Os estranhos acidentes de avião
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Os estranhos acidentes de avião

Eu sempre tive muito medo de andar de avião. Porém, todos dizem que é o segundo meio de transporte mais seguro que existe, atrás apenas do elevador.

Gustavo Peres
2 min
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Eu sempre tive muito medo de andar de avião. Porém, todos dizem que é o segundo meio de transporte mais seguro que existe, atrás apenas do elevador.

Qual a chance de um avião cair? O que os números nos indicam? 

Segundo a FlightRadar24, um site que disponibiliza os voos por todo mundo em tempo real, o site monitora mais de 180.000 voos em tempo real, de mais de 1.200 linhas aéreas e mais de 4.000 aeroportos no mundo todo. (https://www.flightradar24.com/).

Em 2015, 68 acidentes foram registrados e apenas 4 resultaram em fatalidades, acumulando 136 vítimas. (https://www.bbc.com/portuguese/internacional-38176381).

Bom, pesquisando mais a fundo, podemos observar que as chances de um avião sofrer um acidente é aproximadamente de 1 em 1 milhão. Segundo a BBC, casos com resultantes em mortes têm uma chance ainda menor: 1 em 40 milhões.

Quando um acidente de avião acontece, as autoridades locais e a comunidade internacional se comovem de maneira a investigar as possíveis causas, e com a conclusão, desenvolver melhorias na engenharia dos aviões, nos processos de treinamento dos pilotos, na parte judicial (achar um possível responsável) e melhorias nos processos que envolvem um voo.

E quando um acidente de um jato particular mata uma pessoa de grande importância? Um líder, um grande cientista ou um político? É uma probabilidade muito pequena, não?

Em 2014, morria Eduardo Campos, candidato à presidência da República, em um acidente aéreo enquanto viajava em seu jato particular.

Contextualizando: Eduardo Campos (PSB) aparecia nas pesquisas de intenção de votos, na época, em terceiro lugar. Os candidatos que disputavam o primeiro e segundo lugar eram Dilma Roussef (PT) e Aécio Neves (PSDB). 

Segundo alguns autores, PT e PSDB sempre aplicaram a "Tática das Tesouras", criando um cenário político de dualismo, de divisão de opiniões em extremos opostos, e no final das contas, um ajudava o outro, concedendo ministérios, cargos e mantendo o falso cenário de "inimigos políticos", dessa forma dividindo o poder entre PT e PSDB, como numa versão moderna da "República do Café com Leite".

As chances de um acidente aéreo são pequenas; As chances de um acidente aéreo ser fatal são ainda menores; E o resultado do acidente que matou Eduardo Campos foi um "vácuo" político no lugar de uma possível terceira opção para aqueles que por qualquer motivo não quisessem dançar a música do dualismo PT/PSDB.

Coincidência? Talvez sim. Talvez não.

Mais um acidente fatal curiosamente acontece. Dessa vez em 2017, e em circunstâncias similares: Um personagem de grande relevância no cenário político morre enquanto viajava em um avião de pequeno porte, um Hawkerbeechcraft King Air C90. 

O personagem da vez era Teori Zavascki, na época, relator da Lava-Jato, ministro do STF. A operação Lava-Jato investigava esquemas de corrupção, que envolviam de fato, políticos de diversos partidos, e é claro, isso incluía PT e PSDB. Não foi à toa que essa operação acabou resultando na prisão de Lula.

Não suficientemente estranho o caso, o MPF pediu, em Janeiro de 2019, o arquivamento do inquérito que investigava o acidente que matou Teori, aberto até por conta de suspeitas de envenenamento do piloto e sabotagem.

Até quando aceitaremos essas coincidências "milagrosas"? Até quando fecharemos os olhos para o fato de essas coincidências terem como resultado prático, o benefício ou possível benefício de terceiros, igualmente ou até mais poderosos?

Vamos nos questionar mais.

No jogo do poder, infelizmente para alguns, vale tudo.

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Até mais.

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