De todos os antigos guerlains antigos o mais difícil de entender para mim era Mitsouko. Então resolvi procurar a versão extract. O eau de toilette e eau de parfum eram sombrios demais para mim, cheiro do musgo, cheiro de floresta molhada, um ...
De todos os antigos guerlains antigos o mais difícil de entender para mim era Mitsouko. Então resolvi procurar a versão extract. O eau de toilette e eau de parfum eram sombrios demais para mim, cheiro do musgo, cheiro de floresta molhada, um cheiro austero e muito sério com o qual eu não conseguia me coectar. Mas o extract é muito diferente, quando senti fiquei emocionada. Seu aspecto é tão aveludado, quente e delicado, tão macio, que é difícil descrever. Dessa vez consegui sentir o pêssego e as notas florais de ylang ylang, jasmim, rosa e lilás. E sim o musgo de carvalho que está ali junto com as especiarias como canela, além do vetiver e do âmbar. Meu esposo quando cheirou falou: cheiro de incenso de 100 anos atrás, passado. Não há como negar ele é um perfume que já completou 100 anos, mas isso não nos impede de deixar os preconceitos de lado (dizer que é cheiro de vó) e admirá-lo, minha alegria é simplesmente colocá-lo nos pulsos e "usá-lo mais como uma joia herdada de família do que como um perfume" como nos diz Luca Turin. | ||