Desde que mudei de emprego, já vinha cogitando a possibilidade de voltar a escrever. Não mudei de ofício - continuo jornalista e atuando na área de Assessoria de Imprensa. Mas nos últimos meses enquanto assessora de imprensa em uma Universida...
Desde que mudei de emprego, já vinha cogitando a possibilidade de voltar a escrever. Não mudei de ofício - continuo jornalista e atuando na área de Assessoria de Imprensa. Mas nos últimos meses enquanto assessora de imprensa em uma Universidade em que também atuava como docente, ironicamente (ou não!) o hábito da escrita nas horas vagas estava perdendo seu espaço. | ||
Mas analisando os últimos anos e alguns desafios internos, percebo que há algo maior por trás da decisão de escrever textos menos opinativos e/ou contemplativos: o medo da exposição. | ||
Talvez você se pergunte: por que a Natasha, que aparenta ser tão extrovertida, bem articulada e com a profissão que exerce teria medo de se expor? | ||
Justamente pelos três fatores. | ||
Há 15 anos, conheço a dor e a delícia da exposição. Na época em que os cancelamentos não eram ditos desta forma, já entendia o quanto determinada opinião e palavra mal colocada em certo contexto poderia significar a perda da reputação. | ||
E nada mais valoroso para um assessor de imprensa resguardar sua imagem, é claro, para poder vender bem a imagem dos outros clientes. | ||
Entretanto, depois de sete anos numa mesma empresa e alçando novos desafios na Comunicação Pública, vejo uma Natasha mais madura. | ||
Madura o suficiente para entender, também, que recomeçar naquilo que fazemos de melhor é a arma mais poderosa para enfrentar nós mesmos, enquanto inimigos íntimos. | ||
Porque a verdade mais dura é que, sim, o boicote mais nocivo parte da gente. | ||
Quantas vezes você esteve deitado(a) na sua cama em um fim de semana, assistindo a vídeos completamente aleatórios no YouTube ou passou horas no Instagram num círculo vicioso de olhar stories e feed dos amigos, lamentando que a grama do vizinho é mais verde? | ||
Quantas vezes você deixou de fazer algo diferente porque "você se julga velho(a), incapaz, desprovido(a) de beleza" ou qualquer outro adjetivo macabro que insiste em se associar? | ||
O Pingback é o meu (re)início. E o seu? |