Seiti Roberto Mori: 28 anos dedicados à Regional de Vilhena.
Natural de Paranavaí-PR, mas com raízes japonesas, Seiti Roberto Mori é neto dos nipônicos Harumitsu Mori e Shigueko Mori (avós paternos), e dos Katsuyamas (lado materno). Já seus pais, Paulo Issamu Mori e da Neuza Hanako Mori, nasceram no Brasil e tiveram 8 filhos - sendo 5 mulheres e 3 homens. | ||
Sua infância foi muito movimentada e divertida, segundo seus relatos durante a entrevista. Até os 8 anos morou na cidade onde nasceu e brincou bastante nos rios, de bolinha de gude, pião, rodando pneu na rua, entre outras atividades que o fizeram guardar boas recordações desta época. | ||
Aos 9 anos, mudou-se com sua família para São Paulo capital e lá fez toda a carreira escolar, seguindo, depois, para a faculdade de Direito no Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) que ficava na estação São Joaquim do metrô. | ||
Sua vinda para Rondônia, 1985, deu-se por conta do seu irmão, Paulo Kiyochi Mori, que já morava aqui e o ajudou a arrumar um emprego em Porto Velho. Contudo, retornou para São Paulo e começou a estudar para concursos. Passou para oficial de justiça, mas não assumiu porque acabou recebendo uma proposta em Vilhena, em 1991, mesma época em que teve o concurso para procurador do Estado - no qual foi aprovado. | ||
Hoje, casado com Janete dos Santos e pai do Arthur e Rodolfo, o procurador Seiti responde pela Regional de Vilhena, local onde está lotado desde que foi nomeado em 1992. Com seu jeito tranquilo e agregador, ele sempre pensa na coletividade e no bem estar da sua equipe de trabalho. A cooperação é um imperativo na sua gestão. | ||
Para descobrir mais da trajetória desse sansei de coração rondoniense, dentro da PGE, acompanhe a entrevista: | ||
Seiti Mori está na Regional de Vilhena desde que ingressou na PGE, em 1992. | ||
Qual a sua experiência profissional antes da PGE? | ||
Tinha um irmão que já morava em Rondônia e ele me ajudou a arrumar um emprego, em 1985, na Assembleia Legislativa, lá em Porto Velho, no setor jurídico, como técnico em atividades complementares. Fiquei lá por volta de 6 meses. | ||
Em 1986, fui para Ji-Paraná, também com o auxílio do meu irmão que já trabalhava no Tribunal de Justiça e fui ser escrivão da 2ª varacriminal - ficando lá até 1988. | ||
Depois, voltei para São Paulo por 3 anos e comecei a prestar concursos, que até então não tinha tentado ainda. Tentei para juiz, promotor, procurador e só passei para oficial de justiça, mas acabei não assumindo porque eu retornei para Vilhena, em 1991, para trabalhar como diretor do Juizado Especial. | ||
Quando o senhor ingressou na PGE e como foi? | ||
Nesse período, abriu o concurso para procurador do Estado e eu passei. Fui aprovado e em 1992 eu ingressei na PGE - aos 31 anos de idade. | ||
Em que momento decidiu pela carreira de procurador do Estado? | ||
Eu estava fazendo concursos voltados para a magistratura, especialmente para juiz do trabalho. Mas fiz concursos de outras carreiras, como o de procurador do Estado. Como eu passei na primeira fase para o concurso de procurador, acabei deixando de lado os outros e me dediquei. Depois que eu passei, não fiz mais concursos. | ||
Como era a PGE quando o senhor entrou? | ||
Quem trabalhava aqui em Vilhena era o procurador Edson Martins de Souza e uma funcionária chamada Marlene Pereira Goulart. | ||
Funcionava em uma sala da Secretaria de Estado de Finanças (SEFIN) e usávamos o carro da SEFIN também. Não tínhamos uma sede própria. | ||
Depois saímos da SEFIN e fomos para uma sala do lado que funciona o Departamento de Viação e Obras Públicas (DVOP). Ficamos lá por um bom tempo em 4 salas. Nessa época, já éramos uma equipe maior. | ||
Posteriormente, fomos para um prédio alugado e por lá ficamos uma média de 7 anos até que adquirimos essa sede para a qual nos mudamos no final de 2018. | ||
E o que o senhor percebe que mais mudou nesses anos? | ||
Temos sede própria, a vinda dos processos eletrônicos em substituição aos físicos, e agora nós temos concursados da carreira de apoio. | ||
Quando possuímos uma sede própria, temos mais estabilidade e segurança de estar em um local e não ter que sair de uma hora para a outra. | ||
A vinda do processo eletrônico deu mais celeridade aos processos. | ||
E em relação aos servidores, atualmente, a maioria é cedido, então a qualquer momento podem voltar ao seu órgão de origem, ou então são servidores que passaram pela transposição e que em pouco tempo irão se aposentar então o concurso para carreira de apoio veio em um bom momento. | ||
Entre dos procuradores Israel Tavares Victória (esquerda) e | ||
Como o senhor avalia a estrutura da PGE daquela época comparada à atual? | ||
Tudo acompanha a quantidade de serviço. Naquela época, nós tínhamos menos processos e eles tramitavam de forma mais lenta e nós trabalhávamos conforme a situação. Como agora foi criado o PJe e o juízo de pequenas causas - o RPV (requisição de pequeno valor), a tramitação dos processos contra o Estado se tornou mais rápida. Então é necessário ter uma aparato tecnológico atual, uma equipe mais preparada, pois o contexto exige mais rapidez e qualificação. | ||
Quem ingressou junto com o senhor na PGE que está até hoje? | ||
Reginaldo Vaz e Nilton Santos. Existem outros procuradores que já estavam na PGE e que permanecem até hoje, como o Luciano Alves, Alexandre da Fonseca, Lerí Antônio, Renato Condeli e Sávio de Jesus. | ||
Qual, o senhor considera, o grande marco para a evolução da PGE? | ||
Eu acho que para a Regional de Vilhena, ter a sede própria foi um grande marco, pois isso gerou mais segurança e uma estabilidade maior. É como se fosse um enraizamento, é uma fixação. | ||
Se a gente estiver em um prédio alugado, de uma hora para outra você pode ser retirado dali. | ||
É como a pessoa que mora em uma casa alugada e compra uma casa própria; é melhor, não é? | ||
Qual o principal desafio que o senhor enfrenta à frente da Regional de Vilhena? | ||
Neste momento, o maior desafio é resolver a questão da segurança e vigilância do prédio. Assim como a manutenção da limpeza e conservação do prédio. | ||
E o que o senhor mais gosta? | ||
Trabalhar em contato com as pessoas, poder discutir os processos com os colegas, e resolver tudo em conjunto. | ||
A cooperação é um princípio na gestão do procurador Seiti como diretor da Regional de Vihena. | ||
O que o fez gostar de trabalhar na PGE durante todos esses anos? | ||
Você servir o Estado e estar em contato com o pessoal do Fórum me agrada muito. Também tem o lado de trabalharmos com vários fatos diferentes. Trabalhando na Procuradoria, a gente mexe com várias situações e acabamos aprendendo muito. | ||
Se você mexe com várias execuções, você trabalha com diversos fatos tributários; quando você lida com processos do contencioso, são diversas situações que envolvem pessoas, e tudo isso possibilita com que você adquira novos conhecimentos. Ensina você a lidar melhor com o público, a aceitar a coletividade. A dinâmica do trabalho é boa! Eu gosto. | ||
Qual a maior contribuição, que o senhor acredita, ter dado para a PGE-RO? | ||
Foi ter feito o melhor possível dentro da PGE. | ||
Qual o momento o senhor recorda ter sido mais marcante durante sua carreira na PGE? | ||
Quando nós conseguimos ter a Regional de Vilhena em uma sede própria. | ||
Qual a sua principal motivação para trabalhar como procurador do Estado? | ||
É a carreira jurídica que eu escolhi e com a qual sou satisfeito. Gosto muito de trabalhar com direito tributário, civil e família. Tem também a remuneração que é atrativa e a questão da estabilidade. | ||
O que o Seiti, diretor da Regional de Vilhena, diria para o procurador Seiti de 1992? | ||
Vá e continue aprendendo, pois aprendemos constantemente. Até hoje eu estou aprendendo. | ||
Se o senhor fosse agradecer a alguém da PGE, quem seria e por quê? | ||
Uma pessoa é difícil! Agradeço a todas as pessoas que eu convivi diretamente porque elas me ajudaram e compartilharam muito comigo. Todas essas pessoas foram especiais. | ||
Um profissional na área jurídica que o senhor admira e o porquê dessa admiração? | ||
Teve uma decisão do desembargador Eurico Montenegro que me chamou a atenção, então se fosse para citar alguém, citaria ele. | ||
Qual mensagem que o senhor deixaria para as pessoas que pretendem seguir a carreira de procurador do Estado? | ||
Para se esforçar sempre, fazer o seu melhor possível no dia a dia, sempre auxiliar os companheiros de trabalho, se ele falhou em algo, procurar ajudá-lo a corrigir. E sempre pedir a Deus para ajudar. | ||
Se algum dia sentir dificuldade e achar que não tem capacidade, você espera um pouco que a solução virá. | ||
Quando a gente estuda, não pode recuar. É ter paciência que vai surgir uma ajuda e você vai avançar. | ||
Quem está iniciando carreira, digo para sempre ficar atento e conversar com quem já é mais antigo e pedir uma orientação. Do mesmo modo, os que já estão na PGE podem aprender com os mais novos. | ||
Uma curiosidade sobre o Seite. | ||
Eu gosto de cuidar de plantas. Na minha casa eu sempre aproveito os intervalos que tenho para me dedicar aos cuidados com as plantas. | ||
Uma frase para finalizar. | ||
Sempre trabalhar no presente o melhor possível e se tiver dificuldade, pedir a Deus que virá a resposta e a solução. | ||
O que os colegas de trabalho falam sobre o Seiti Roberto Mori: | ||
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É uma honra trabalhar com o procurador Seiti. É um profissional extremamente dedicado e companheiro. | ||
Desde 2002 que trabalhamos juntos e estabelecemos uma harmonia desde o começo. Ele é nota 10 em todos os quesitos. | ||
Como pessoa também é um grande companheiro, amigo, e muito cuidadoso com a família. | ||
Tenho o prazer de conhecê-lo profissionalmente e como colega pessoal.” | ||
Antônio José – Procurador do Estado de Rondônia | ||
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Não tenho nem palavras para descrever o doutor Seiti. Eu o admiro como profissional, e como pessoa. Ele trata todo mundo com muito respeito e educação. Desde o funcionário até a pessoa que vem pedir informação. Eu o acho maravilhoso! | ||
É muito dedicado e cuida de tudo.” | ||
Maria Luiza de Oliveira Zanotto – Técnica | ||
Fonte: | ||
Texto: Ana Viégas | ||
Fotos: Ana Viégas |