Reflexões sobre dinheiro e felicidade...
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Reflexões sobre dinheiro e felicidade...

Reflexões sobre felicidade e dinheiro, se você acredita que dinheiro não traz felicidade. Te apresento motivos diferentes!

Victor Maia
3 min
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95 mil dólares por ano.

Este é o valor ideal para ter "satisfação máxima com a vida", de acordo com a pesquisa feita pela Gallup com dados de 1,7 milhões de pessoas.

A sugestão é que, quanto maior a remuneração maior a satisfação em viver.

Agora, mais importante que saber "o valor mínimo da felicidade", é saber que por um determinado valor, a felicidade se esvai. Depois do limite, quanto maior os ganhos, menor o grau de felicidade.

É o que a economia chama de Lei de Rendimentos Decrescentes, ou seja, o entendimento de que tudo tem um limite para ser bom. Nesse caso a relação entre dinheiro e felicidade.

Por isso, suspeita-se que com entre 30 e 40 mil reais (disclaimer: esses valores flutuam devido ao dólar) por mês você atinge o grau máximo de realização e felicidade com os ganhos, entretanto há o que os cientistas chamam de "bem estar emocional" que acontece antes da satisfação máxima, este estágio é atingido entre 60 mil e 75 mil dólares por ano, ou seja um pouco mais de 25 mil reais por mês.

A pesquisa ainda calcula a peculiaridade da região que moramos, e sugere que, em países da América Latina é possível atingir um nível intenso de felicidade com 35 mil dólares por ano, isto daria 15 mil reais mensais.

Somos mamíferos e - facilmente influenciados - tentamos sempre nos comparar aos outros, por tanto se desconstruirmos o que é felicidade pode concluir que dinheiro nos traz felicidade por dois motivos:

  1. Para pagar pelas atividades que nos estimulam a secretar neurotransmissores responsáveis pela sensação de prazer intenso;
  2. Termos um referencial comparativo social que nos permita ter uma estrutura para que possamos viver bem em relação ao que percebemos ser bem pelo bolha em que habitamos.

Esta pesquisa é importante, pois quebra alguns paradigmas e desmistifica diversas visões sobre a relação dinheiro e felicidade, um tabu criado pela sociedade em que vivemos que demoniza o dinheiro e o coloca como vilão do bem estar.

Bem, cientificamente falando, é o inverso. Não caia nessa falácia coletivista!

Outro ponto importante é que o dinheiro sozinho não é o suficiente, tanto que a própria pesquisa mostra que acima do valor médio sugerido para se ter satisfação intensa, começam a brotar problemas causados pelo excesso de dinheiro, seja com relações familiares e de amizade, ou pela preocupação constante da manutenção do padrão alto de vida.

A grande lição aqui é desconstruir crenças sobre o dinheiro - aquelas que colocaram na sua cabeça sem você nem ter percebido - e criar um plano de ação para alcançar ganhos financeiros que nos ajudarão sentir um bem estar continuo. 

O foco precisa ser em ganhar mais e não gastar menos. Obviamente, casando os dois e sendo mais intencional nas coisas que consome te levará muito mais longe.

Não seja como aqueles que tanto há por aí, trabalham com coisas que não gostam e não querem, em troca de um contra-cheque no final do mês. Não seja escravo do dinheiro, faça ele trabalhar por você.

E você, ainda acha que dinheiro não traz felicidade?

Recomendo a excelente leitura da obra O Livro da Felicidade de Joan Chittister.