Circo dos Palhaços Indomáveis: CPI

PARTE I

O termo Circo no latim, quer dizer “circunferência”, “círculo”, pois, o lugar onde os artistas circenses se apresentavam em Roma, como arenas, tinha uma forma arredondada, circular.

O Circo era o lugar apropriado da manifestação artística e popular de vários artistas, que se reúne num grupo ou numa companhia, de modo que cada um possa apresentar suas especificações ao público ou plateia.

O Circo tinha como objetivo principal, alegrar, animar, entreter, surpreender, divertir ao máximo o público presente, levando-o a dar bastante risada e muitos aplausos das cenas, palavras, gracejos e atos cômicos. Para que isso acontecesse, o Circo contava com: “palhaços”, “mágicos”, “contorcionistas”, “malabaristas”, “contadores de estórias absurdas e de piadas capazes de fazer as pessoas 'morrerem' de tanto rir” e etc. Circo era uma grande diversão, um bom passatempo, um ambiente cheio de energia positiva, de alegria e diversão, um tipo de lazer maravilhoso - individual ou familiar - que valia a pena o preço que se pagava pelo ingresso. Todos saíam semelhantes e com vontade de retonar no momento oportuno só pra ter o prazer de se contorcer de tanto rir e gargalhar. 

Mas, como diz certo ditado: “alegria de pobre dura pouco”; infelizmente nós tínhamos que 'ter e ver' no Brasil, numa CPI em Brasília, um tipo de Circo bem diferente do citado acima. Vemos na CPI do Covidão um Circo montado por “palhaços”, “contorcionistas”, “mágicos” e “contadores de estórias e piadas sem graça e mentirosas” capazes de causar nos espectadores, todo tipo de: raiva, ira, ódio, nojo, asco, indignação, revolta, perplexidade, vergonha e tristeza de ser brasileiros ao ver tamanha sujeira, tanta manobra e articulação políticas, tanta artimanha e golpes baixos; de ver tanto dinheiro do suor do contribuinte ou pagador de impostos que deve ser usado corretamente para salvar vidas, gerar hospitais de campanhas, comprar medicamentos, respiradores, EPIs ... ser desviado aos montes por governadores e prefeitos corruptos.

O Circo da CPI montado em Brasília tem “mágicos” investigados pelo Ministério Público Federal e Polícia Federal, acusados ​​de fazerem o dinheiro dos contribuintes brasileiros desaparecerem 'num passe de mágica' e aparecerem nos bolsos deles (ou na meia, ou na cueca , ou não 'cofrinho', ou mala ... vai saber). “Mágicos” capacitados de sumir com R $ 260 milhões de verbas públicas da Saúde por meio de contratos milionários firmados com o Governo do Estado do Amazonas a partir de 2010. Um “mágico” alvo da Operação “Maus Caminhos” (MPF) e a Operação Vertex (PF) é citado nada mais nada menos do que 256 vezes num relatório de 257 páginas.

Outro “mágico” profissional e muito habilidoso há 26 anos, inclusive em fazer desaparecer do nada o dinheiro dos contribuintes brasileiros - cerca de mais ou menos R $ 939.600.000,00 milhões, está atualmente sendo indicado pela Polícia Federal por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no valor de R $ 1 milhão em propinas só em 2012. O Jornal Gazeta do Povo, entre outros, já trouxe diversas matérias jornalísticas explicando com detalhes a destreza deste “mágico”, de modo que é possível ter a soma 'aproximada 'dos valores em cada um de seus processos ou inquéritos.

Tal 'mágico' tem mais de 43 processos e 6 inquéritos que pesam contra ele desde improbidade administrativa, crime contra a honra, corrupção passiva, peculato à lavagem de dinheiro. É um verdadeiro profissional na arte mágica de fazer como coisas desaparecidas do nada! Mas, só dos outros!

Há também os “malabaristas” que se revelam hábeis e espertos, para controlar e manipular fala e situações difíceis e adversas sem deixar cair totalmente a máscara, sem expor a distância e como narrativas imbecis. Estes fazem par com os “contorcionistas” também capazes de assumir posturas, 'caras e bocas' antinaturais, irracionais, insanas. Torcem os fatos e verdades com uma facilidade de mentir e enganar 'nunca vista na história deste País'. Chega dá nojo, asco.

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