Era uma vez uma garota assustada que Juliana se chamava ela temia quase tudo, mas o que ela mais tinha medo era do escuro.
Era uma vez uma garota assustada que Juliana se chamava ela temia quase tudo, mas o que ela mais tinha medo era do escuro. | ||
A garota dormia em um quarto, um quarto sem abajur, lâmpada ou vela. Tudo que havia nele era apenas uma janela, onde sol podia entrar e do dia à tarde o quarto todo iluminar. | ||
Masss quando a noite chegava a lua vinha muito bem acompanhada, da terrível escuridão, e furtivamente a imaginação também entrava, pra fazer palpitar seu coração. | ||
Na janela agr o que restava era apenas a penumbra que a fraca luz da lua iluminava. "O dia certamente virá" "O dia certamente virá" ela repetia sem parar tentando se acalmar. | ||
Então deitada sobre sua cama, relaxada e quase já dormindo ela escuta algo, alguém rindo e após, uma voz, um sussurro repetindo "certamente não virá" "certamente não virá" e por fim "eu vou te pegar" | ||
Neste instante o frio que já mudo estava, mais ainda se calava, e no desespero ela busca seu único e melhor meio de anestesiar seu coração. | ||
Assim Juliana, os seus olhos fechou e em nenhum momento se quer vacilou, até msm quando o sol se levantou, com os olhos fechados continuou, pois sabia que abri-los ela seria incapaz, primeiro pela dor que sentiria e segundo pelo medo que sentia, um medo que era grande até demais... | ||
O tempo passava e quando o sol caía o inevitável acontecia, a noite vinha, mas com novas companhias; brisa gelada, nuvens pesadas e um infame pingo d'água que pela janela sempre entrava e dormir não a deixava. | ||
Noites vieram e noites se foram e a lua já cheia desta situação, a sua missão se esqueceu, e com seu perigeu iluminou com exatidão todo o quarto em questão. | ||
Nesse momento Juliana não entendia e se perguntava " o que será que aconteceu?!" " Era noite quase ainda agr e tão rápido amanheceu" "engano meu? É, com certeza, engano meu" | ||
A lua gritou e implorou "abra seus olhos Juliana, abra seus olhos "e retrucava a Juliana "não abro, não abro" "a mim vc não engana" | ||
Um dia então quando o sol clareou Juliana cansada de se acovardar tenta abrir seus olhos só pra se lembrar de como era poder enxergar. | ||
A luz queima seus olhos e cega ela fica, então ela chora ela grita, mas ali na luz ninguém se prontifica e sozinha ela sofre sem nenhuma mão amiga. | ||
Outra noite qualquer, a lua, compadecida com a pobre menina, apareceu e mais uma vez em perigeu se ofereceu como amiga, e disse "abra seus olhos Juliana, abra seus olhos" | ||
Juliana já sem esperança relutou, mas depois pensou "cá entre nós cega já estou, agr então tanto faz, fechados ou abertos eu nem me importo mais". | ||
Juliana abriu seus olhos e como um milagre, a luz do luar, curou sua cegueira após um prolongado piscar. | ||
Agr destemida e movida pela emoção de novamente poder ver, ela finalmente vai além da escuridão. | ||
Guiada pela lua ela ver tudo e mais um pouco, ela ver o mundo, um mundo novo e assim ela percebe que o seu medo na verdade era um desejo, o desejo de abraçar e ser abraçada sem no fim sair machucada. | ||