Como CFOs podem tornar a área de finanças mais estratégica?

Implementar uma área de finanças com um olhar mais voltado ao business, dar suporte às áreas de negócio na tomada de decisão, implementar o processo orçamentário e conduzir iniciativas de otimização da margem da companhia foram apontados como principais desafios para os CFOs ao assumirem seus cargos, destaca a pesquisa "Perfil do CFO no Brasil 2022 realizada pela Assetz Expert Recruitment em parceria com o Insper. Uma área de Finanças mais estratégica, voltada ao negócio e que suporte as demais áreas na tomada de decisão também foi o principal legado que os executivos de finanças gostariam de deixar.

A grande questão é: como vencer os obstáculos os diversos obstáculos?

Um artigo recente da Deloitte em parceria com a Harvard Business School mostra que o caminho da pedras é aumentar a inteligência financeira da organização por meio de 5 pontos principais:

Visão global

A visão de mundo do CFO – ou noção de como as macrotendências afetam as microdecisões – é única, pois inclui uma compreensão abrangente de onde os indivíduos se encaixam nas equipes, onde as equipes se encaixam na empresa, onde a empresa se encaixa em seu setor e onde o setor se encaixa dentro de um contexto nacional e global. Para construir (e reconstruir) essa visão de mundo, o CFO deve sair do quadrado financeiro e examinar continuamente as operações da empresa, o setor e o contexto global, político e econômico em constante mudança.

Empoderamento

Ao mesmo tempo, os CFOs precisam do apoio dos CEOs no sentido de capacitar as lideranças de outras áreas e unidades de negócio a terem mais autonomia em suas decisões sobre verbas. Como eles estão gerenciando recebíveis, pagamentos e inventário? Os gastos operacionais e de capital estão sob controle? Para construir e reforçar uma cultura de caixa, o CFO pode premiar os executivos e equipes que enfrentam essas questões e gerenciam bem o dinheiro — por exemplo, recompensando equipes que reduziram os gastos durante a crise do COVID-19 sem sacrificar a qualidade do produto ou a satisfação do cliente.

Capacitação

Também é necessário trabalhar com seus pares C-Suite e RH no desenvolvimento profissional relacionado a negócios e finanças, revisando sistematicamente o perfil de talentos, identificando as habilidades necessárias para o momento e para o futuro, mapeando habilidades para planos estratégicos e operacionais. Assim obtém-se uma matriz de habilidades que delineia funções e responsabilidades relevantes para o contexto do negócio.

Linguagem comum

Funcionários de uma organização geralmente usam os mesmos termos para falar de coisas diferentes. O lucro, por exemplo, pode referir-se a dólares de lucro, lucro por unidade, margens de lucro ou até mesmo margem bruta; custos podem significar despesas gerais, investimentos de marketing ou capital. Para reduzir a confusão e aumentar a eficiência na comunicação, os CFOs devem garantir que os líderes de todos os níveis usem uma linguagem comum para discutir finanças. Dessa forma, o CFO pode criar recursos funcionais essenciais para monitorar fluxos de caixa e criar cenários que sejam rapidamente compreendidos por todos, de modo a reduzir o ruído e tornar as decisões mais assertivas.

Comunicação

A maioria dos CFOs provavelmente não precisa aprender novas habilidades financeiras — eles já são bem versados na mecânica de orçamento, previsão e planejamento. Mas precisam avaliar melhor como se comunicam: Quais são as melhores maneiras de transmitir informações estratégicas ou conceitos financeiros importantes para os outros? Se os CFOs acertarem essa parte, poderão amplificar sua própria voz dentro do diálogo de desempenho.

Fonte: Harvard Business Review

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