Isolados além das conexões.
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Isolados além das conexões.

Em tempos onde temos a possibilidade de contatar quem desejamos a qualquer momento, temos ainda, uma extrema dificuldade em nos conectar…

Gustavo Guedes Araújo
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Photo by Warren Wong on Unsplash

Em tempos onde temos a possibilidade de contatar quem desejamos a qualquer momento, temos ainda, uma extrema dificuldade em nos conectar socialmente, e assim, nos sentimos totalmente isolados, talvez a pandemia tenha feito com que todos nós tenhamos percebido que tudo que temos em um dado momento, somos apenas nós mesmos, e não estamos nada acostumados com isso.

Defendo a tese de que o principal inimigo que temos, somos nós mesmos e a nossa própria mente. Somos nós que criamos nossos medos (claro, baseados em traumas e informações prévias que temos), somos nós que criamos uma zona de conforto e também somos nós que traçamos objetivos irreais para as nossas vidas.

Lidar com o fato de que nenhuma outra pessoa pode entender o que você sente, pode ser uma das coisas mais difíceis que os seres humanos passam nos dias atuais, mas acredito que, a partir do momento que você passa a se conhecer e busca uma paz interior, sem que necessite de outro alguém, você se sente bem, de uma maneira que nunca pudesse imaginar.

Esse foi o ano em que mais me interessei por mim mesmo, conheci músicas, séries, filmes e livros novos, passei a dar uma oportunidade para mim, passei a escrever por prazer e não por obrigação, passei a ouvir mais e falar menos, passei a ter fé na pessoa que sou e na pessoa que posso me tornar, e por fim, finalmente entendi o porquê de só ser possível amar ao próximo, caso você ame a si mesmo.

Passei grande parte da minha vida acreditando que eu me odiava, que eu era uma pessoa incapaz e minha auto-estima só afundava mais em um poço sem fim, mas graças à uma boa dose de meditação, de música e de amor, hoje acredito que estou no caminho certo para a felicidade. Não digo a felicidade como algo permanente, mas a aceitação de que eu posso ser melhor e ter uma vida melhor.

Para finalizar, citarei um trecho cujo não sei o criador, mas levo como uma lição de vida:

Eu aprendi a aceitar o sentimento de não saber para aonde estou indo. E me treinei para amar isso. Porque somente quando estamos no ar, sem ver nenhum lugar para aterrissar, que forçamos nossas asas a se libertar e começar nosso voo. E quando voamos, nós talvez ainda não saibamos onde estamos indo. Mas o milagre de soltar nossas asas já está feito. Você pode não saber aonde está indo, mas você sabe que enquanto você estiver voando, os ventos vão te carregar.

By Gustavo Guedes Araújo on December 18, 2020.