MKT Esportivo, o Brasil sabe fazer?
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MKT Esportivo, o Brasil sabe fazer?

Essa é a pergunta que não quer calar, e se você pensa que é somente placas de publicidade nos estádios / patrocinadores de camisa, placas em autódromo e marca estampada nos carros de corrida, desculpa informar, estão errados. Mas você sabe o ...

Mauro Rodrigues
7 min
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Essa é a pergunta que não quer calar, e se você pensa que é somente placas de publicidade nos estádios / patrocinadores de camisa, placas em autódromo e marca estampada nos carros de corrida, desculpa informar, estão errados. Mas você sabe o que é Marketing Esportivo?

Bom vamos lá com um resumo rápido;

O Marketing Esportivo refere-se à aplicação específica dos princípios e processos de marketing a produtos de esporte (times, ligas, eventos, etc.). É uma área de marketing que atua dentro do esporte, movimentando bilhões de todo o mundo, por algumas vezes em relação ao amor por uma nacionalidade, clube ou atleta. O marketing esportivo liga-se diretamente aos torcedores nos momentos de conquistas.

MKT Esportivo no Brasil

Segundo a USP, a indústria do esporte emprega mais de 300 mil pessoas no Brasil, movimentam R$ 25 bilhões por ano e cresce 12,34% ano. Mas em uma pesquisa  mostra que 72% em um universo de pessoas entre 22 e +30 anos, afirmaram que sabem pouco sobre o tema e sentem a necessidade de aprender mais, dentre esses 70% nunca trabalharam na área.

Desafios do MKT Esportivo 

O grande desafio do marketing esportivo é que qualquer fato pode ser executado e muito como ações de execução, mas planejamento, plano de resultados, execução e mensuração dos resultados. Abaixo vamos ver os métodos mais utilizados;

O Sócio Torcedor

Esse segmento é direcionado aos seus torcedores uma forma de se aproximar mais do seu clube, ter a identidade com clube. De modo geral, houve uma queda no período de dois anos maior de sócios torcedores de 40%, pois não houve incentivos maiores para torcedor, sem muitos atrativos(clubes em torneios, falando do futebol). E por isso muitos torcedores estão cancelando seus planos, pois a falta ao atrativo ou até mesmo a falta de títulos (falando exclusivamente do futebol, no basquete vem ocorrendo um aumento de 5%). 

Licenciamento de marca por diversificação da receita

                No Brasil “ainda” estamos estagnados em referência a licenciamento da marca, a maior parte da receita dos clubes ainda está em cima da TV, mais de 50% da receita vem dos direitos de transmissão (tv aberta/fechada/stream). Em relação a licenciamento a receita está atrasada no Brasil, pois tem faturamento mundial de R$ 70 milhões por ano (e vem aumentando exponencialmente), hoje estamos com faturamento em torno de R$ 90 milhões, e em grande parte somente com futebol. O mundo do futebol é o principal meio de mkt esportivo atualmente no mundo, ficando a frente da NFL (liga de futebol americano) que atualmente está por volta de US$ 13 bilhões por temporada. Um dos leques para ser utilizado é o merchandising, para se ter uma ideia nos EUA ele é um dos maiores players de licenciamento (envolvendo as 3 maiores ligas dos EUA, NHL,NFL,MLB), e está no topo da cadeia, mas no Brasil ainda estamos engatinhando, pois se não ocorrer uma mudança quanto antes nesse panorama, os clubes continuarão reféns da TV e serão receitas únicas, direitos de transmissão. Por isso há a necessidade de diversificar.

Dados

                Sempre é preciso ter dados consistentes para poder direcionar melhor aonde queremos chegar, certo? Pois bem, usar o big-data entender onde o seu torcedor está e usar essa ferramenta para fazer uma comunicação mais dirigida ao seu sócio torcedor. Quando fizer o cadastro, o torcedor alguns dados que usando bem e cruzando esses dados poderão aumentar a interação de torcedores em geral, entender quem é, e como pensar os torcedores e que eles querem. A utilização do ambiente digital tornou-se uma realidade, aquele clube que não entende isso está perdendo uma grande fatia do mercado de torcedores e de conseguir mais sócios torcedores, uma segunda casa do clube. Pois é nele que mais de 65% do publico utiliza para interagir e buscar mais informações. Com essa ferramenta, aumentar a interação do clube, patrocínio e público, cerca de uma parceria com patrocínio mesmo, não é ter patrocínio, sim ativar a marca e fazer o ter o DNA do clube como irmão, um exemplo é a NBB – ( Liga Nacional de Basquete) que na última temporada teve várias ações com patrocinadores (como o jogo da estrelas masculinos, os principais patrocinadores fizeram ações na semana do jogo com os torcedores), onde eles ativaram mais a sua marca e elevou o patamar do esporte no país, o que foi reservado, também foi de conhecimento dos tv aberta na web e na TV fechada, que isso foi oferecido um aumento também. Houve um aumento de 35% no faturamento dos patrocinadores da liga, e muitos deles ficaram queridos dos torcedores em geral. Em cima disso, está ocorrendo um incentivo maior para seguirem o mesmo caminho.

Monetização dos Canais Digitais

                A tendência é os meios digitais (youtube/Instagram/Facebook por exemplo) vieram para ficar, e usar este tipo de patrocínio virou realidade. Muitos clubes utilizam essa plataforma para mostrar o clube fora do jogo, como entrevistas, o jogo com outra visão, os bastidores do jogo e a torcida. Alguns clubes utilizam também para fazer movimentos com os sócios torcedores, brindes e até entrada grátis em alguns casos a jogos do clube em seu estádio. Para se ter uma ideia o maior canal online de vídeos o youtube teve mais de 1 bilhão de usuários únicos no mundo, ou seja, virou a principal ferramenta de vídeo, onde tem mais de 100 milhões de horas de vídeo incluídos, dados do Google do segundo semestre referente a 2017. Mas não é só isso, movimentar o engajamento na web é um dos motes de muitos clubes, transformar os seus perfis em rentáveis, não apenas uma plataforma de informação. Por exemplo, a empresa aérea Copa Airlines  adquiriu no início do contrato com o SPFC a cota de patrocínio digital em seu canal no youtube, e consta uma interação maior com os torcedores até chegar a sortear passagem aérea entre os torcedores. Mas tem que conta a oportunidade ainda do boom do streaming, a NBB chegou primeiro nesse nicho de mercado, com transmissão ao vivo via twitter e facebook, com programetes exclusivos em suas redes, e com transmissões pela TV aberta e fechada, com esse posicionamento mais chegando perto do seu torcedor. 

E-Sports?

                É esporte considerado “novo”, mas na verdade existe há muito tempo. O E-Sports, ou campeonatos de jogos on-line será que vai ter seu engajamento maior. As emissora de TV viu um novo mercado, por exemplo, a ESPN e Sportv tem programas sobre -esports e com transmissão ao vivo. E em pesquisa apresentada, o mercado de jogos ira crescerem mais de 30% em cinco anos no Brasil(mesmo em estaticas dizendo o contrario), isso engloba as modalidades off-line, online, app,etc. Esse mercado de jogos tem faturamento anual por volta de US$ 1 bilhão em todo o mundo. 

Conclusão

O que podemos concluir com isso tudo, que o MKT esportivo vai muito mais de uma placa de patrocínio em ginásios e patrocínio de futebol, hoje com as SAFs no futebol as empresas estão dando nome de clubes de futebol (vide Red Bull Bragantino), mas já é uma realidade no basquete e vôlei brasileiro a muito tempo. Mas para ter MKT esportivo mais assertivo precisamos quebrar alguns paradigmas, onde o online está de mãos com off-line, onde o patrocínio não é somente expor a marca e o clube receber o dinheiro, e sim uma parceria para alavancar a estagnação do plano de sócio torcedor em ações multiplataforma. Com dados de 2016, os clubes tem seu maior faturamento ainda com direitos de transmissão com mais de 50%, onde podemos visualizar que tem uma gama enorme para os clubes poderem faturar mais e não depender apenas dos valores da TV. Hoje o MKT esportivo é uma sinergia para alavancar o nome time e sim o nome da empresa que patrocina, com ações para fazer mais torce e sendo assim sendo uma empresa reconhecida como empresa amiga e apoiadora do esporte.