7 curiosidades sobre o álbum Highway 61 Revisited
10
0

7 curiosidades sobre o álbum Highway 61 Revisited

Eis 7 curiosidades sobre o álbum Highway 61 Revisited, que hoje completa 56 anos.

Gab Piumbato
2 min
10
0

Eis 7 curiosidades sobre o álbum Highway 61 Revisited, que hoje completa 56 anos.

1) Bob Dylan pensava em se aposentar antes de compor este disco. Sim, por incrível que pareça, o herói folk estava cansado de interpretar canções que já não lhe diziam nada. Por isso, ele escreveu "Like a Rolling Stone", simplesmente a maior canção da história do rock. 

2) Ao ouvir "Like a Rolling Stone" no rádio com a sua mãe, o adolescente Bruce Springsteen, então com 15 anos, teve a sua vida transformada: "aquele tiro na caixa da bateria no segundo inicial da canção soou como se alguém tivesse aberto a porta da minha mente".

3) Em 2015, o bootleg Cutting Edge trouxe as gravações completas do período 1965-66. O terceiro disco tem 65 minutos e 21 segundos de todas as tentativas, takes e remakes de "Like a Rolling Stone".

Ao fundo, Bob Neuwirth. Não é uma jaqueta, mas uma camisa colorida. 
Ao fundo, Bob Neuwirth. Não é uma jaqueta, mas uma camisa colorida. 

4) O crítico e professor Greil Marcus escreveu um livro inteiro sobre esta canção, chamado..."Like a Rolling Stone: Bob Dylan at the Crossroads" (editado no Brasil pela Cia das Letras).

5) Bernardo Bertolucci usou "Queen Jane Aproximately" em seu clássico The Dreamers (2003). Ao lado de "Handy Dandy", de Under The Red Sky (1991), é a canção cujo teclado animado mais se aproxima de "Like a Rolling Stone". As três têm a participação de Al Kooper, guitarrista que sentou na banqueta do piano porque queria participar da gravação do álbum mas não queria competir com Mike Bloomfield.

6) "Desolation Row" fecha o disco, com seus 11 minutos e 21 segundos. Nenhum livro ainda foi escrito sobre ela, embora abundem as interpretações. Na minha discografia comentada, escrevi: 

Difícil resumir uma canção de 11min que reúne poetas como Pound e Eliot, figuras como Ofélia e Robin Hood, além da Cinderela e do Corcunda de Notre-Dame. Se esta for uma canção sobre relacionamentos, a estrofe final é puro Dylan, no que ele tem de melhor: sarcasmo e crueldade.

Curiosamente, este ano, Mick Jagger também demonstrou percepção semelhante, ao afirmar: 

It’s actually a really lovely song, which shouldn’t work with the imagery but does. You can listen to it all the time and still get something wonderful and new from it.

7) Bob Dylan recrutou o auxílio de Eric Clapton, 20 anos na época, para participar de uma gravação em Londres. Entretanto, Clapton tocava mais blues do que country. Ao voltar para os EUA, Dylan decidiu chamar o melhor guitarrista para o seu som revolucionário: Mike Bloomfield. Ele é o responsável pelos riffs quentes e rascantes que dão o tom urgente deste disco. Ouça aqui "Tombstone Blues":

---

Você pode me seguir no twitter.

Para comprar a melhor discografia comentada em português de Bob Dylan, clique aqui.

Não se esqueça de se inscrever na newsletter. Basta clicar no primeiro ícone que está a sua esquerda para receber as próximas edições diretamente no seu email.