Cada vez mais nos tornamos reféns da facilidade, da agilidade e da velocidade. Além disso, as tecnologias melhoraram muitas coisas e tornaram nossa vida melhor.
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Cada vez mais nos tornamos reféns da facilidade, da agilidade e da velocidade. Além disso, as tecnologias melhoraram muitas coisas e tornaram nossa vida melhor. Porém, isso não está apenas nos deixando mais ansiosos e depressivos, mas sem vontade de dedicar tempo e esforço para tarefas básicas como interpretar um texto. | ||
Imagina, então, quando nos deparamos com uma quantidade expressiva de dados, algumas vezes sem muito sentido à primeira vista, mas que precisam da nossa plena atenção para dar sequência em um projeto ou garantir que alcancemos nossas metas? | ||
Existe um livro muito conhecido que fala e prova justamente isso: a forma como você apresenta uma informação pode influenciar diretamente no seu objetivo com aquilo. O livro Storytelling Com Dados, escrito por Cole Nussbaumer Knaflic, apresenta a importância do contexto e de "contar histórias" nessas situações. | ||
A importância do contexto | ||
A área de tecnologia como um todo é uma ótima referência na gestão de projetos, quando acontece de forma estruturada. Nada mais triste para um desenvolvedor do que criar uma nova funcionalidade sem saber de fato onde, quando e porque ela será usada pelo usuário e ter que refazer o trabalho depois de descobrir sua verdadeira utilidade. | ||
Entender o contexto da sua entrega é o primeiro passo de qualquer solução. Não adianta em nada correr para solucionar algo sem antes definir os fundamentos e validar com todos os stakeholders. Evite retrabalho, evite ficar frustrado no final do dia. | ||
Quando voltamos ao mundo dos dados fica ainda mais desafiador. Primeiro, nem sempre as pessoas entendem como será a sua entrega ou em como você vai conseguir ajudá-la. Segundo, as pessoas acabam tendo uma visão pouco aprofundada do que querem e cabe a você fazer as perguntas certas para evitar transtornos futuros. | ||
Saiba para quem irá apresentar | ||
Além de validar o contexto da análise, é crucial entender o público-alvo da apresentação. Dependendo do perfil das pessoas, a forma como os gráficos são criados e o nível de granulação dos dados fazem a diferença. | ||
Os marketeiros chamariam de "persona" ou "perfil ideal" e isso não muda em projetos de análise de dados. Acaba sendo um processo de empatia para, de fato, se colocar no lugar do usuário e criar a melhor versão na ótica dele usando a sua experiência. | ||
Filtrar por data e/ou categorias, gráfico em barra ou tabela, segmentação dos dados antes de apresentar etc. são alguns exemplos de alterações que podem impactar diretamente no melhor aproveitamento de um dashboard ou relatório. | ||
Não se prenda em ferramentas, não seja fanboy | ||
Power BI é legal. Metabase é poderoso. Data Studio funciona também. Você não precisa tatuar na pele que ama uma ferramenta de criação de dashboards, apenas entenda qual a melhor para usar em determinada situação e para determinado público. | ||
Obviamente, na prática acabamos nos especializando em algumas ferramentas específicas, mas isso não tira o mérito de conhecer outras e estar disposto a alterar de acordo com o projeto. Lembre-se que o dado é o mesmo, mas a apresentação em si e o usuário final mudam. | ||
Ajudar no entendimento dos fatos, não só jogar os dados na cara | ||
Com esses processos você deixa de lado aquela planilha bruta que ninguém entende o que significa em cada coluna, muito menos em cada linha, e começa a apresentar o fato resultante daqueles dados. | ||
Além de facilitar a leitura dos usuários, você possui um poder fundamental de interpretar anomalias ou outliers e facilitar a visualização deles ao longo da apresentação. Muitas vezes o seu público não tem experiência com estatística e você começa a entregar mais valor. |