Porque algumas doenças não têm cura
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Porque algumas doenças não têm cura

Por quê? Eis aqui minha opinião.

Gustavo Peres
6 min
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Por quê? Eis aqui minha opinião.

Você com certeza já reparou que algumas doenças não têm cura, e exigem que o portador utilize medicamentos controlados por toda sua vida.

Temos vários exemplos de doenças crônicas (doença crônica = sem cura) tratáveis e algumas até sem tratamento adequado disponível, neste caso, doenças raras.

Já se perguntou: Por quê algumas doenças não têm cura? Por quê algumas têm tratamento apesar de não terem cura? E por quê algumas nem tratamento têm?

Como funciona o desenvolvimento de um tratamento ou medicamento: pesquisadores, seja de universidades ou de laboratórios particulares resolvem estudar uma doença, por exemplo a diabetes tipo 1. Eles então fazem vários testes,  começando por ensaios enzimáticos, ensaios in vitro, e então passam a utilizar cobaias (maioria das vezes camundongos, por similaridade fisiológica, facilidade de manejar, facilidade de reprodução e manutenção e eutanásia para estudos de tecido etc.). Quando uma substância se apresenta promissora, esses pesquisadores avançam nos estudos, passando de cobaias a seres humanos. Este processo todo pode demorar décadas, mas no final das contas, se obtiverem êxito, esses pesquisadores terão salvado milhares de pessoas. Isso é o que uma mente ingênua pensaria.

Claro que um medicamento que melhore um tratamento de uma doença ou até proporcione um tratamento para uma doença antes completamente desamparada de fato ajuda as pessoas doentes. Porém, o fator financeiro é o que conta mais. Pode ser até que para quem pesquisa, o fator financeiro não seja o mais importante, mas vejamos a cadeia de interesses que envolve todo o processo:

Pesquisadores e seus patrocinadores (governo, agências de fomento à pesquisa, particulares); Indústria farmacêutica (produtores dos medicamentos); Comércio de ponta de cadeia (de maneira geral, farmácias).

Pensemos o seguinte: um diabético tipo 1 necessita, diariamente, de: Doses de insulina (a quantidade varia de acordo com a pessoa, estilo de vida e outros fatores. Porém neste caso, de qualquer forma a pessoa precisará de no mínimo uma dose diária); Fitas ou outro tipo de material para medição de glicose no sangue; Agulhas para aplicação da insulina; Glicosímetro. 

Uma caneta de insulina da Lilly (laboratório) possui 300 unidades de insulina, e custa nas farmácias cerca de 42 reais (esse preço varia de 35 a 50 reais); Uma embalagem de fitas para glicosímetro custa cerca de 100 reais, contendo 100 fitas (cada fita é utilizada uma vez e então descartada). 

Vamos calcular em média, que um diabético de tipo 1 utiliza 3 fitas por dia (necessárias para o controle da glicemia **nível de açúcar no sangue**, para assim saber a dosagem a utilizar de insulina). Em 1 mês ele terá utilizado cerca de 100 fitas (3 x 30 = 90, porém esse número pode variar para mais ou para menos). 

No mundo, segundo a OMS, (estimativa de 2014) existem cerca de 422 milhões de diabéticos (isso inclui os diabéticos de tipo 2, que utilizam medicamentos diários, porém de via oral e eventualmente insulina injetável, dependendo do quadro).

Vamos pensar: a quantidade de dinheiro envolvido em apenas UMA doença crônica deve ser estrondosa. Quantidade tão grande, que se deixada de circular por conta de uma cura descoberta, causaria danos à essa indústria e a todos os envolvidos em suas cadeias (produção, comércio, recursos, matérias primas). Quem sustenta os laboratórios que fazem tais pesquisas? A própria indústria. 

Estaria a indústria farmacêutica, poderosíssima, disposta a libertar os escravos de seus medicamentos a troco de lhes conceder uma cura? Pensemos: "indústria farmacêutica". O próprio nome já nos dá uma evidência do seu propósito. Lucro.

O câncer exige tratamentos agressivos, como químio e rádioterapias. Estariam os fornecedores dos medicamentos (químio) e dos aparelhos hospitalares (rádio) dispostos a abrir mão de seus lucros e de sua indústria? Fica a reflexão.

Vale lembrar: Mesmo que governos paguem por tratamentos (ou seja, o custo do tratamento não caia diretamente no colo do cidadão) a indústria continua a lucrar, pois são eles mesmos os produtores.

Uma evidência de que o objetivo é apenas o lucro e de que curas não existem exclusivamente para dar continuidade a esse processo maligno:

**Alerta de spoiler** (tudo bem que não é um filme novo, porém, se você quiser assistir sem spoiler, pule o próximo parágrafo).

"Um Homem Entre Gigantes" (título original: "Concussion" em inglês, que significa "concussão", **concussão = sintomas neurológicos sem lesão aparente**) é um filme protagonizado por Will Smith. O filme conta a história de um médico neuropatologista. No filme, a personagem investiga casos de Encefalopatia Traumática Crônica, doença causada por repetidos choques na cabeça. Ele percebe que isso acontece por conta do futebol americano, uma vez que as pessoas acometidas por esse mal são majoritariamente jogadores e ex-jogadores de futebol americano. Logo ele descobre isso, tenta dizer ao mundo: "Ei, o futebol americano está causando ETC. Aquele rapaz ficou maluco e se matou por conta da ETC!" (de fato, alguns jogadores acometidos pela doença se mataram ou cometeram crimes de violência por conta dos danos causados em seus cérebros). Porém, isso impactaria a indústria milionária do futebol americano. Aí entram os gigantes: Os poderosos que lucram com o jogo. Estes tentam impedir o médico de falar sobre o assunto, tentam de tudo para calá-lo. Mesmo sabendo que o futebol americano pode causar a ETC, esses "gigantes" preferiram tentar manter em segredo, negando ao público o direito de saber e sendo assim, decidir praticar ou não o esporte. Pagar ou não pra assistir aos jogos. Apoiar ou não seus times. De maneira geral, decidirem fazer parte daquilo indiretamente ou não. Tudo em nome da opulência e da ganância.

O interessante é que esse filme é baseado em fatos.

Outro filme excelente que mostra o desinteresse da indústria e nos mostra o quanto tratamentos são negligenciados, é: "O Óleo de Lorenzo" (Título original: "Lorenzo's Oil"). No filme, um pai vê seu filho acometido pela fenilcetonúria, uma doença progressiva que danifica o cérebro, incapacitando o indivíduo em estágios avançados. O protagonista descobre que a doença não tem cura, porém ele não se conforma. Ele busca por si mesmo as respostas que procura e no final das contas ele encontra uma cura. Porém, no caso de seu filho (Lorenzo), a doença já havia feito estrago. A falta de cura pra essa doença, seria interesse da indústria em vender paliativos? Um homem sozinho descobriu a cura que esse tempo todo passou despercebida por toda a comunidade pesquisadora? Acho, no mínimo, estranho.

Ah, esse filme também é baseado em fatos. Você pode até ver uma foto do Lorenzo e de seu pai na internet.

A questão é, meus amigos: Deveríamos pressionar mais a indústria? Deveríamos expor mais isso? Não parece muita coincidência doenças não terem cura AO PASSO QUE rendem lucros bilionários à indústria?

Se você não acredita que a maldade humana pode chegar a esse ponto, vejamos a atual situação do mundo: Covid-19. No Brasil, denúncias de hospitais de campanha vazios; Superfaturamento; Políticos e grupos usando mortes e o vírus como palanque; China lucrando às custas das vítimas de TODO o mundo. 

Preocupados com o mundo? Não vi nem sequer uma doação de respirador, máscara ou vacina. E mais: vacinas produzidas em 6 meses sendo aplicadas. Isso já elimina o argumento de que "curas demoram pra aparecer pois muitos testes são necessários. Demanda muito tempo". "Ah, mas a covid mata, logo nós precisamos de vacinas, mesmo que estas tenham sido feitas em um prazo tão curto, afinal, é uma emergência". Vejamos quantas pessoas morrem de doenças crônicas e então pensemos sobre este argumento.

Infelizmente, amigos, a saúde e a vida é tratada apenas como recurso financeiro por aqueles que da doença se aproveitam. 

Reflitam, pensem e repensem. Devemos questionar tudo e todos e como o pai do Lorenzo (o do filme) talvez devamos buscar por nós mesmos as respostas em vez de acreditar naqueles que se beneficiam com nossa desgraça. 

Dinheiro é bom e necessário, mas creio que não valha mais que a vida. Ele é um instrumento, apenas. - "Maus não são os sistemas. São os humanos. E humanos existirão dentro de qualquer sistema".

Will Smith em "<i>Um Homem Entre Gigantes</i>".
Will Smith em "Um Homem Entre Gigantes".