De repente tudo muda

A noite de 06/11/21 foi bem triste para milhares de pessoas no país. A perda de Marília Mendonça surpreendeu, e até esse exato momento, no dia seguinte do ocorrido, ainda parece inacreditável.

Cantora, jovem de 26 anos, com carreira brilhante pela frente, vivendo o auge. Estaria em turnê pelo país. Venceu preconceitos por conta do peso, passou por cima do machismo no meio sertanejo. 

Nas músicas escrevia sobre relacionamento, “sofrencia raiz”, tipo de letra que qualquer pessoa se identifica, a vida amorosa que machuca muitas pessoas. Impossível não gostar.

A causa da morte foi uma queda de avião. Que precisa sim ser averiguado, porque há muitos problemas em aeronaves envolvendo artistas, não é surpresa. 

Este que escreve morre de medo de todo tipo de aeronave de pequeno porte. Tem lá um conforto, poder viajar em paz, algo mais reservado, sem ser no meio da galera. Mas prefiro os voos normal, com gente que nunca vi na vida por perto.

Pelo impacto do acontecimento, se imagina que só Marília partiu, não! O piloto, copiloto, produtor, tio/assessor, também se foram. E esses guerreiros devem ser lembrados. 

E no meio dessa fatalidade, profissionais de comunicação, que respiram a profissão, falharam nas palavras em relação a Marília. Até então teve colunista descrevendo aparência e peso da cantora, outro debatendo em quem ela votava, e uma jornalista relacionando a morte a COVID-19. Mais respeito, por favor!

A dor da perda é inexplicável. Ainda mais quando é num instante, sem ser em situação que o fim parece próximo, quando alguém já está no estado crítico e só depende de um milagre.

Muitas situações não são para entender mesmo, como todo esse acontecimento. Poderia acontecer um milagre divino e tudo passar, mas Deus sabe de todas as coisas. 

E talvez, Marília tenha cumprido seu propósito na terra. Aconselhando mulheres sobre amor, os homens. Tão nova poderia muito mais, é verdade, mas…

Descansem em paz, Marília Mendonça e todos que estavam na aeronave.

Ass, Jonathan Lucas