PIRRAÇA REAL: Príncipes também fazem careta!
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PIRRAÇA REAL: Príncipes também fazem careta!

Uma criança faz pirraça para a mãe, se recusa a obedecer, faz careta e fica emburrado. Nada disso seria notícia se a mãe não fosse Kate Middleton e seu filho, Príncipe Louis.

Cintia Neves
5 min
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Uma criança faz pirraça para a mãe, se recusa a obedecer, faz careta e fica emburrado. Nada disso seria notícia se a mãe não fosse Kate Middleton e seu filho, Príncipe Louis.

Príncipe Louis fazendo pirraça. E a mensagem bem-humorada da família.
Príncipe Louis fazendo pirraça. E a mensagem bem-humorada da família.

Durante as comemorações do Jubileu de Platina da Rainha Elizabeth, que marcou os 70 anos de reinado da monarca, a Duquesa de Cambrige, Kate Middleton, passou um aperto com o Príncipe Louis, seu filho caçula de 4 anos. A birra do pequeno príncipe ganhou as manchetes e comentários de blogs, que chegaram a chamar Louis de “pestinha real”.

Não foi a primeira vez que Kate enfrenta o desafio de colocar na linha um dos filhos. Charlotte, a filha do meio, já ficou emburrada algumas vezes e foi imediatamente repreendida, assim como George, o primogênito. Dessa vez, o desafio foi ainda maior porque Kate estava em espaço mais limitado. E ela sabia que as câmeras estavam registrando aquele momento.

Louis, bisneto da Rainha Elizabeth II e quinto na linha de sucessão do trono, estava agitado. Ele ficou contrariado, tentou calar a mãe com a mão, fez careta para ela, se recusou a obedecer. Chegou a puxar o cabelo de uma menina que tentou entretê-lo. O que Louis fez foi tudo o que uma criança normal faz para testar os pais. Convenhamos, para uma criança de 4 anos, ficar sentada num evento sem nenhuma atividade é muito chato.

As críticas logo começaram a surgir. Internautas comentaram: “Alguém mais notou que o Príncipe Louis é um pirralho revoltado e malcomportado neste fim de semana?” E ainda: “Todo esse dinheiro e acesso a algumas das supostas melhores escolas da Inglaterra e a realeza ainda não sabe como ensinar seus filhos a se comportar em público. Se o Príncipe Louis fosse um garoto normal, as pessoas que achassem isso fofo seriam as primeiras a chamarem ele de pirralho mimado”.

Parece-me injusto rotular Louis de “criança mimada” ou “mal-educada”. Louis está com menos contato com o mundo exterior do que os irmãos. Durante metade da vida, ele passou em quarentena, sem participar de festividades. Isso também pesa no comportamento dele, aumentando a agitação. Tanto que ele não parava um minuto, indo do colo da mãe para o do avô ou do pai.

Todos nós já fizemos alguma birra na infância. Logo, todo pai e mãe já enfrentaram situações assim em menor ou maior grau. Não seria diferente com a realeza. Cenas de birra fazem parte do desafio da maternidade e da paternidade. Uma vez, eu vi uma mãe e o filho de uns 3 anos de idade no supermercado. Ela estava tentando colocar o menino no carrinho de compras, mas ele se esperneava, gritava, chorava e ela não estava conseguindo lidar com a situação. De repente, ela respirou fundo e desabafou sozinha e em voz alta: “Por que eu fiz isso com minha própria vida?”

Nesses momentos, bate um desespero em nós, pobres mortais, e na nobreza. Mas não é nada que não se possa resolver. São nesses momentos, inclusive, que podemos exercitar as autoridades paterna e materna para dar limite aos filhos, algo importantíssimo que eles vão levar para a vida.

Mas voltemos à realeza. Kate estava nitidamente desconfortável com a atitude de Louis, mas conseguiu manter o filho controlado, mesmo que contrariado. Kate sabe que o momento é cansativo para o filho e que ele estava tendo dificuldade de lidar com a frustração de não poder sair dali. Como ele não consegue argumentar, o jeito que encontrou foi fazer careta e tentar calar a mãe. Isso não é ser mal-educado. Mostra apenas insatisfação e frustração. E um pouco da personalidade do menino, que expõe mais seus sentimentos do que os outros irmãos quando estavam na mesma faixa etária.

Kate usou a arma mais poderosa que poderia usar: as palavras. São elas que definem o que as crianças podem ou não fazer. Os recados precisam chegar claros para as crianças. Dizer para o filho, por exemplo, que ele deve ficar sentado não é o mesmo que mandar ele ficar sentado. Ele percebe isso e, nas brechas, testa os pais.

Mas, apesar da dificuldade e da saia justa da realeza, esta é a hora para mostrar que nem sempre os filhos vão fazer o que eles quiserem. É a hora de impor limites. A resiliência precisa ser trabalhada. Isso vale para todas as crianças. Em se tratando da Família Real Britânica, isso tem um peso ainda maior. Apesar de ser da realeza e estar num evento formal, Kate não se furtou a dar ordem de comando ao filho e usar as palavras para resolver a questão.

E depois que passa o momento de crise, é hora de voltar ao assunto e explicar claramente ao filho o motivo de ter sido negado o que ele queria. Não tenho dúvidas de que Kate fez isso ao chegar em casa com o pequeno. Isso não é garantia de que não vai acontecer novamente. Mas é o primeiro passo para o entendimento de Louis sobre as circunstâncias que envolvem um evento da família. E isso é fundamental para o desenvolvimento dele.

Depois do evento, Kate e Willian fizeram uma postagem com fotos das comemorações e um agradecimento a todos que participaram. E finalizaram, sem deixar de citar sutilmente o ocorrido com o caçula. Eles escreveram: “Nós aproveitamos muito, principalmente o Louis”, seguido de um emoji com olhos de espanto. Uma demonstração de que resolveram a birra e abordam a questão com bom humor, buscando se aproximar das famílias britânicas, já que passaram por uma situação comum a todas as famílias. Mas certamente, Kate está aliviada porque o evento já terminou.