futuro? | ||
Quero me aposentar na PGE, mas não agora, pretendo trabalhar até quando eu achar que tenho condições de contribuir com o Estado. E depois aproveitar para curtir a vida viajando e relaxando. | ||
Qual a mensagem que a senhora deixaria para quem pretende ingressar na PGE? | ||
Para mim foi uma escola, então eu diria para a pessoa aproveitar porque aqui se aprende muito. Tem muitas áreas para a pessoa atuar e a Instituição está em plena evolução e expansão. | ||
Uma curiosidade sobre a Quézia. | ||
Sou musicista. Toco saxofone e canto. | ||
Uma frase para finalizar. | ||
Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios (salmo 90). Sempre peço sabedoria para Deus. | ||
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O que os colegas de trabalho falam sobre Maria Quézia Reis: | ||
“Ela é uma excelente pessoa e nunca tivemos nenhum atrito. Como profissional é dedicada e tranquila para se trabalhar. Espero que a gente continue trabalhando em harmonia e que possamos entregar bons resultados sempre.” | ||
Francisco Rocha Gonçalves – Assistente do Controle Interno | ||
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Trabalhar com a Maria Quézia é um prazer! Ela é tranquila, uma boa profissional e que faz o seu serviço com eficiência. Nós duas colaboramos uma com a outra e resolvemos muitas situações juntas. | ||
Tenho aprendido muito com ela nesses quase 20 anos que nos conhecemos. Ela foi uma das primeiras pessoas a me ensinar o que eu sei hoje. | ||
Quando discordamos em algo, conversamos e tudo se resolve com muita tranquilidade e respeito.” | ||
Audisete Rocha – Assistente de Previdência | ||
Fonte: | ||
Texto: Ana Viégas | ||
Fotos: Ana Viégas e acervo pessoal da Maria Quézia |