A Candinha do judiciário
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A Candinha do judiciário

Candinhas também podem ser homens, alguns não necessariamente masculinos, outros até mesmo bem afeminados.

HS Naddeo
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É praxe no judiciário mundial que um juiz só se pronuncie nos autos, ou seja, apenas nas ações e comunicações formais dos processos que julga. Dificilmente um magistrado de Suprema Corte de países civilizados, como já deveríamos ser, se pronuncia publicamente sobre qualquer assunto, menos ainda sobre os processos que julga ou sobre política. Juiz não pode fazer política, falar sobre política ou ter atividade política. E não sou eu que estou dizendo. Está nas leis da magistratura mundial, inclusive na nossa. Juiz precisa ser obrigatoriamente imparcial. Como dizia (da boca para fora) Marco Aurélio Mello, processo não tem capa. Mas a gente sabe que no Brasil não funciona assim.

A "Candinha" ficou famosa na década de 1960, através da música O mexerico da Candinha, de Roberto Carlos. Candinha, segundo o dicionário, é a famosa fofoqueira, intrigueira, aquela que se mete na vida de todo mundo.

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Apesar de ser um nome próprio feminino, Candinha não é necessariamente mulher, mas qualquer um que se utilize da prática da fofoca, da intriga, do mexerico. Tradicionalmente, porém, as Candinhas sempre foram encarnadas em personagens femininos. Diante disso, tendo o STF 2 mulheres e 9 homens em sua composição, se fosse para fazer uma aposta cega em quem seria a Candinha da corte, Cármen Lúcia e Rosa Weber seriam a candidatas imediatas. Mas não são. A Candinha do STF atende pelo nome de Luís Roberto Barroso. E para ser justo com a contemporaneidade, Candinhas também podem ser homens, alguns não necessariamente masculinos, outros até mesmo bem afeminados.

O ministro Barroso é um efeito colateral de tudo de ruim que a esquerda fez ao Brasil. Se é gay ou não, se tem um casamento de fachada ou não, isso é problema dele e do mal gosto de quem casou ou "cruzou" com ele. O problema de Barroso (e para não ser injusto não é só dele) é que ele não é um juiz de fato. Sentou na cadeira amarela, usa toga, faz caras e bocas, ganha como ministro do STF, tem todas as prerrogativas e benesses do cargo, mas é tão somente um advogado ativista de causas que interessam aos grupos a que pertence, ignorando, como fazem os outros ministros, que vivemos em uma democracia e que democracia significa a vontade da maioria.

Apesar de parecer contraditório, porém, respeitar a vontade da maioria não impede que todas as minorias sejam tratadas dignamente em suas demandas. O problema é quando "juízes," como Barroso - e me refiro à atuação na magistratura e não na vida pessoal - decidem que a maioria é que deve se submeter à vontade das minorias, e isso fica mais escandaloso quando ele se mostra parte integrante de uma delas, ou claramente se associa a elas, politicamente, socialmente e ideologicamente, e usa de seu cargo e poder para interferir no andamento da sociedade em favor dos seus, muitas vezes ignorando as leis como foram escritas para impor sua visão pessoal sobre temas os quais não deveria sequer dar uma opinião.

Luís Roberto Barroso persegue Jair Bolsonaro, seja no STF ou no TSE. Fala espontaneamente sobre tudo o que não é perguntado e mais ainda se alguém pergunta. É uma Candinha mesmo, a Candinha Mor do STF, posto que até poucos anos atrás era ocupado por Gilmar Mendes e cujo brilhantismo, diferente de Barroso, não era brilho de purpurina, mas dos holofotes da imprensa que sabiam bem o boca aberta que ele é.

Barroso persegue o presidente, persegue conservadores, persegue a direita, quero crer com a benção de João de Deus, homem de "poder transcendente para fazer o bem e curar pessoas", e nas horas vagas estuprar mulheres, meninas. Defendeu a inocência de Césare Battisti com a mesma veemência que elogiou João de Deus, e não falou mais nada quando Battisti finalmente chegou na Itália e em meia hora de conversa assumiu a autoria dos assassinatos que Barroso jurou na tribuna do STF, ainda como advogado, que ele não cometeu.

Na condição de presidente do TSE foi responsável pelas piores eleições promovidas no país. Na primeira, o sistema teria dado pane por causa de um servidor (computador) que deixou todos sem saber da apuração, inclusive o próprio TSE, durante mais de duas horas. Na eleição de 2018, viemos então a descobrir que um hacker havia passeado pelo sistema do TSE durante mais de seis meses. Mas foi sempre mais fácil terceirizar os problemas do que admitir as falhas, como tenta já há algum tempo criminalizar Bolsonaro pelo hacker que ficou no sistema do TSE seis meses antes de Bolsonaro ser eleito. Agora tenta, ainda, culpar o presidente pela divulgação dessa invasão, sendo que já em novembro de 2018, logo após as eleições, o tema era público, assim como a investigação da Polícia Federal que só foi posta em sigilo após Bolsonaro exibir em detalhes a fragilidade do TSE.

Taí abaixo o artigo do site TecMundo de 2018 que já dava total publicidade ao assunto. A única coisa que o artigo ainda não sabia naquele momento era que o TSE apagou os arquivos de logs que permitiriam que uma investigação séria pudesse chegar aos autores da invasão. Por outro lado, mais do que trazer informações, o artigo do TecMundo traz entrevistas com os hackers que invadiram o sistema do TSE.

Artigo TecMundo

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Pessoas como Luís Roberto Barroso transformaram o Supremo Tribunal Federal em um cortiço onde se come lagosta e se bebe vinho com pelo menos quatro prêmios internacionais. Um cortiço moderno com direito à Candinha e até uma delegacia de Polícia particular liderada por Alexandre de Moraes. Um cortiço habitado só por advogados ricos, anteriormente especializados em defender bandidos ricos. Procure nos seus antigos escritórios (como se realmente tivessem deixado de ser donos) algum cliente pobre que tenha sido atendido por caridade.

Barroso representa dignamente a promiscuidade da justiça com bandidos e causas socialistas que visam mudar o regime de governo sem a participação dos cidadãos/eleitores. Não trabalha para a justiça, mas para as minorias e a favor dos grupos de militantes e partidos que pretendem impor, goela abaixo, o socialismo ao povo brasileiro. Talvez ele até creia de fato nessas causas, mas é o poder que o move.

Advogados como Barroso não precisam do salário do STF ou das benesses do cargo para comer lagostas e beber vinhos premiados. Faziam isso antes, e foram eles que levaram esses hábitos para a corte. O que eles gostam é do poder, pois a grana continua entrando através daqueles escritórios que eles "não são mais donos". Só o poder interessa, tal qual acontece e motiva as Candinhas, que usam o poder da informação e da difamação como meio de satisfazer a pequenez de suas pobre almas.

Chegará um momento, breve eu espero, que ficaremos livres desse lixo pseudo-intelectual iluminista que faz live com YouTuber que perverte as mentes das crianças, que convida perfis anônimos patrulhadores da individualidade alheia para participar da organização de eleições, que contrata militantes de esquerda para fazer propaganda eleitoral, que impede pessoas de ganhar honestamente seu dinheiro por não concordar com suas opiniões, que prende pessoas por crime de opinião mesmo que este crime não exista no ordenamento jurídico brasileiro. Gente que fatia leis, rasga a Constituição Federal ao vivo, que solta traficantes perigosos com diversas condenações em três instâncias e mantém presa uma mãe que roubou comida para alimentar seus filhos. Gente que emite habeas corpus com mais facilidade do que conseguimos obter um cupom fiscal quando fazemos compras.

A escolha entre reeleger Bolsonaro ou eleger qualquer um de seus oponentes é a escolha entre brigar de vez com o sistema ou deixar que essa miséria jurídica na qual vivemos se aprofunde até nosso país ter seu nome mudado para República Bolivariana do Brasil. Entre reconstruir o sistema judiciário em bases que tenham a ver com justiça ou permitir que o tráfico de togas continue definindo os rumos do nosso país. É chegar em um tempo no qual voltaremos a saber a escalação dos onze titulares da seleção brasileira ao invés dos nomes dos ocupantes das cadeiras do Supremo. E voltarmos a ter ministros que falam apenas nos autos ao invés de Candinhas que só não vestem togas cor de rosa porque o regimento interno da casa não permite. Só erra quem quer. Não há mais espaço para alegar falta de conhecimento, nem pecar pelo excesso de informações mentirosas, intrigas e mexericos proferidos pelas Candinhas. O Brasil precisa se tornar um país de verdade, mas principalmente uma verdadeira nação.

Fosse eu Barroso fechava minha boca, mesmo sendo de veludo. Mas a Candinhas quer falar.

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