2021. O ano que injetaram o medo nas nossas vidas.
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2021. O ano que injetaram o medo nas nossas vidas.

...fomos cobaias do maior experimento social feito na história da humanidade, realizado simultaneamente em escala mundial.

HS Naddeo
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As redes sociais e os vacinistas do mundo podem ficar tranquilos, não é sobre vacina meu comentário, ainda que sua existência enseje o fundo disso tudo sem ser preciso citar o nome. Aprendemos a ter medo de várias coisas, mas não aprendemos a reagir maduramente a elas. Pelo contrário. Os acontecimentos recrudesceram medos primitivos, tanto para a existência da nossa espécie, quanto pelo recrudecimento de um autoritarismo quase medieval, assessorado pelo que há de mais moderno em tecnologia, da medicina à comunicação.

Imaginemos que, de repente, fiquemos sabendo que um meteoro está a caminho da terra e ao chegar aqui vai provavelmente extinguir a vida no nosso planeta de tal maneira que não dará para saber se possíveis sobreviventes poderão ser chamados de sortudos ou de azarados. Porém, apesar do alarde, não se tem ideia de onde ele veio, não se sabe ao certo seu tamanho, sua velocidade, sua composição, se vai bater em cheio, se será um esbarrão grave, ou se vai bater aqui mesmo e se bater se vai matar todo mundo mesmo. O que fizeram com a Pandemia foi isso. A primeira notícia foi de "uma provável colisão frontal do meteoro com a terra que vai matar todo mundo". Agora, ninguém mais sabe de nada, por isso quem manda sabe o que é interessante dentro da sua conveniência e manda quem pode, obedece quem tem juízo. 

Escrevi em um ou mais dos meus artigos e/ou comentários que fomos cobaias do maior experimento social feito na história da humanidade, realizado simultaneamente em escala mundial. O mundo todo foi submetido ao mesmo medo. As respostas dadas por cada país, favoráveis ou contrárias às medidas restritivas impostas pelos diversos modelos adotados por cada um de sistemas governante, permitiu que os articuldores desse golpe na humanidade mapeassem e quantificassem o grau de apoio ou rejeição recebido em cada canto do planeta. Dessa forma ficou fácil saber o que deveria ser feito em cada ponto específico para que o modelo mundial fosse aplicado localmente com mais assertividade. Se é pela conversa, pela lei ou pela força.

Não é difícil perceber que os primeiros países a aderir ao projeto de controle mundial façam parte do grupo de países  mais ricos do mundo. Assim como todos sabemos qual é o viés ideológico da União Europeia, do Reino Unido e dos Estados Unidos. É nesse grupo, mais alguns poucos países fora dessa bolha que saem a diretrizes do mundo. São eles os maiores acionistas das maiores empresas do mundo em praticamente todos os segmentos, incluindo a indústria farmacêutica, a grande imprensa, o cinema, a política. Interesses que não interessam ao cidadão que paga impostos. Mas e daí?

Fique em casa por medo de ficar doente. Mas fique também com medo de não poder pagar suas contas, medo de estar perto das pessoas, medo de morrer por ouvir diuturnamente a quantidade de mortos sem que se noticie com o mesmo destaque, ou nem noticiem, a quantidade infinitamente maior de pessoas que se recuperam. Fique em casa, mas tenha medo de tomar certos remédios, tenha medo de confiar em médicos e cientistas que falam diferente do que falam os jornalistas, que não são médicos e nem cientistas.

Não satisfeitos, fique em casa, mas fique quieto, suas dúvidas, acusações e insatisfações atrapalham, geram ruído no processo. Então é só punir os relevantes como exemplo, tirar a fonte de renda de vários, usar plataformas associadas como redes sociais e agências de checagem para censurar e apresentar um contraponto que possa ser convincente. E muita gente se cala, por medo de ser o próximo a ser punido pela ousadia de pensar e expôr o que pensa. E é para ter medo mesmo.

Estamos vendo um ataque coordenado sobre as liberdades individuais, e é assombroso a aderência das forças de segurança ao uso de métodos que remetem ao comportamento dos alemães na segunda guerra mundial contra judeus ou qualquer outro de seus inimigos. Obediência cega, muitas vezes prazerosa na execução de ordens absurdas gerando violência gratuita e desnecessária em seus concidadãos. E muitos de nós tem medo de ser vítima desse novo "Reich", e prefere, compreensível até em muitos casos, ficar em casa mesmo.

Estão nos atolando as ideias de medos. Doenças, clima, alimentação, custo de vida, guerras, fome, golpes políticos, tudo acontecendo ao mesmo tempo e bombardeando as pessoas com pessimismo, com medo de tudo, de ser assaltada na rua, de perder o emprego, de ficar doente, de perder um ente querido por doença, desacreditando valores e instituições básicas como a família, a fé religiosa, a genética, a biologia. Tantas falsas certezas gerando medo em quem não consegue certeza para enxergar tanta falsidade.

Parece difícil enxergar uma saída para esse labirinto de medo imposto a todos nós. No Brasil não é diferente. João Doria apresentava um programa fúnebre diariamente. O presidente do Butantã chegou a projetar 600 mil mortes até junho de 2020 SÓ EM SÃO PAULO. Isso dá medo.

Somos sociedades com medo do futuro, medo do que esses governantes podem fazer e fazem porque a maioria de nós têm medo de reagir como deveria, medo de ver seus próprios privilégios ameaçados se reagir, medo de não fazer nada e sair perdendo da mesma maneira, medo de descobrir que não adiantou nada só ter medo, medo de descobrir isso tarde demais.

Em 1994 ou 1995, assisti uma palestra de Joelmir Beting no final de um evento do setor de supermercados. Gravei uma frase que ele disse, filosofia dita da maneira simples que ele sabia aplicar para tornar economia um assunto mais fácil para as pessoas entenderem alguns conceitos. E disse ele: "não importa o que venha pela frente, desde que venha pela frente".

É mais fácil se preparar para a realidade da colisão de um meteoro do que para a versão do que pode sair de uma conversa entre políticos ou lideres mundiais. Temos visto acontecer de tudo, diariamente, no mundo todo, fazendo da população mundial refém do medo, já não se sabe mais direito nem de que. E a ineficiência da metodologia e a insensibilidade foram tamanhas que fizeram muitas pessoas terem medo até da imunização que eles mesmos oferecem. Isso nem tem lógica.

E por tantas tramóias rasteiras na justiça vistas até agora, por mais incoerentr que seja, dá até medo de pensar o que podemos esperar de 2022. Que seja um ano no qual os brasileiros arrumem mais coragem se quiserem, de fato, garantir seus direitos e suas liberdades individuais.

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