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Em uma janela de transferências europeia em que o meio-campo foi o principal setor em valores gastos pelos clubes, o Liverpool se vê em busca do “cinco” perfeito para substituir Jordan Henderson e Fabinho. O que ficou claro na partida pela primeira rodada da Premier League, em que o recém contratado Alexis Mac Allister foi primeiro homem dos Reds. | ||
Contratado após brilhante participação na Copa do Mundo do Qatar e no campeonato inglês pelo Brighton, o argentino não fez uma partida ruim. Ele teve um uma nota de 7.4 segundo o Sofascore, tendo feito três desarmes, uma interceptação e 88% de aproveitamentos nos passes. Por mais que a atuação do camisa dez do time não tenha sido preocupante, os espaços deixados pelo sistema de meio dos Reds foi muito preocupante. | ||
Os camisas quatorze e três, Henderson e Fabinho, deixaram o clube rumo ao novo “Eldorado” do futebol mundial, na Arábia Saudita. Com isso o Liverpool partiu em busca dos volantes Moisés Caicedo e Roméo Lavia, ambos preferiram fechar contrato com o rival Chelsea. | ||
Na última quarta-feira (16), o jornalista italiano Fabrizio Romano, especialista no mercado de transferências, noticiou o acordo entre os Reds e o volante japonês Wataru Endō, de 30 anos, contratado junto ao Stuttgard. O bom atleta pode suprir a função exercida pelo volante brasileiro nas últimas temporadas, mas, ainda sim, é uma aposta do treinador Jurgen Klopp. O alemão tem o histórico positivo em apostar em atletas menos badalados e fazê-los render, porém as perdas dos meio-campistas neste caso são muito significativas. | ||
Jordan Henderson foi um símbolo de mudança com a camisa vermelha desde a saída do maior ídolo do clube, Steven Gerrard, camisa oito lendário dos Reds e do futebol inglês. Hoje treinador de Henderson no Al-Ettifaq, da Arábia Saudita. Henderson defendeu as cores as cores do time com muita disposição e liderança. Era visível como o atleta impactava na direção do time quando estava em campo. O líder é uma figura determinante para qualquer grupo de pessoas organizadas em prol de um objetivo profissional, e a dobradinha com Klopp e Henderson funcionou perfeitamente durante as oito temporadas. | ||
Henderson nunca foi um craque ou um gênio da bola, mas é um profissional dedicado e, principalmente, uma figura singular no aspecto de referência emocional para os atletas que o cercam. Virgil Van Dijk, Mohamed Salah, Alisson Becker e Trent Alexander-Arnold são grandes destaques técnicos do time, mas nenhum deles conseguiu, ainda, demonstrar que conseguem suprir o aspecto anímico da bola. | ||
O volante inglês foi à alma do clube desde a saída de seu maior ídolo, Steven Gerrard. Henderson deixará uma lacuna difícil de ser resolvida. O capitão, o xerife do elenco, o líder, aquele que pega a responsabilidade nos momentos delicados da temporada e traz soluções que tranquilizam o grupo e que decidem partidas. Foram inúmeras as vezes que Hendo foi responsável por vitórias dos Reds nas campanhas vencedoras da Champions League, em 2019, e do inédito título da Premier League, em 2020. | ||
Uma lacuna, um espaço vazio que Klopp terá que resolver nesta temporada 2023/2024. Em um ano em que o Liverpool está fora da principal competição de clubes da Europa, o treinador alemão terá oportunidade de fazer o que fez em 2015, quando chegou ao clube, e iniciar uma nova reconstrução do time, que diferente daquela época, possui material humano de extrema qualidade para preencher os espaços vagos e levar o gigante inglês as conquistas que o esperam. |