O poder do dinheiro: Brasileirão caminha para ficar entre Galo, Palmeiras e Flamengo

O Palmeiras venceu seis partidas seguidas, lidera o Campeonato Brasileiro. O Atlético Mineiro está em segundo e o Flamengo, com dois jogos a menos, seria o terceiro caso já os tivesse disputado e faturado os seis pontos. Os três times têm os maiores investimentos do futebol no país.

Nenhum deles é, hoje, um primor de jogo coletivo. Os três passam longe de costumeiramente serem equipes avassaladoras diante de seus adversários, embora contem com material humano que permite ter esse objetivo, como mostraram os rubro-negros nos 5 a 0 sobre o Bahia.

Como há algum tempo ocorre na Europa, o poder do dinheiro já se estabeleceu no futebol brasileiro e sul-americano. Não foi por acaso que nas duas últimas temporadas Flamengo e Palmeiras ganharam cinco dos seis troféus mais importantes do continente. Está muito claro o cenário.

Os dois Brasileiros mais recentes ficaram com o time carioca, além da Libertadores 2019, título dos palmeirenses em 2020 quando também levaram a Copa do Brasil, que foi para o Athletico no ano retrasado. Foi único troféu que não ficou com um dos dois endinheirados no período.

Já em 2018 o Palmeiras ganhava mais uma Série A tendo o Flamengo como vice. Essa situação vem amadurecendo nos últimos tempos e o Atlético tenta entrar na roda com a forte injeção de dinheiro de seus mecenas. Já no ano passado estava cercado de expectativa, que segue viva e crescente.

Claro que nesse contexto existem as diferenças entre os clubes, a maneira como cada um deles atingiu tais níveis de investimento, mas independentemente do caminho feito, há um fato: os três têm mais dinheiro e isso tem sido decisivo. O retrospecto recente só confirma isso.

Obviamente poderio financeiro não assegura vitórias e títulos, é preciso competência para utilizar tal vantagem sobre a maioria dos adversários formando um bom elenco e preparando-o para vencer. E aí muitos cometem erros que se repetem há muito tempo no futebol brasileiro.

A distância para a real competitividade aumenta cada vez mais em relação aqueles que possuem menos investimento. Há times como o Fortaleza que se superam, como ocorre nesse começo de campeonato. O trabalho é ótimo, mas deve esbarrar justamente na diferença de poderio econômico.

É o poder do dinheiro!