Finalmente chegou a hora de tirar o meu Eau Noire do armário. Há algum tempo já o tinha como parte da trilogia inicial da Collection Privée da Dior, mas não havia coragem para usá-lo. Eau Noire é uma composição do maravilhoso Francis Kurkdjia...
Finalmente chegou a hora de tirar o meu Eau Noire do armário. Há algum tempo já o tinha como parte da trilogia inicial da Collection Privée da Dior, mas não havia coragem para usá-lo. Eau Noire é uma composição do maravilhoso Francis Kurkdjian, que agora, como diretor de criação da marca, resolveu trazê-lo de volta ao seu estado original, inclusive retirando a coloração verde escura que havia sido adicionada a ele no passado. Para mim, Eau Noire abre estranho, como uma loja especiarias, cheiro de tempero de cozinha, daqueles que a gente compra em saquinhos no mercado. Pode ser por causa do tomilho e sálvia que estão nas notas de saída pela pirâmide olfativa do fragrantica. Mas o que tem de assustadora a sua abertura, tem de bela a sua secagem. Aos poucos, consigo discernir a lavanda, e sentir o calor do café, do cedro da virgínia, da immortelle e do açafrão. Cada vez ele vai ficando mais confortável e acolhedor, até nos deixar com o alcaçuz, a baunilha, a Violeta e o Couro. Ele vai se tornando calmo e aveludado, como um manto de suavidade que aquece o corpo e a alma. Um perfume que precisa ser conhecido, principalmente agora que está de volta em todo o seu esplendor. | ||