A inflação de mentiras e distorções da imprensa bate recordes no Brasil
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A inflação de mentiras e distorções da imprensa bate recordes no Brasil

Todos fazem parte de um consórcio de propagação de mentiras, fazendo com que a notícia de um jornal sirva de referência um para o outro...

HS Naddeo
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Cachorro faz mal à moça

Reza a lenda que esta chamada teria sido manchete de um jornal sensacionalista na década de 1970 induzindo o público a entender que uma moça teria sido violentada por um cachorro, quando a matéria em si apenas explicava que a referida jovem apenas havia passado mal após comer um mero cachorro quente.

Após um avanço na qualidade do jornalismo nos anos 1980, 1990 e início dos anos 2000, já há uns 5 anos, voltamos a ver o sensacionalismo se impor aos fatos. Se antes, porém, o objetivo dos jornais sensacionalistas era vender mais exemplares, a função desse tipo de mentiras e distorções de fatos é doutrinar mentes, baseados numa realidade bastante brasileira: as pessoas não gostam de ler e uma grande maioria se informa e forma suas opinião através das manchetes do jornais. Mas, mesmo as que se atrevem a ler as notícias até o fim, ou mesmo assistir um telejornal ou ouvir uma emissora de rádio, são enredadas em contos e ficções que distorcem os fatos a ponto de torná-los críveis.

E para que não restem dúvidas, não há mais independência entre veículos de informação. Todos fazem parte de um consórcio de propagação de mentiras, fazendo com que a notícia de um jornal sirva de referência um para o outro, e, assim, consolidando uma mentira, uma ficção ou uma versão universalizada dos acontecimentos, dando ao leitor, telespectador ou ouvinte, a garantia de que o assunto em questão trata-se de uma verdade caso ele resolva conferir em um outro veículo a procedência do que leu, viu ou ouvir no veículo que deu orgiem à sua curiosidade.

A imprensa é e sempre foi a maior fábrica de fake news, mas trabalha com aval do judiciário
A imprensa é e sempre foi a maior fábrica de fake news, mas trabalha com aval do judiciário

Os outrora grandes veículos de comunicação, cuja finalidade era dar notícias, informar a população, têm outra atividade na atualidade: destruir o governo Jair Bolsonaro, não importa a mentira, a distorção ou a criação de fatos e factoides que sirvam para desgastá-lo e sujar sua imagem, reverberando palavras e ataques de opositores, criando vínculos falsos entre o nome dele (ou nome da sua mulher ou filhos) e notícias sobre autoritarismo, violência policial, homofobia, racismo, xenofobia, e tudo o que for "ismo" ou "ia" com bom potencial de fazer que as pessoas acreditem que se trata de verdade.

A última tentativa abjeta, da qual participam políticos que falam pelo traseiro e são imediatamente repercutidos por essa imprensa despreocupada com a verdade, é o desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. Os dois se embrenharam em uma terra indígena na Amazônia, no Vale do Javari, bem próximo à fronteira com o Peru, e sumiram. E isso se tornou um prato cheio para os urubus que sem o menor constrangimento, provas, evidências e total ausência de lógica, plantam a narrativa de que a culpa é de Bolsonaro, que Bolsonaro é genocida de índios, defensor de madeireiros, garimpeiros e traficantes.

Não bastassem os políticos, cuja fala é protegida pela imunidade parlamentar (ou ao menos a dos políticos de esquerda é) entram em cena artistas que mal sabem a diferença entre uma floresta e uma samambaia, reverberando seu ódio pelo presidente, usando suas imagens pessoais para dar um verniz de verdade no que dizem os políticos. Completando o espetáculo circense, entra na história um ministro do STF dando ordens - que não tem direito de dar - para que o governo amplie o esforço de encontrar os desaparecidos. Então, a nobre imprensa, junta tudo isso em um pacote de horrores, transforma em notícia, e o mundo recebe a informação de que Bolsonaro é o responsável pelo sumiço de dois malucos que estavam em uma região das mais perigosas do planeta, povoada por tribos de índios isoladas, garimpeiros, madeireiros e traficantes, entre os quais um tal de "Pelado", responsável por diversos crimes na região e que havia sido denunciado exatamente pelo indigenista desaparecido, Bruno Pereira.

O mesmo modus operandi é utilizado para atacar qualquer coisa que Bolsonaro faz. Advérbios e conjunções são usados quando não tem jeito de não dar uma notícia que é positiva, coisas como "Apesar de Bolsonaro não ajudar a inflação recua", ou "A inflação recua, mas Bolsonaro interfere na economia". Não dá para não negativar a imagem do presidente ou do governo, simples assim.

Brasil tem o melhor desempenho econômico durante e pós-pandemia

Como admitir isso? A tática vai além do "apesar" e do "mas". Não se fala no assunto. Tratam a inflação dos outros países como decorrência da crise gerada pela pandemia, sem que as gestões dos respectivos presidentes ou primeiros-ministros tenham alguma culpa. Porém, a inflação brasileira é 100% culpa de Bolsonaro. Da mesma maneira tratam o preço dos combustíveis. Para qualquer lugar do mundo que não seja o Brasil o elevado preço dos combustíveis decorre da invasão russa na Ucrânia, porque aqui a culpa é de Bolsonaro. É acusado de omissão por não interferir na Petrobras e acusado de interferência se chama o presidente da estatal para conversar sobre o assunto. Acusam-no de autoritário ao propor um projeto no congresso que reduz o ICMS sobre preços de combustíveis e energia elétrica para os consumidor ao mesmo tempo que o acusam ser o único responsável pela elevação destes preços.

Tudo isso seria absolutamente normal no jogo político, se ficasse apenas nas arenas políticas. Mas não fica. A imprensa brasileira é hoje a maior fomentadora de mentiras, fofocas, intrigas, e não faz isso apenas para o público interno, mas exporta seu viés em favor do banditismo que impera no Brasil desde a redemocratização do país em 1985. A grande diferença de suas ações nos governos anteriores aos de Jair Bolsonaro era que os presidentes anteriores enchiam as burras dessa imprensa de dinheiro, o que as tornou dependentes do dinheiro público e não da receita obtida com as notícias que publicavam, pois não era a venda de jornais ou de publicidade privada que as bancava, mas a garantia mensal do acesso ao dinheiro dos pagadores de impostos. Parafraseando Carlos Alberto Parreira, "as notícias eram só um detalhe". Só que desde 1 de janeiro de 2019, com a posse de Bolsonaro, a fonte secou, e ao invés de falarem de um presidente eleito passaram a falar de um inimigo eleito.

Por último, temos que falar das faculdades de comunicação e jornalismo, que já não formam mais comunicólogos ou jornalistas, mas militantes de redação prontos para falar qualquer coisas que os engaje no meio e lhes garanta um lugar ao sol falando mal do presidente da república. E se for negro, LGBTHJSAOPWEAXWE e mulher com um rostinho bonito, aparece mais bonito na câmera ou na foto, e o amaldiçoamento do presidente fica ainda mais crível e eloquente.

Corroborando tudo isso, uma grande colaboração do STF ao tornar dispensável a obtenção de diploma para trabalhar em jornalismo (o que para mim faz até sentido, pois penso que há mais uma questão de talento do que de formação acadêmica), abrindo as portas das redações para militantes sem talento e sem formação acadêmica, mas com disposição para cumprir qualquer pauta em troca do emprego e da fama que esse emprego pode lhe trazer, mesmo que seja contar mentiras escritas, faladas ou televisadas.

Para ser justo, a formação acadêmica de militantes não se restringe ao jornalismo e à comunicação, e é inclusive muitíssimo mais forte em outras disciplinas também ligadas à área de humanas, e já invadiu também disciplinas de exatas e biomédicas. Mas isso é tema para outro artigo.

O cachorro continua fazendo mal à moça. Cabe à moça parar de comer.


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