Rogério Ceni não tem a cara do Flamengo. Ídolo do São Paulo e de instantânea identificação com o Fortaleza, o ex-goleiro e atual treinador ainda não conquistou os corações rubro-negros. Esta taça que parece estar longe, ao contrário das quatr...
Rogério Ceni não tem a cara do Flamengo. Ídolo do São Paulo e de instantânea identificação com o Fortaleza, o ex-goleiro e atual treinador ainda não conquistou os corações rubro-negros. Esta taça que parece estar longe, ao contrário das quatro que já levantou pelo time do Rio de Janeiro: Brasileiro, Supercopa, Taça Guanabara e Carioca. É como se Ceni já tivesse chegado à Gávea com Aviso Prévio dado pelos torcedores. | ||
Mesmo com as conquistas, Rogério sofre com a sombra da histórica passagem do português Jorge Jesus pelo Mengo. Renato Gaúcho é outro nome que sempre surge a cada tropeço do Flamengo. Com quatro passagens como jogador pelo clube, o próprio Renato admite seu desejo de um dia ser técnico do Flamengo. | ||
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Para quem viveu uma carreira de idolatria e foi acolhido no primeiro trabalho fora do Morumbi, já fora das quatro linhas, Ceni não consegue esconder o incômodo de quem ainda carece de identificação com a nova casa. Na área técnica alterna jogos com trajes esportivos, camisa básica, boné, uniforme do clube, roupa social e até blazer. Nenhum desses refletiu aproximação ao flamenguismo. Nas entrevistas coletivas, o tom defensivo é notório. | ||
As críticas superam o placar. Elas vêm nas poucas derrotas, nos empates e até nas vitórias. Gols tomados, gols não marcados, escalações. Qualquer deslize vira lenha para a fogueira das pranchetas de parte da torcida rubro-negra. Ainda que continue levantando troféus, a passagem de Rogério Ceni pelo Flamengo não se avista duradoura. No que depender da simpatia dos torcedores, a eficiência do RH do clube será entrará para a história como o primeiro departamento que produziu o Aviso Prévio antes mesmo que a carta de admissão. Em tempos de jogos sem público, só vai ficar faltando a famosa vaia da galera. |