Espanha, cliente-máquina e decisões
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Espanha, cliente-máquina e decisões

Aconteceu! 

Amanda Zeni Beinotti
5 min
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Aconteceu! 

A mudança que comentei com vocês nos últimos textos era uma mudança de país. 

Há 7 anos voltei do intercâmbio nas Ilhas Canárias com um único desejo: morar na Espanha de novo. Todos que me perguntavam qual era o meu maior sonho, essa era a resposta. Eu não sei explicar exatamente os motivos disso, mas tenho alguns palpites. Sempre existiu algo que me chamou de volta para esse país. 

Aqui estou agora. Há quase 3 semanas. 

Vim fazer uma pós-graduação em Transformação Digital. Inovação e tecnologia sempre me encantaram e quando percebi que poderia aplicá-las ao direito comecei a buscar caminhos para tanto.

Várias coincidência - ou coisas do destino - foram acontecendo para que eu vivesse o que estou vivendo agora. Conversas, lugares inesperados... enfim, resumindo conheci essa faculdade por um amigo num jantar, totalmente sem querer, quando vim no começo do ano.  Fui visitar e saí apaixonada de lá. 

Conversei com a minha família e minha chefe, decidi seguir e comecei a organizar tudo para vir. Obviamente não conseguiria estar aqui sem o apoio da minha família. 

E uma coisa é certa: não é fácil perseguir os seus sonhos. Muita coisa fica para trás. Mas, muitas coisas boas também chegam.

Vim para aprender, para viver uma experiência diferente e para vitaminar o meu currículo.

A fase já não é mais aquela do intercâmbio do colegial ou da faculdade, de curtição, viagens e loucuras. Já passamos da primeira marcha, minha carreira já começou há um tempo. Tudo que eu fizer neste momento reflete diretamente nela. 

Vou viajar, curtir e sair, mas agora minha cabeça já está mais nos trilhos. 

Espero poder compartilhar mais com vocês, por aqui. <3 

Falando em inovação

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Há dois pontos diferentes que quero compartilhar com vocês que estou aprendendo, para darmos um primeiro passo no tema inovação. 

01. Inovação é tecnologia?

Inovação não necessariamente é implementação de tecnologia. Venho pensando nessa conclusão desde comecei a pensar em inovação e confirmei com esses estudos. 

Não adianta aplicar tecnologia a uma estrutura na qual 01. os processos não são claros; 02. as estratégias e objetivos não são claros; e 03. as pessoas não entendem a importância disso. 

Existem estudos que demonstram que 70% dos valores investidos em projetos de transformação digital em 2018 (+ de 1.3trilhões de dólares) foram perdidos. Isso porque a estrutura em si não estava preparada para receber a solução. 

São pontos importantes: estratégia antes que nada; buscar soluções internamente, com quem domina os processos; experiência do cliente de fora para dentro; reconhecer o medo do funcionário de ser substituído e trabalhar isso; e cultura de startups para dentro (aqui tanto do Day 1 da Amazon, quanto perder o medo de errar * um asterisco muito grande, pois não falo de erros dentro de processos judiciais/consultoria).

A mínima melhora de processo pode ser considerada uma inovação. Não precisamos inserir um software caríssimo no processo. A tecnologia não cria valor. É a mudança que cria (de modelo de negócio, de processo, de produto...)

02. Os consumidores serão máquinas?

Atualmente podemos já falar em consumidores-máquina. Como assim?

Sua Alexa ou um sistema da Amazon ou do iFood pode deixar suas compras programadas. Nesse momento, quem escolhe o produto e quando comprar é você. 

Em alguns anos, os produtos passarão a ser sensorizados e conectados com os nossos gadgets (celular, alexa, siri, smart watch, robô que limpa etc.) e eles passarão a não só comprar os produtos, como sugerir outros de acordo com os nossos hábitos e caracterísicas próprias. 

Ex. hoje no seu app da Amazon consta como sugestão aquele creme que você já comprou uma fez e, com um clique, você consegue comprar novamente. Daqui um tempo, a Amazon/Apple, que terá os seus dados de saúde, pele, exercícios, compra de mercado etc. poderá sugerir que para a sua pele e estilo de vida o outro creme é melhor.

Neste momento, já não estudaremos a experiência do cliente-pessoa, mas do cliente-máquina. Como vou provar para a máquina (Amazon/Apple) que o meu produto é o melhor? Como será a publicidade? Será o menor preço? Ou quem paga mais? Quem fará o ranking? Enfim... mil perguntas para começarmos a pensar. Deixo um artigo para quem se interessar sobre o tema. 

Píluas da reflexão

04/10/2022
04/10/2022

Quando passei pelo controle de passaportes, mesmo chorando como uma criança e com o coração apertado por deixar para trás minha mãe e minha avó, senti paz. Foi a primeira decisão que tomei por mim mesma. Todas as mudanças que tive até hoje foram por ou influenciadas por motivos externos. 

Confio que qualquer coisa que acontecer aqui, boas ou ruins, serão para aprender. E não poderei culpar ninguém por isso. It's on me! 

Ainda estou me acostumando com a casa, com trabalhar em horários diferentes e com os estudos. Preocupo-me se vou dar conta ou não, como conseguirei ter uma rotina... enfim. Sei que tudo vai se ajeitando.


🤷‍♀️ Eaí, o que achou? Esse conteúdo é para você. Precisa fazer sentido. O lema é Servir bem para servir sempre.

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Valeu e até a próxima!

Amanda Zeni Beinotti.