Por que grandes empresas fracassam?
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Por que grandes empresas fracassam?

O ano era 2013, quando um estrangeiro recém chegado ao Brasil, precisou por motivos legais abrir uma conta bancária. 4 meses se passaram e o problema não foi resolvido. David então juntou-se com uma brasileira e um norte-americano para fundar...

Vinícius Reis
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O ano era 2013, quando um estrangeiro recém chegado ao Brasil, precisou por motivos legais abrir uma conta bancária. 4 meses se passaram e o problema não foi resolvido. David então juntou-se com uma brasileira e um norte-americano para fundar o Nubank, seu próprio banco digital. 9 anos se passaram, e o Nubank foi considerado o banco mais valioso da América Latina (Dez/2021).

Há um tempo atrás parei para refletir, por que empresas como Nubank, não nasceram no dentro de um grande banco, por que empresas como a Pier, não nasceram dentro de uma seguradora? Eles tem conhecimento, dinheiro e o mercado, o que falta?

Voltando mais atrás temos o caso emblemático da Blockbuster, por que ela não seguiu o caminho da Netflix? Ou até mesmo do Yahoo!, o maior portal de internet do mundo em 2005 e tantas outras empresas. Por que não conseguiram acompanhar?  Eles tem conhecimento, dinheiro e o mercado, o que faltava?

A minha reflexão foi: “Por que as grandes empresas fracassam?”

As grandes empresas tem noção do potencial de disrupção do seu mercado, segundo a Accenture 63% das empresas estão enfretando altos níveis de disrupção.

A própria Accenture fez uma matriz que elenca os 4 aspectos do processo de disrupção nas empresas. A Accenture usou o índice para posicionar empresas de 20 setores diferentes, além de 98 subsegmentos em quatro aspectos do processo de disrupção:

Certo, mesmo sabendo o que precisa ser feito, a pergunta continua, por que as grandes empresas fracassam?

Segundo Christensen, existe um caminho natural que as empresas percorrem:

1. Grandes empresas focam em melhorar seus produtos para seus clientes mais demandantes, ocasionando excesso de oferta para determinados segmentos e ausência para outros.

2. Novos entrantes focam segmentos desatendidos oferecendo soluções mais convenientes e acessíveis.

3. Grandes empresas buscando maior rentabilidade tendem a não responder a tais ameaças.

4. Novos entrantes começam a mover mercado acima entregando performance que os consumidores mainstream requerem e mantendo suas vantagens

5. Quando os consumidores mainstream começam a adotar a solução do novo entrante em escala, a disrupção acontece.

O Nubank é um case perfeito para mostrar esse processo. Ele inicia oferecendo solução aos clientes que eram desatendidos pelos grandes bancos, oferecendo um cartão de crédito acessível. Nesse momento os grandes players bancários não encaram o Nubank como uma ameaça e decidem não responder a uma possível ameaça (Aqui o momento que muda a história das empresas).  

O Nubank ainda na minha visão está na 4º etapa da teoria, será que veremos os grandes bancos fracassarem?