Se todo mundo apóia, por que a igualdade de gênero ainda caminha a passos de tartaruga?
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Se todo mundo apóia, por que a igualdade de gênero ainda caminha a passos de tartaruga?

Não há dúvidas de que existem empresas seriamente comprometidas na igualdade de gênero. Elas promovem treinamentos, investem no desenvolvimento das carreiras de suas colaboradoras e se empenham em tornar o ambiente de trabalho mais aberto...

#Finanças #Gestão #Carreira
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Não há dúvidas de que existem empresas seriamente comprometidas na igualdade de gênero. Elas promovem treinamentos, investem no desenvolvimento das carreiras de suas colaboradoras e se empenham em tornar o ambiente de trabalho mais aberto. Porém, apesar de todos os esforços, o progresso continua lento, com pouca evolução nos últimos anos. Por quê?

De acordo com um estudo publicado na Harvard Business Review, a resposta se chama "fadiga de gênero". A pessoa reconhece que a desigualdade existe em termos gerais, mas ao mesmo tempo nega que exista no ambiente de trabalho.

Em 20 anos de pesquisas envolvendo executivos de empresas públicas e privadas e estudantes de MBA, Elizabeth Kelan, professora da Essex Business School do Reino Unido, identificou quatro maneiras pelas quais as pessoas expressam esse paradoxo. A primeira racionalização é que a desigualdade de gênero existe em outros lugares, talvez em outra organização, como um concorrente ou em outro país.

A segunda é baseada em uma perspectiva histórica: a desigualdade de gênero existia no passado, digamos 20 anos atrás, mas não hoje. A terceira é a afirmação de que a desigualdade de gênero não pode mais existir porque as mulheres agora têm vantagens nas organizações. Todos os esforços para corrigir oportunidades desiguais, segundo a lógica, tornaram muito mais fácil o sucesso das mulheres. A última maneira pela qual as pessoas conciliam essas crenças contraditórias é ignorar estrategicamente a desigualdade de gênero. Quando apresentados a incidentes de discriminação, elas dizem que não tem nada a ver com gênero.

Esse preconceito, mesmo que inconsciente, resulta em uma infinidade de pequenos incidentes de discriminação que, embora possam ser considerados apenas como pequenos aborrecimentos, ao longo do tempo se acumulam e acabam contribuindo para perpetuar uma cultura de desigualdade.

Como forma de combater a fadiga e promover a igualdade de gênero com mais efetividade, o estudo defende a necessidade dos líderes reconhecerem essa controvérsia entre discurso e ação e promover um ambiente em que o problema seja discutido abertamente, não com o propósito de achar culpados, mas de conscientizar e de criar mecanismos para evitar que esses pequenos atos discriminatórios se repitam.

http://ow.ly/MHXg50L7xiK

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