As notícias políticas mais importantes (25/05/2022)

Sem João Doria e com Simone Tebet no páreo, Bolsonaro teme perder votos na corrida pelo Palácio do Planalto, além de ver seu candidato ao governo de SP ter votos subtraídos pelo concorrente do PSDB. Fica esperto, Bolsonaro. Hora de 7 curtinhas na minha Pingback.

1 - Ruim com João Doria, pior sem ele. A saída do nome do PSDB da corrida pelo Palácio do Planalto fortalece a candidatura de Simone Tebet, do MDB. E Jair Bolsonaro teme mais a ela do que a ele. Tebet pode roubar votos do eleitorado feminino conservador. Fora isso, a senadora do Mato Grosso do Sul tem como base eleitoral o centro-oeste, onde Bolsonaro, por ora, domina. Para piorar, empresários influentes estão do lado dela. Se a 3ª via crescer, será em cima dos votos do presidente, e Bolsonaro morre de medo de Simone crescer nas pesquisas por mais improvável que seja. Tanto que ventilou até mesmo Michel Temer como nome da 3ª via, qualquer um menos ela.

2 - E se com a saída de João Doria, o candidato do PSDB ao governo de SP, Rodrigo Garcia, enfim decolar nas pesquisas? Será tomando votos de Tarcísio de Freitas (Republicanos), o candidato do Bolsonaro. Volta, Doria, gritarão os minions em breve? Vale registrar que ao abrir mão da disputa sem levar para a justiça, Doria ganhou uma sobrevida na política, ganhou moral. Só não sabe mais se quer seguir nela.

3 - A cúpula do MDB e Cidadania estão fechados com Simone Tebet. Falta o PSDB, ou seja, falta Aécio Neves parar de sabotar a Tebet para não implodir a 3ª via de vez. Será que Aécio quer mesmo levar sua turminha para o lado do Bolsonaro? Bruno Araujo, presidente do PSDB, diz que sim.

4 - Augusto Aras é o Procurador-Geral escolhido a dedo por Bolsonaro para livrá-lo de processos. Até agora cumpriu à risca esse papel. Nunca teve o respeito dos colegas procuradores e tampouco parece respeitá-los. Ontem, quase partiu para cima de um deles em plena sessão do MPF. A cena lamentável é o retrato de um homem sem comando, sem moral, sem controle. Alguém que tem perdido espaço na procuradoria e que vê sua imagem se perder ao se comportar como um brigão. Ainda bem que não carregou uma arma para dentro de lá como fizera o ex-procurador-geral Rodrigo Janto ao entrar armado no STF com o plano de atirar em Gilmar Mendes.

5 - Quem mandou se meter na política. Agora aguenta. Deputados do PT querem colar a imagem de Sergio Moro a ilegalidades na lava-jato. Para isso, nada melhor que uma ação popular proposta por deputados graúdos para responsabilizá-lo por supostos prejuízos econômicos à Petrobras. Um dos deputados é Rui Falcão, comandante da campanha do Lula. O ex-presidente viu sua condenação ser anulada pelo STF e agora quer que o ex-juiz se tone um condenado. Servirá de munição política na campanha eleitoral petista que espalhará que o ex-juiz e ex-candidato agora é réu.

6 - Sem nada de bom para fazerem pela educação, deputados debatem mensalidade em universidade pública. Os que defendem dizem que somente uma minoria é pobre, então o restante deveria ajudar a financiar a universidade. Isso trará igualdade de oportunidades ou abrirá uma disputa desnecessária entre os próprios alunos? É um passo para depois privatizar o ensino publico universitário? Muita gente sem famílias endinheiradas entra, sim, nas universidades. E nada impede que os mais ricos possam doar sem que se tenha que criar categorias diferentes de estudantes.

7 - Para seguir sua estratégia de pão e circo, Bolsonaro recorreu da decisão do ministro do Supremo, Dias Toffoli, em ação sobre abuso de autoridade movido contra Alexandre de Moraes. Toffoli mandou arquivar por falta mínima de indícios. Mas Bolsonaro quer mais holofote em sua sanha de atacar o STF e depois posar de vitima da justiça. Não dará em nada recorrer do arquivamento, puro teatro político.